— Como você está, mãe?
— Melhor do que ontem. — Minha mãe brincou do sofá, abrindo um sorriso espontâneo.
As coisas estavam começando a melhorarem. Mamãe estava encarando a cirurgia de uma forma mais otimista. As sessões de quimioterapia ainda não tinham começado, mas depois do que ela passou, estava feliz em ver que ela estava tentando passar por isso da melhor forma possível.
— Vocês parem! Ciça está melhor do que a gente. — Fernanda brincou depois de sair do quarto e se sentar na banqueta atrás do balcão. — Olha só esses peitos maravilhosos e turbinadíssimos.
— Ainda dói bastante. — Minha mãe comentou.
— Você vai ver que vai valer a pena. — Fernanda disse, virando o rosto por cima do ombro para olhá-la. — Eu também tenh
É engraçado como o nosso cérebro nos prega peças. Eu sabia, ou pelo menos, o meu subconsciente sabia, que Thomas estava brincando comigo. Tudo não passava de um jogo de vingança para me magoar e mesmo assim, havia me entregado de bandeja para ele quebrar meu coração. Eu precisava voltar ao trabalho, mas quando o elevador passou pelo andar em que deveria estar, fui incapaz de descer. Saí da Parilla e resfoleguei o ar da rua. Passando a mão entre os cabelos e buscando me reorientar. Não era o fim do mundo, mas doía tanto que parecia ser. Ele tinha me enganado apenas para me magoar. Como ele poderia ser tão baixo? Indaguei a mim mesmo, buscando uma resposta no horizonte onde n&a
Samuca. Até agora era a pessoa que menos havia me magoado e eu não fizera o mínimo esforço de explicar o que estava acontecendo comigo.Naquele momento, ficar de frente para a entrada do escritório dele me fez suspirar ruidosamente antes de tomar uma atitude. Mas eu precisava fazer isso. Samuel precisava, pelo menos, de uma satisfação.— Laura... — disse com a voz fraca.Laura ergueu a cabeça e me fitou com os olhos nervosos e maiores.— Nina... — ela tremeu na hora de falar.— Samuel ainda está por aqui? — indaguei. — Gostaria muito de conversar com ele.Laura abandonou o bloquinho de anotações e começou a levar a mão em direção ao ramal que ficava na mesa ao lado.— Senhorita Nina, talvez não seja uma boa hora, mas eu vou ligar para confirmar. Tudo bem? — Indagou.<
A terça-feira chegou rápido e cá estava eu, no elevador com Mari, Lor, Fred e Fê seguindo para o meu andar de trabalho totalmente envolvidos na discussão do novo relacionamento do momento. — Eu não faço a menor questão de esconder o quanto estou achando vocês esquisitos. — Lorena dizia quando a porta se abriu. Fernanda estreitou os olhos para Lor, mas a porta do elevador foi mais rápida e nós tivemos uma visão panorâmica do que estava acontecendo no quinto andar. Thomas estava de frente para nós e Hector cabeceava a confusão com Verônica, uma mão no quadril e a outra balançando no ar. Ele me pareceu um francês cordial e muito educado, no entanto, a levar em consideração o rosto vermelho, a expressão de aborrecimento e a forma como as palavras lhe saiam rapidamente pela boca, ele não estava assim tão agradável. — O que é isso? — Fred perguntou, mais para si do que para nós mesmo, avançando em direção a agitação. — Os tecstos n
— Carolina quer falar com você — Lorena notificou, antes mesmo que eu me sentasse na cadeira. Fred surgiu a passos seguros da direção do balcão de Lor até que eu pude ouvir. — Ãm, ãm, ãm... Não pense que vai fugir de mim. Vamos, eu preciso da sua ajuda.Lor revirou os olhos e suspirou, soltando da porta como se tudo não passasse de uma grande tortura mental.— Quarta-feira agitada. — Comentou, antes de sair.Certo. Suspirei também. Carolina quer falar comigo.— Eu não quero você olhando assim para mim, Lor. — Fred resmungou enquanto Lor seguia em sua direção. — Nós somos amigos.— Não. — Lor exclamou. — Eu sou a su
A sexta-feira havia chegado e não foi sozinha. Arrumar duas malas de viagem nunca tinha sido tão desesperador até ontem, mas depois de me debulhar em lágrimas e tomar vinho o bastante para me deixar anestesiada, tudo parecia ficar bem.Eu não podia abrir mão dessa oportunidade e por mais que estivesse morrendo de medo de encarar o novo, tratei de erguer a cabeça, engolir qualquer sentimento de que tudo poderia dar errado e caminhei sobre meus saltos, inflando o peito e injetando todo o estoque de confiança que havia armazenado ao longo da vida.— Não dá pra viver à sombra do medo, minha filha.Até que mamãe estava fazendo um bom trabalho em me reconfortar e essa tinha sido a coisa mais poética que eu já tinha ouvido de sua boca nos últimos tempos.Mas não é um conselho fácil de ser seguido. Sem medo.Era muito f
Esse livro é dedicado a todas asNina's que não tiveram muitas opções na vida e fizeram besteira para não decepcionar outras pessoas; a todas asFernanda's que têm medos e inseguranças enraizadas e vão precisar aprender a lidar com isso, a todas asMari's que tiveram um relacionamento desafiador em meio a uma sociedade cheia de estereótipos, e a todas asLorena's que vão encarar uma vida conjugal, e principalmente, a todas asCamila's, na verdade, a uma em especial.Camila Sampaio. Você me ajudou muito e confesso que se não fosse a sua leitura e as palavras de incentivo, provavelmente esse livro jamais teria chegado ao final. Sou grata por tudo, por ter me ouvido nos momentos de insegurança e por me apoiar com esper
Olá, meus lindos leitores. Tudo bem com você? VocÊs estão prontos para a continuação de interligados? Estou querendo fazer uma série sincronizada da história da Nina, Fê, Lor e Mari, porque muita água vai rolar sob essa ponte. Já estou começando a preparar o segundo volume e estou ansiosa para compartilhá-lo com vocês em breve. Já no final do ano se a faculdade me permitir escrever até lá. <3 Você não imagina o prazer que sinto em saber que você chegou até aqui e como forma de agradecimento, gostaria de lhe encaminhar alguns marcadores de minhas obras. Queria pedir também para não esquecerem de fazer suas avaliações na minha obra, ela é muito importante e vai me ajudar a crescer na plataforma. Aguardo ansiosamente o seu contato no i* @tamaramillerautora para que eu possa te m****r meus marcadores. Me encaminhe o seu endereço e me diga de qual livro você está vindo falar comigo e o que achou. Vai ser um prazer con
EpígrafePessoas vêm e vão o tempo todo,mas a verdade é que elas ficam.Uma parte delas se torna você, e uma parte de você acaba indo com elas. No fim, somos todos um só.***As batidas atrás da porta me fizeram tirar os óculos e baixá-los sobre a mesa. Ergui o olhar quando a porta foi aberta e fitei Fernanda, cujo sorriso arreganhado se fechou o sorriso assim que me viu no computador.— Por que você ainda não guardou suas coisas? — questionou, revirando os olhos como se fosse uma pergunta retórica. — Claro... — ela coçou a cabeça, fixando o olhar no notebook. — O pessoal está indo para o Brews agora... — anunciou, com a mão ainda sobre a maçaneta. — Você vem?Suspirei ruidosamente