Você deve gostar como a bela ratinha que é...
~ ♣ ~
– A senhorita acabou de... descer por essa escada? – O garoto de cabelos brancos perguntou e apontou para a escada atrás de Violet, permanecendo sério apesar das costuras que formavam um sorriso em suas bochechas pálidas.
– Bom, tecnicamente eu meio que rolei por ela e não desci... Mas sim, eu vim por ali – Violet respondeu assentindo.
– Hum... Isso é um caso sério... Devo levá-la à Rainha? – O rapaz indagou como se falasse consigo mesmo e Violet se pôs de pé, batendo as mãos na saia de seu vestido e fazendo uma nuvem de terra e pedaços de folhas secas cair ao seu redor.
– Seria bom, se bem que se mamãe me visse nesse estado eu estaria muito encrencada...
– Ma... mamãe?
– Sim, a rainha – Violet respondeu com a maior simplicidade do mundo e fez uma mesura. - Violet Tessy, princesa de Coldland. Prazer em conhecê-lo.
– Ah, princesa da terra de cima, sim – o garoto disse ainda de forma vaga, parecia muito mais preso a seus pensamentos do que à própria realidade. – Bom sinto lhe informar, mas o seu reino não é o mesmo que o de minha rainha.
– O quê?! – Violet guinchou num misto de confusão e indignação e o garoto respirou fundo, já estava começando a perder a paciência.
– Querida, este aqui é o reino de Underwood.
– Querida? Olhe bem como fala comigo! Eu sou uma princesa e...
– Pode ficar quieta, por favor? Aqui você não passa de uma humana completamente estranha à nós.
– A nós? Nós quem? E como assim “humana”? – Violet perguntou e, podia jurar que se tivesse olhos, o rapaz os teria revirado.
– Vamos. Irei levá-la à vossa Majestade – ele fez menção para que Violet o seguisse e assim a menina o fez, se encantando com cada coisinha que havia ali.
Tudo era muito delicado e pintado de maneira suave em tons pastéis. Parecia até uma casinha de bonecas.
Ela voltou os olhos para o rapaz a sua frente, que se movia de maneira irregular e instável, como se fosse uma marionete controlada por fios invisíveis. Talvez seja mesmo uma casa de bonecas.
Eles entraram em uma enorme sala com um tapete verde-água que se estendia até um trono dourado forrado com veludo cor-de-rosa. Uma mulher que aparentava não passar dos vinte anos estava sentada nele, tamborilando as unhas longas no braço.
Violet ficou boquiaberta. Aquela era a rainha? Seus cabelos ondulados eram da mesma cor do tapete e extremamente longos. Cílios compridos e pesados caíam sobre seus olhos lilases, que tinham um brilho doce e gentil. Sua boca rosada tinha o formato delicado de um coração e vários anéis com laços e flores enfeitavam seus dedos longos e finos.
Violet desceu o olhar até seu vestido que mais parecia um bolo de casamento, cheio de mais laços e babados também em tons pastéis. Mas o que mais encantara a jovem princesa era que sua pele parecia feita de porcelana.
Um sorriso iluminou o rosto da rainha, que rapidamente se recompôs em sua cadeira, observando Violet como se estivesse à sua espera desde muito tempo.
– Ora, o que temos aqui? – Ela indagou, sua voz soando extremamente aguda e infantil.
– Bom essa senhorita diz que veio... lá de cima – o rapaz disse pigarreando enquanto servia um pouco de chá na xícara que carregava desde que havia se encontrado com Violet e a entregando à rainha.
– Oh, lá de cima? – Ela arregalou os olhos, cada vez mais interessada. – Poderia ser...? Ery querido, venha aqui um momento.
Um gato laranja com olhos verdes e grandes veio andando de um corredor e pulou sobre o colo da rainha, parando e lambendo a patinha.
– Ery? Esse é o Ginger e ele é o meu gato! Que com certeza vai receber um castigo quando chegarmos em ca... – a rainha levantou a palma da mão para Violet, pedindo que ela se calasse por um momento.
