— É impressão minha ou você está sempre grudado nesta varanda? — Woody apareceu logo atrás do irmão, assustando-o. — Michael? — ele o chamou, calmo e suave — sei que Alexander foi uma pessoa importante para você no passado, porém agora já não é mais. Nem mesmo se lembra do que tiveram juntos, tem que dá um basta nisso e tentar viver tua vida — disse o loiro, visivelmente preocupado com o mais velho.
— Ele é o amor da minha vida. Esperei vinte e sete anos para tê-lo em meus braços, esperarei outros vinte e sete se for necessário.
— Não seja ridículo, Michael! — irritou-se. — Um dia você vai cansar disso, irá esgotar de ficar apenas desejando que ele se recorde daquela semana. Pensa, irmão: tanto meses se passaram e até agora nada mudou. Você está exausto, isso é notório em sua fisionomia — concluiu Matthew, totalmente farto daquela forma que Michael vinha conduzindo à vida ultimamente.
O mais velho deixou à varanda e entrou no quarto. Encarou o irmão com um olhar duro e sentou no pequeno sofá preto que havia ali. Permitiu baixar a cabeça e ter que ouvi os sermões.
— É para seu próprio bem, cara — Woody tentou transmitir calmaria. — Eu te amo, vê-lo triste dessa forma me faz muito mal também, poxa! Você já sofreu o bastante, merece ser feliz pelo menos uma vez nada vida, com ou sem Alexander.
— Eu não consigo dá um passo adiante sem ele — o loiro falou. — É como se eu fosse trair meu amor, o que eu sinto aqui — ele apontou para seu coração — você não entende, Woody, você nunca se apaixonou de verdade por alguém, jamais amou alguém a ponto de...
— Em primeiro lugar: eu amo sim uma pessoa, eu amo você — assegurou sem pensar duas vezes. — Eu prezo por este sentimento dia após dia, sem trégua. Sim, nunca me apaixonei por ninguém com medo de me decepcionar, o que eu sinto pelo Matthew é algo bom e grandioso, no entanto, é perceptível que nunca iríamos dar certo. Temos pensamentos contrários e além do mais, ele ama a Kayla, e para mim, isso é o mais importante.
— Então como você fala de amor se nem ao menos consegue lidar com o seu?
— Porque eu sei quando eu devo investir, e quando devo simplesmente deixar de lado e viver minha vida. Nem sempre esse sentimento vai ser nosso combustível de vida, no início pode até ser visto como insubstituível, porém com o avançar dos anos, vamos descobrindo que viver juntos nem sempre é melhor. Chega uma hora que cansa... — Woody aproximou-se de Michael. — Eu sou testemunha que seu apreço por Alexander é gigantesco, só que agora, irmão, três meses depois que ele acordou do coma nada mais evoluiu.
Apesar de achar tudo aquilo uma tremenda bobagem, Michael sabia que o irmão estava convicto de suas palavras. Alexander o encarava como alguém estranho e sempre questionava seus familiares sobre a forma como o loiro lhe olhava.
Michael queria muito poder contar cada detalhe ao mais novo, porém não conseguia. Havia jurado nunca relatar nada por si próprio afim de se satisfazer, preferia ficar sem Alexander do que magoá-lo mais ainda. Seria torturante ver o rapaz correndo atrás das lembranças e mutilando-se mentalmente em busca de respostas. Respirou fundo e olhou em direção a Woodrow, o loiro sorriu ao saber que talvez o mais velho tivesse concordado com suas palavras.
— O que você sugere? — Michael instigou.
— Eu estava pensando em tirarmos umas férias afim de esfriar nossas cabeças — Michael levantou uma sobrancelha, curioso. — Tinha pensando em irmos ao Brasil, o que acha? — ele perguntou.
Ao lembrar do Brasil, Michael recobrou-se que esse era o sonho de Alexander e diante disso, negou.
— Brasil é um país bonito, mas...
— Mais?
— Era sonho de Alexander, então acho melhor irmos para outro lugar... se quiser — ele sugeriu. — Que tal o Caribe, eu amo uma água salgada?
— Não tem com te ajudar — Woodrow levantou-se do lado de Michael e seguiu até à porta, da onde completou seus argumentos. — Já percebeu que antes de você, sempre está Alexander? — e saiu batendo-a em seguida.
Woodrow estava certo. Michael só tinha pensamentos para Alexander e ultimamente estava quase endoidando ao querer que o mesmo recordasse brevemente dele. O loiro apertou o rosto com as mãos e notou que os hirsutos dourados e lisos tomavam certas proporções em sua face. Realmente, ele estava esquecendo-se de si.
