33. Continuação

A primeira realização que eu tive era de que, na verdade, eu não conseguia ver tanto quanto eu esperava que conseguiria. Era um pouco mais fácil enxergar as ruas mais próximas, porém a escuridão implacável da noite de lua coberta escondia os segredos daquela cidade. Os gemidos muitos deles denunciavam a presença das coisas. De infinitas delas. Eu também estendia a nitidez, para entender quantos exatamente eram. Ao meu ver, parecia somente uma enchente de escuridão que se concentrava em frente ao portão da frente.

Virei a cabeça, olhando para o outro lado, tentando enxergar como estaria a rua atrás da cada vizinha. Precisei franzir os olhos e fazer muito esforço, ainda assim pouco consegui distinguir. Somente a realização de que não parecia que um oceano preto se estendia pela rua me fazia ter esperança de que, havendo ou não, pelo menos a

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