– Isso é coisa sua, não é? – Ela o questionou, porém o gato permaneceu em silêncio. Claro, gatos não falam, Violet pensou consigo mesma e revirou os olhos. – Diga Ery, você a trouxe aqui?
O gato miou baixinho e uma nuvem de fumaça explodiu pelo cômodo, fazendo Violet tossir. Quando ela abriu os olhos deu um gritinho de espanto, pois já não era mais Ginger – ou Ery – que estava sentado no colo da Rainha, e sim um garotinho ruivo com olhinhos puxados verdes e brilhantes, aparentando ter entre oito ou nove anos.
– Desculpe... – ele disse baixinho. – Mas já estava com saudade casa e achei que minha princesa gostaria de vir aqui também já que ela cuidou tão bem de mim enquanto eu estava lá em cima...
Ele riu e correu até Violet, abraçando sua cintura. Ainda espantada, Violet abriu sua melhor tentativa de sorriso e afagou os cabelos ruivos do menino.
– Uma princesa? – A Rainha perguntou e Ery abriu um sorriso radiante.
– Sim! Lá em cima a senhorita Violet é uma verdadeira princesa! Todos sempre fazem o que ela manda! – Ele contou arregalando os olhos e jogando os braços para cima como se aquilo fosse a coisa mais impressionante do mundo.
– Ora, se é assim o que estamos fazendo a tratando desta forma? – A Rainha disse e se voltou ao garoto de cabelos brancos. – Puppet, chame minhas bonecas! Chame minhas filhas!
Puppet assentiu com uma reverência e se virou, voltando pelo mesmo corredor pelo qual havia vindo com Violet.
– Bom, me fale mais sobre a senhorita – a Rainha pediu com os olhos brilhando e Violet assentiu, fazendo uma mesura.
– Violet Tessy, princesa e herdeira do trono de Coldland. É um prazer, majestade.
– Coldland... – A Rainha pronunciou lentamente, como se tentasse gravar o nome. – Bom, onde estão os meus modos? Devo me apresentar também, não é?
Ery assentiu sem tirar o sorriso do rosto e a Rainha se levantou, fazendo uma mesura elegante à Violet.
– Sou Dollie, rainha do reino de Underwood e mãe das bonecas – ela disse sorrindo suavemente e Violet franziu as sobrancelhas.
– Das... bonecas?
– Sim! Minhas filhas! – Dollie respondeu alegremente, apontando para alguém atrás de Violet.
A menina se virou, novamente se espantando com o povo daquele reino tão estranho.
– Annelise e Annabele – Dollie disse e duas garotinhas pouco mais altas que Ery acenaram para Violet.
Estas eram bonecas de pano e estavam costuradas lateralmente uma à outra. A da esquerda tinha seus cabelos negros de lã na altura dos ombros e os da direita chegavam na cintura. Ambas tinham botões costurados no lugar de seus olhos e um sorriso desenhado em seus rostos fofos. Violet achou bizarro o fato de estarem costuradas juntas mas preferiu não dizer nada.
– Rosalia – Dollie voltou a dizer e a boneca ao lado sorriu largamente, fazendo uma reverência à Violet.
Sua pele plástica era negra e tinha os cabelos vermelhos cacheados e rebeldes. Seus olhos eram como as folhas das árvores na primavera e seu vestido parecia feito delas, com trepadeiras se enrolando por sua cintura. Seus dedos das mãos pareciam não se mover e eram todos colados uns nos outros. Novamente estranho, muito estranho.
– Allen – Dollie disse e parou por um momento, pensativa. – Ele não pode ouvir então creio que vá precisar conversar com ele através de notas escritas ou gestos.
Violet assentiu e, timidamente, o menino ao lado de Rosalia fez uma reverência a ela quando Puppet o cutucou de forma discreta. Seus cabelos eram azuis como o céu de verão e seus olhos brilhavam num tom vibrante de laranja.
