24

Não era doloroso perceber que estava morrendo, sentir ar queimando os pulmões ou notar o quão difícil era dar o próximo passo. Estranho mesmo era a leveza que Orion aceitava aquilo. Não havia por que lutar, só restava ceder aos braços da morte que envolvia seu corpo da mesma maneira que não estava preso... a nada. Era um toque suave e caloroso, como o de uma mãe segurando seu filho. Era assim que se sentia mesmo não sabendo o que era isso. Ele podia notar que o desespero não batia a sua porta, não havia medo apenas uma questão: “O tinha do outro lado?”

Não seria um devaneio bobo que o manteria acorrentado ao mundo, um desejo fosco e sem vida de ajudar alguém, ou de ser útil, e nem sua dívida o prenderia. Não tinha um porquê, um pra que na verdade de ainda estar ali. Só queria continuar, ir ao limite do máximo, dobrar o infinito era tão impossível quanto se manter vivo. Por isso se concentraria no próximo passo. Não era algo grandioso, inalcançável ou utópico, mas

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo