Alex, ao meu lado estava com a cara a cara com uma criatura que tinha uma das mãos agarrada em sua machadinha, lutando contra o puxão forte do zumbi. Um segundo jogou-se sobre sua perna, mas Fábio teve tempo de mover-se e cravar a sua faca até o cabo na cabeça da criatura. Em seguida, seus olhos negros e desesperados foram de Mayara para mim, em choque, esperando alguma coisa..
Por trás dois dos garotos a minha frente, a visão de uma daquelas criaturas, um corredor, pulando contro o corpo caído de minha amiga, fez o meu mundo inteiro desabar.
Ela caiu, não dá para voltar! Era a voz exausta de Elton, que mal conseguia parar de lutar contra zumbis para olhar.
O ar que eu respirava não chegava aos meus pulmões, como se meu coração exausto não conseguisse bombear corretamente, afogado em tamanha
Lentamente o choro histórico de Fábio se acalmava. Quem oferecia consolo a ele era Mayara, que se recompôs rápido, e agora passava as unhas carinhosamente pelos seus cabelos compridos e um pouco oleosos, falando que agora estava tudo bem, que todos estavam a salvo.Suas palavras de consolo infelizmente de nada serviam para mim. Meus braços pareciam destruídos e todo o meu corpo suava de exaustão, aprecia incrível ainda estar em pé e não ter, novamente, desmaiado depois do combate. Decerto minha expressão denunciava meus sentimentos, pois para Elton foi óbvio que nada estava bem.Como você está se sentindo? Ele arriscou, ao meu lado. Em algum momento, seus óculos deviam ter caído no chão, pois agora estavam presos a gola da camiseta, uma das lentes quebradas.Furiosa. Passei a mão pela extremidade do meu bas
Havíamos conseguido derrubar quase todos os zumbis (era impossível derrotar todos, já que eles sempre continuavam chegando) e correr para dentro da are limpa com Mayara, que também por sorte só torcerá o pé. O custo havia sido uma exaustão que nunca enfrentamos, sensações horríveis de alívio e medo que misturavam até ficarem irreconhecíveis.Ao contrário deles, eu já havia digerido completamente o medo e a angústia, assustadoramente acostumada com aquilo. Meu sangue fervia de raiva. Raiva por submeter meus amigos aquilo, por não ter conseguido ser a líder que eu precisava até então...Por ter medo de se encontrar aquele sentimento tarde demais.Isso não faz sentido! Valentina se pronunciou, em voz alta.Mayara mordia tão intensamente seu l&a
Carla mordeu os lábios enquanto Tony sorriu, aparentando nervosismo, porém tentando parecer gentil. Infelizmente, não haveria como, mesmo se quisesse. Ele passou a mão na barba por fazer. Ba verdade, tenho que dizer que a ideia não parece boa de jeito nenhum, nem para vocês. Nós não queremos que vocês vão embora. Carla falou, baixinho. Espero que não tenham pensado nisso... preferimos somente não tocar nesse assunto até ter certeza que a convivência funcionaria, mas vocês são bem vindos a ficar aqui por mais tempo. Pousei a cambuca meio cheia de lentilhas no balcão. A cozinha da família Matos era grande, mas nenhuma cozinha normal fora feita para almoçar doze pessoas então alguns sentavam de na mesa sempre com Carla, Tony e Simon claro enquanto os outros se revezavam sentando no balcão ou em qualquer outro lugar que servisse de apoio. Mel comia ao meu lado em um tapperware que se tornaria oficialmente seu pote de comida. Não pensamos isso, não se preocupem. Comecei olhando para Elt