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— Boa noite, família? — falou Matthew ao adentrar à casa. — Cheguei!
— Oi filho, demorou — Emma levantou-se aliviada do sofá. — Onde você estava até agora?
— Passei na casa de Michael agora há pouco — ele olhou em direção ao irmão e notou que o mesmo o encarava. — Estávamos conversando alguns assuntos e, pelo que eu pude notar ali, os dois tiveram um pé de guerra.
Matthew sentou entre Emma e Alexander.
— E você sabe o que aconteceu? Os dois me pareceram quase inseparáveis?! — instigou Alexander.
— Bom, acho que foi por conta dos atuais sentimentos de Michael — respondeu Matt. — Woodrow quer que o irmão dei um passo adiante, no entanto, o loiro bonitão insiste em investir onde há muito tempo perdeu seu valor — Emma encarou o moreno com um olhar duro, evidenciando para que ele encerrasse o assunto.
Alexander fingiu um sorriso, no entanto, ficou instigado pelo que o irmão dissera.
Emma sentiu o clima de tensão e resolveu apaziguar àquele momento.
— Vamos jantar, estou com fome — a mulher ergueu-se do sofá e caminhou graciosamente até a cozinha.
Alexander levantou-se com a ajuda do irmão que conduziu-o até o lugar onde jantariam. Apesar da tranquilidade que habitava àquela casa, o garoto começou a sentir que o irmão aos poucos distanciava-se dele, só não compreendia os motivos que o levara ao óbice. Já na cozinha, enquanto todos serviam-se, Emma não parou de notar os olhos vermelhos do filho e prescreveu antes mesmo de insinuar que ele não estava bem. O jeito como Matthew pronunciava, mandava indiretas soltas no ar, não era bem seu estilo. Depois que Alexander acordou, mudou completamente em relação a seus pensamentos e imediatamente o comportamento do mais novo tornou-se erosivo, agressivo e totalmente contraditórios, e àquela paixão fraterna que antes existia, agora já não passava de meros favores.
Há duas semanas, enquanto ela passara no quarto afim de arrumar a zona caótica que o jovem sempre fazia, notou duas seringas já usadas entre as roupas. Embalagens de preservativos dentro das gavetas, mesmo que o rapaz raramente trouxesse alguém para passar à noite. Emma estranhou, pensou que fosse somente à necessidade do garoto em se aliviar, porém, sua mente lhe contrariava. Para piorar, além das seringas e embalagens de camisinhas, notou que alguns medicamentos para controlar o estresse, ansiedade e acalmar os nervos, também estavam guardados ou em uso.
Ultimamente o rapaz de dezoito anos estava quase sempre na rua, chegava tarde horas da noite sem dá satisfação alguma e entrava no quarto e lá trancava-se. Ela suspeitava que estivesse usando drogas ou até mesmo prostituindo-se nas ruas de Manhattan, e não querendo acreditar em suas intuições, Emma fingiu deixar o assunto de lado.
— Vocês sabiam que Woodrow mal falou comigo esta noite? — o rosto camuflado pela raiva falou mais alto. — Ele disse que estava mal e que subiria para o quarto, Michael até mesmo me contou que Woody vem passando por uma fase complicada na vida, ultimamente. Estou preocupado com ele, somos amigos há pouco tempo, porém, eu prezo pelo bem-estar dele.
— É impressão minha ou você tem uma queda pelo nosso vizinho bonitão? — Emma perguntou, sorrindo.
Matthew travou o maxilar, abandonou a comida e debruçou sobre a cadeira.
— Não sei...— ele respondeu. — Mas se eu tivesse com certeza lutaria por esse amor, mãe!
Emma levantou uma sobrancelha, tristemente sentida com a forma que o sobrinho mais novo lhe respondeu. Ela baixou a cabeça e voltou sua atenção para o prato, deixando que tudo ao redor voltasse a mesma atmosfera fria e densa de antes.
— Eu vou pro quarto — avisou Matt. — Cansei desse jantar.
Ele limpou os lábios com papel toalha e, em seguida, saiu. Alexander acompanhou os passos do irmão até que o perdesse de vista e, mediante a isso, voltou-os para encarar Emma.
— É impressão minha ou Matthew está diferente? — o rapaz indagou.
— Espero que seja apenas uma leve e coincidente impressão sua, meu amor — a mais velha ergueu-se da mesa, beijou o topo da cabeça de Alexander e subiu para o quarto.
