CAPÍTULO 18: A NAU

CAPÍTULO 18: A NAU

Era outra tarde de primavera em que as flores pareciam estar implorando no jardim do castelo para serem beijadas pelos pequenos beija-flores. Algumas abelhinhas zanzavam por ali querendo provar do seu doce néctar. Os criadinhos faziam a jardinagem podando os galhinhos longos dos arbustinhos. A fonte parecia cantar um som sábio ao deixar escorrer suas águas. Os passarinhos entravam na melodia simpática da natureza e se alimentavam das sementes jogadas pelos servos do rei.

Enquanto isso, Felipe cochilava em seu quarto. Sonhava com uma embarcação antiga em meio à uma mar bem cujas ondas eram tão avermelhadas que aquilo parecia até fogo debaixo de um céu bem acinzentado, ou lágrimas de sangue pinceladas pelas mãos de Deus naquela paisagem com tons sombrios. Ela estava envolta por rochas também carmesim e havia uma névoa. Havia uma sutil luz vinda do clarão dos céus, e havia uma luzinha vermelha vinda no

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