– E a minha querida Roxy – Dollie disse com mais carinho e afeto ao se referir à garota ao lado de Allen.
Seus cabelos roxos chegavam na altura dos ombros e ela usava um vestido preto de gola alta que a deixava com uma aparência gótica e sombria. Os olhos desta eram vermelhos e sua pele parecia ser de porcelana como a da rainha. Violet não notou nenhuma anomalia ou deficiência na garota, diferente dos outros.
– Meus queridos essa é Violet... Violet Tessy – a rainha informou sentindo-se satisfeita por conseguir lembrar o nome da menina. – Ela é uma princesa no reino lá de cima, por isso quero que a tratem da melhor forma possível!
– Sim, Majestade! – Todos disseram em uníssono, assentindo, menos o pobre Allen que não havia entendido nada do que Dollie dissera.
Puppet o chamou de canto e fez alguns gestos para ele. O menino sorriu e gritou, animado:
– Sim, majestade!
Os outros riram e Rosalia bagunçou seus cabelos de maneira carinhosa com seus dedos imóveis.
– Venha comigo, por favor – ela disse à Violet em seguida e a menina assentiu, indo atrás de Rosalia por uma série de corredores até chegar à uma porta em específico.
A jovem entrou e algum tempo depois chamou Violet, que inspirou o ar profundamente e sorriu. Tudo cheirava a flores.
– Isso é ótimo! – Ela disse e Rosalia retribuiu o sorriso, animada.
– Plantas... São minha especialidade – a ruiva comentou e apontou para uma banheira de água quente forrada com pétalas de rosas vermelhas. – Fique o tempo que precisar.
– Oh... Obrigada – Violet agradeceu e Rosalia saiu do cômodo, fechando a porta de forma desajeitada por conta de seus dedos.
Assim que a princesa terminou seu banho, Allen e as gêmeas a guiaram até um quarto onde tiraram suas medidas e rapidamente lhe arrumaram um vestido colorido e espalhafatoso, cheio de tecidos cintilantes em tons vibrantes de violeta, azul e verde-água.
Allen cobriu a boca com as mãos, claramente satisfeito com o resultado, e gesticulou algo para as gêmeas que assentiram e riram, voltando a atenção à Violet.
– Ele disse que a senhorita está deslumbrante – as duas disseram em uníssono e Violet sorriu.
– Ora, muito obrigada – ela fez uma mesura e o menino assentiu, dessa vez gesticulando para que Violet sentasse em uma grande cadeira estofada que havia ali, de frente para uma bela penteadeira dourada.
Assim que Violet o fez, Allen começou a passar cuidadosamente uma escova por seus cabelos úmidos, fazendo a menina se sentir sonolenta e até tombar para o lado vez ou outra. Ele terminou encaixando uma tiara com um grande laço roxo em sua cabeça.
– Agora que está pronta temos que ir – as gêmeas disseram novamente em uníssono e Violet consentiu, seguindo os três para fora da sala.
Ela contou pelo menos quatro tropeços no monte de tecidos do vestido que usava enquanto andava pelos corredores e se sentiu extremamente aliviada ao ver que haviam finalmente chegado onde pretendiam.
Dollie estava sentada na ponta da grande mesa de jantar que ocupava grande parte da sala, sorrindo para Violet. Puppet estava parado logo atrás dela e em um canto Roxy tocava uma música suave em seu violino.
– Sente-se aqui, querida – ela disse apontando para a cadeira mais próxima à sua e Violet andou até ela, praguejando baixinho ao tropeçar mais uma vez.
Ela se sentou e sorriu maravilhada ao ver a enorme quantidade de bolos e doces sobre a mesa, e todos muito bem decorados em tons pastéis de glacé.
– Escolha o que quiser – a mulher disse e o sorriso de Violet se alargou ainda mais.
– Mesmo? – Perguntou com descrença e Dollie assentiu.
Ela apontou para um bolo coberto de morangos e rosas de pasta e Puppet rapidamente cortou um pedaço e o colocou em seu pratinho de porcelana.