Emma foi em direção ao aposento de Matthew, e quando estava próxima da porta, notou pela frecha dela o que o rapaz aprontava do outro lado. Lágrimas então começaram a escorrer de seus olhos e tentou lembrar em qual momento falhou com seu papel de mãe adotiva!? Vê-lo cheirando o pó ilícito fez seu estômago revirar enquanto ela abaixava e notava que o garoto fazia movimentos de vai e vêm em seu membro no instante em que assistia um conteúdo pornográfico no computador.
Arrasada e desnorteada do que havia terminado de presenciar, a mulher foi para seu quarto afim de tentar acalmar os ânimos e deixar que o dia amanhecesse para que intervisse de uma vez por todas naquilo. Não iria perder um filho para o vício das drogas e ajudaria-o erguer na vida e tentar deixar claro o que tanto lhe atormentava.
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O dia havia finalmente raiado. Já era um pouco mais de meio-dia quando Matthew acordou outra vez jogado no piso. Uma dor de cabeça parecia que ía explodir seus neurônios aos poucos, enquanto pegava suas mudas de roupas e mutilasse novamente por ter se rebaixado tanto nos últimos dois meses.
Apanhou os frascos com calmantes e guardou na gaveta, estava suado e fedorento, e ao correr com os olhos pelo corpo, notou o sêmen grudado nele e sentiu lágrimas inusitadas caírem dos olhos. Quando começou a se drogar e frequentar lugares imundos e cheios de pessoas sem futuro, Matthew foi induzido a participar daquele ato justamente por não querer assumir para si mesmo o que vinha sentindo pelo vizinho ultimamente.
Pegou uma toalha e entrou no banheiro, deixando que a água fria levasse com sigo todas às marcas do passado. Depois de alguns minutos, pegou a sunga que trouxera e trocou. Enxugou-se e, momentos depois, foi para o quarto e mudou de roupa. Como era um sábado de dia ensolarado em Nova Iorque, optou por algo mais leve e formidável.
Desceu para tomar o café da manhã e notou que somente seu irmão estava ali, e avançou para beijá-lo, sendo ignorado pelo mesmo no segundo seguinte, impedindo que o mais novo se aproximasse.
Matthew pensou que aquilo fosse ainda relacionado à noite anterior, porém, ao notar que um frasco com calmantes e seringas descartáveis foram postas sobre à mesa, ele congelou no mesmo instante.
— Poderia me explicar o que merda está fazendo da sua vida, Matt? — perguntou o mais velho, visivelmente abatido. — Nunca houve segredos entre nós, por que só agora resolveu ter?
— Eu... — o mais novo tentou argumentar. — Eu tentei de todas às formas possíveis me livrar desse troço irmão, porém eu não consigo.
Abismado com à admissão, Alexander paralisou.
— Desde quando? Desde quando resolveu acabar com tua vida, irmão? — ele perguntou alterado.
Matthew sentou-se engolindo em seco. Não tinha exatamente uma data concreta de quando se submeteu ao destruir com sua felicidade, mas aquilo ganhou mais proporções quando o mesmo passara meses em coma no hospital.
— Há alguns meses — ele respondeu. — Especificamente, dias depois em que você foi acidentado. Eu comecei com os calmantes, tinha crise de ansiedade, resolvi procurar ajuda mas o que eu encontrei foi algo totalmente diferente. Nas noites em que nossa mãe estava com você e eu sentia-me solitário, comecei a sair com às pessoas desse bairro afim de camuflar minhas dores. Foi quando eu experimentei a heroína, a bebida e consequentemente, me viciei. Agora é tarde...
— Não, ainda não é tarde — cortou o mais velho, ainda visivelmente abalado pelo que estava ouvindo. — É só você procurar por ajuda, eu e você vamos atrás da cura. Uma parte disso tem haver comigo, mas tem que me prometer que não vai nunca mais se induzir a isso?
Matthew apertou os lábios e assentiu.
— OK! Eu prometo me submeter ao que você me indicar, desde que não desista do que sente aí — ele apontou em direção ao coração do mais velho. — Eu tô doente, preciso ser tratado, mas tem que me prometer que vai honrar este meu tratamento, tentando sair desse casulo.
Alexander, sem muito entender do que o irmão falava, assentiu com veemência.