E nós estamos querendo que você, Carla e Simon continuem vivos e bem, por isso estamos tentando enfiar bom senso na sua cabeça! Minha voz já estava mais alta do que a dos meus colegas, seguindo o tom de voz do homem que discutia comigo.Então bom senso é ouvir um monte de crianças de dezessete anos tentando me ensinar a cuidar da minha família? Tony também pôs se de pé, o rosto virado para mim.Bom senso é ouvir quem já esteve lá fora, quem já enfrentou as dificuldades que vão vir! Bom senso é ouvir quem realmente sobreviveu por um mês em vez de quem se escondeu atrás de quatro muros e mandou adolescentes fazerem todo trabalho!O QUE EU VOU FAZER SE ALGO ACONTECER COM MINHA FAMÍLIA? Ele berrou… mas alto do que o tom de voz que qualquer um havia usado desde o começ
A Mel é muito bem treinada. Ouvi a voz do garoto que me observava, quieto, já ha alguns minutos. Eu e Mel treinávamos seus comandos no quintal de Tony, já que sua rotina de treino havia sido negligenciada por muito tempo e agora mais do que nunca reconhecia a importância de ter uma cachorra obediente. Depois de tanto tempo quieto, não esperava que ele se aproximasse, mas Simon estava quase ao meu lado quando continuou: você quem ensinou?Sorri de canto, finalizando a sessão de treinamentos de Mel parabenizando-a e dando um biscoito do meu bolso. Era fácil encontrar ração e biscoitos para cães nas casas abandonadas. Infelizmente, era igualmente fácil encontrar os cadáveres desses bichinhos apodrecendo em canis trancado, largados para morrer quando seus donos tentaram fugir.Aham… assenti… aprend
Estão melhores, obrigada. Respondi sem jeito.E Guga? Tony quem perguntava dessa vez. Ergui uma sobrancelha, estranhando sua preocupação. Embora no dia posterior a nossa briga, Tony tivesse vindo até mim para se desculpar por sua grosseira, e eu houvesse me sentido compelida a desculpar me por toda a minha ousadia, não trocamos quaisquer palavras nos dois dias que se seguiram.Guga... senti as palavras engasgarem na minha garganta. Eu queria poder mentir, e queria que a minha mentira pudesse remediar tudo, mas não podia. Está bem... vivo...Acho que isso já é o suficiente. Lembrar-me da sua expressão desolada quanto Amanda finalmente informou a todos que ele realmente não teria os movimentos totais do braço de volta me desencadeava uma dor muito maior do que qualquer machucado por bater em zumbis. Ele consegue mexer o
O fim de Abril se estendia com os últimos dias de calor, de aquele era um dia quente como o inferno. Nossa viagem seria curta, de 70 e poucos quilômetros, que mesmo feito em baixa velocidade, tinha tudo para começar e terminar no mesmo dia.Acordamos com os primeiros raios de sol e ainda Estávamos cansados e aflitos, mas assim que o som de tiro chegou aos nossos ouvidos, um trovejar alto que deram início a um alarme de carro, qualquer resquício de sono dissipou-se de nossos corpos. Havia começado..Mesmo assim não foi capaz de sentir confiança até que, em questão de minutos, Fábio apareceu, esgueirando-se por baixo do ônibus tombando próximo à casa de Tony. Seu rosto estava suado e respirava pesadamente, mas parecia inteiro. Podíamos somente rezar para que aquele plano garantisse que todos nós também permanecemos inteiros.
Mel, fica!Aproximei me com cuidado dividindo me em manter a postura em guarda com o bastão e mirar a lanterna. Para golpear a criatura eu precisaria abdicar da luz e somente o pensamento da escuridão era sufocante. Calculei rápido a velocidade com a qual ele se aproximava e ergui o bastão no último segundo, desferindo um golpe no escuro com toda minha força.Assim que me recuperei do baque, mirei a lanterna a tempo de ver que somente aquele golpe havia sido suficiente para deixá-lo imóvel no chão. Senti que meus braços começavam a doer, um pouco impressionada com a força que apliquei.Senti minha cabeça sendo puxada para trás por uma força descomunal que nem se quer me permitirá tempo de me recompor. Uma dor aguda perfurou minha cabeça e somente por já ter sentido algo parecido antes entendi que algo puxava uma das minha