– Obrigada – a menina agradeceu e colocou uma colherada do bolo na boca, arregalando os olhos e abrindo um sorriso quase tão largo quanto o de Puppet.
Dollie retribuiu o sorriso de Violet com outro gentil e delicado, claramente satisfeita em ver que a loura havia gostado.
– Isso é muito bom – Violet admitiu ainda sorrindo de maneira radiante. – Quero dizer, mamãe sempre diz que os confeiteiros do castelo são os melhores mas eu nunca havia provado algo assim.
– Ora, então prove um pouco de nosso chá também – a rainha pediu e no mesmo instante Puppet encheu uma xícara com chá de hortelã e a entregou à Violet.
A mesma bebericou o chá e suspirou. Também estava ótimo, era quase como se usassem mágica culinária ou algo do tipo para fazer as coisas ali.
– Muito bom também – ela disse à Dollie e a mulher bateu palminhas de alegria, provocando um leve tintilar ao chocar suas mãos de porcelana uma na outra.
– Obrigada, meu Puppet é realmente bom no que faz – Dollie respondeu e o rapaz fez uma breve mesura como agradecimento pelos elogios. – Bom, se está gostando tanto por que não come mais um pouco? Tem umas tortas deliciosas ainda na cozinha.
Violet pareceu em dúvida por um momento mas logo sorriu novamente e assentiu. Aquilo estava começando a ficar interessante.
Oh, está com medo dos gatos?Não se preocupe, não irão te atacar...~ ♣ ~Violet ria de maneira despreocupada enquanto Dollie contava mais uma de suas histórias de muito tempo atrás. Nós te deixaremos fugir por hora, ratinha... ~ ♣ ~– Aaron... – Violet pronunciou lentamente como se não tivesse entendido e desviou o olhar para o chão rapidamente ao perceber que o garoto ainda a encarava de uma forma quase que intensa demais em sua opinião. – Por que está aqui? Por que não está junto dos outros?– Porque eu era um Perfeito, mas agora sou um Quebrado e Quebrados não servem para ela, até que tenho sorte por ainda estar vivo, os outros foram todos... – ele parou ao ver os olhos arregalados de Violet e riu.– Ela quem? Dollie? – A menina perguntou franzindo as sobrancelhas e Aaron assentiu.– Ela aceita os Defeituosos mas nunca um Perfeito que se quebra, não pode aceitar que um de seus falsos sonhos de perfeição se corrompeu.– O que é um Perfeito? E um Quebrado? Desculpe, não compreendo – Violet admitiu baixinho e ajoelhou-se V - Cada Vez Mais Curiosa...
Só que você sabe qual é o problema dos ratos, não sabe?~♣~Violet xingou mais uma vez quando uma teia de aranha se prendeu em seu rosto e ela precisou morder com força o lábio inferior para não gritar ao ver o aracnídeo pendurado no teto do túnel, remexendo as patas longas bem à frente de seu rosto.Ela engatinhou para trás, esperando alguns segundos até aquela coisa subir por sua teia e sair andando pelas paredes de terra batida do túnel.A menina suspirou aliviada e, novamente, praguejou contra os deuses e todas as forças sobrenaturais que poderiam ter culpa de seu estado no momento.Ela não aguentava mais andar e andar por aquele lugarzinho claustrofóbico e sujo e nunca chegar a lugar algum. Seus joelhos estavam mais arranhados do que nunca e seus braços doíam já que o lugar não tinha espaço o sufi
Eles sempre, sempre fogem...~ ♣~– Como chegou aqui? Você... Você não estava naquela sala? E-eu... – Violet gaguejou confusa, seu cerébro se recusando a acreditar que aquele ser que lhe estendia a mão para finalmente tirá-la do túnel era o irritante e folgado Jack Mitchell.– Um garoto-boneco colorido, Aaron, me deu uma chave e disse para encontrá-la aqui – Jack disse e chacoalhou a mão estendida pra a princesa, seus olhos arregalados tinham pressa. – Vamos logo! Contamos tudo um para o outro depois que estivermos fora daqui!– Mas eu... Ah, que se dane! – Ela segurou a mão de Jack e o garoto a puxou para cima, desviando o olhar constrangido ao ver que a única coisa que Violet vestia era uma camisola. – Ora o que foi? Sou linda demais para você? – Violet zombou, limpando as mãos sujas de terra na seda rosa-bebê de sua roupa já encardi
Para serem mortos no final.~ ♣ ~Violet só parou de correr quando avistou algo suspeito no final do corredor, andando lentamente até o objeto para observar mais de perto. Jack estava ofegante ao seu lado, sem um pingo da energia que agora corria pelas veias de Violet.A menina se abaixou e deu uma risadinha amarga ao conseguir identificar que era uma pequena boneca de pano que a observava do chão, seus olhos roxos de botão brilhando sob a luz da lua. Ela a pegou pelos cabelos de lã amarela como se fosse a coisa mais grotesca que já vira na vida e leu o que estava bordado em seu vestidinho colorido: "Você sabe o que é melhor nesses joguinhos? Uma rainha nunca perde"Jogou a boneca longe usando toda a sua força e Jack se aproximou, as sobrancelhas franzidas pela curiosidade.– O que foi? O que era?– Aquela desgraçada pensando que pode me assustar – ela respondeu e analisou a palma de sua mão por um tempo, pas
Coisas ruins acontecem o tempo inteiro,E, consequentemente, as pessoas pensam coisas ruins o tempo inteiroMas então, coisas boas voltam a acontecer, como uma distraçãoEntão, me diga:Se eu fosse embora, até quando minha falta seria motivo de tristeza para você?Não chore mamãe, ainda estou aquiE, de um jeito ou de outro, farei com que se lembre. ~ ♣ ~As horas e os minutos se passaram, lentos e incontáveis, e Jack permanecia encostado sobre o tronco úmido de uma árvore, os jo
O sol brilhava forte e o castelo estava realmente agitado e animado, como Alfred jamais vira em toda a sua vida dentro da realeza. Empregadas, cozinheiros, decoradores e até jardineiros iam e vinham apressados de um canto para o outro.O menino tentava brincar em paz com seu carrinho que, vez ou outra, era derrubado por pés gigantes que caminhavam com urgência, seguido de um "Perdão, alteza". Mas que diabos? Ele não queria perdão nenhum, só queria poder brincar em paz!O próximo par de sapatos brilhantes e bem engraxados a atrapalhá-lo em sua tão preciosa brincadeira foram os de Jack Mitchell, conde de Coldland e melhor amigo de Alfred.– Tio Jack! – O garotinho exclamou, pulando nos braços do rapaz que o girou no ar, em seguida o jogando para o alto e o pegando novamente, fazendo o pequeno rir.– Como vai, reizinho? – Jack perguntou com um sorriso e Alfred franziu o rosto numa careta, cruzando os bracinhos rechonchudos.– Bravo! Eu só queria brincar, m
Dez longos anos se passaram desde o incidente que mudou, para sempre, as definições de perigo para os habitantes do pequeno reino de Coldland.Alfred Tessy tem nove anos e cresceu ouvindo histórias sobre sua irmã mais velha: sobre como o bosque ao redor do castelo havia a engolido e nunca mais devolvido para seus pais, que por entre as árvores se escondiam as mais perversas e sombrias criaturas e certamente era um lugar terrível para se estar.Porém, durante uma confraternização real, o pequeno príncipe acaba por encontrar algo que pode acabar com tudo em que ele acreditava até então.Poderiam seus pais ter mentido esse tempo inteiro? E se Violet realmente estivesse viva?Alfred se sente mais curioso e inclinado do que nunca a explorar os mistérios além do muro do castelo, buscando saber e entender o que realmente aconteceu com sua irmã e porque, após tanto tempo, ela finalmente resolveu aparecer se autodeclarando rainha de um reino de bonecas subterrâneo.