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Inevitável Destino
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Era uma habitual e exaustiva caminhada até a sede presidencial da empresa de Michael. Ele subiu pelo elevador juntamente com Emma que, por sua vez, parecia bem no mundo da lua com o que presenciou no sábado à noite em sua casa. A expressão infeliz consumia uma parte de seu rosto perfeitamente rejuvenescido por uma fina camada de maquiagem empolgante que contrastava perfeitamente com seu tom de pele.As unhas pintadas de um vermelho-sangue batiam sem parar sobre uma pasta da mesma cor que trazia nas mãos, o que perturbava os pensamentos eletrizantes de Michael.Quando saíram do elevador no último andar do prédio de mais de sessenta metros de altura, com cem de largura fixa em cada lado, ele parou próximo da escrivaninha onde atrás de um balcão encontrava-se Mary, sua nova secretária.Naquela manhã ela havia exagerado consideravelmente no batom vermelho e na saia justa preta, porém, acessível com um corpete branco super apertado
— Andei pesquisando sobre Shopia Máximo — Isaac dissera ao sair do carro na garagem. — Conhece a advogacia do Adam Brad? — ele perguntou.— Só de vistas — Michael respondeu, começando a caminhar rumo à porta da cozinha. — Descobriu o que sobre ela?Isaac o fez parar.— Muito pouco — falou retirando o blazer, colocando por cima do ombro. — Shopia Máximo é uma das mais importantes advogadas de lá, sugiro que contratemos ela, assim ficará mais seguro e não gerará desconfiança.— Deixo isso com você, Isaac!O rapaz concordou com a cabeça, enfim entrando pela cozinha.Eles depararam-se com Lílian e o restante das empregadas tratando no jantar. Saudaram-as com um boa noite, logo indo para a sala. Woodrow encontrava-se deitado no sofá lendo um livro qualquer quando ouviu a voz do irmão aproximando de seus ouvidos, erguendo-se bruscamente para se arrumar.
Era uma terça-feira. O dia ainda não havia surgido por completo, mas mesmo assim, Michael, já estava fazendo sua corrida que há meses não praticava. Usava um calção esportivo fino, preto, um tênis branco e uma camisa cinzenta com capuz.Já tivera dado diversas voltas entorno de uma praça e agora caminhava tranquilo ouvindo suas músicas nos fones por bluetooth, enquanto o celular estava seguro na barra da sunga e aproximava-se da mansão onde morava.Quando chegou próximo da casa, olhou ao redor na tentativa de encontrar alguém conhecido, porém nem sinal. Entrou na mansão, subindo em direção ao quarto afim de tomar um belo banho e se arrumar para mais um dia de trabalho.Lilian estava na cozinha, fazendo seu trabalho; Woodrow permanecia no quarto, dormindo, enquanto Isaac, da mesma forma, continuava em um sono brando e leve no aposento de hóspedes.O loiro abriu à porta do quarto retirando a ca
Talvez tivessem sido àquelas palavras tão profundas que fizeram o corpo de Woodrow reagir espontaneamente, os lábios rosados abrindo-se em um sorriso singelo, perfeitamente alinhado.— Eu nem sei o que dizer — o rapaz lutou para encontrar uma palavra mais adequada. — Na verdade, estou surpreso.Matthew suspirou fundo, baixando a cabeça e fixando os olhos verdes penetrantes no piso.— Eu vou entender... — começou Matt, ansioso. — Não quero que sinta pena de mim, ou que passe a me odiar, entende?Woodrow balançou a cabeça em sinal de confirmação. Ele caminhou dois passos, ficando centímetros afastado do mais baixo, finalmente segurando àquelas mãos que, por diversas vezes, quis sentir o calor e a sensação delas nas suas. Woodrow beijou cada uma delas, deixando visível sua preocupação com o amigo, finalmente cedendo ao ar denso que tornava-os únicos e inseparáveis.— Eu queria muito que fos
As pernas não paravam de se movimentar por debaixo da mesa. Ele parecia ansioso e, mesmo que estivesse na presença de seu irmão, o que houvera pela manhã teria falado mais alto e tinha sido mais forte que sua reação. Michael encarava Woody, ainda a espera de uma resposta.Ainda dando uma chance para o mais novo se reconciliar com sigo mesmo, seguiu com os olhos azuis penetrante para o salão ainda vazio, ocupado por pouquíssimas pessoas afastadas, naquele horário. Alguns funcionários da Efron & Red, estavam ali, jantando, ou se reencontrando formalmente mesmo após o trabalho longínquo e cansativo.Voltou a fitar o irmão, dessa vez quebrando o silêncio e a ansiedade que brotava pelos poros e eriçavam os pubescentes do corpo dele de uma maneira abrupta, sem descanso.— Vai me contar o que aconteceu, ou irá permanecer nessa turbulência toda, como se o mundo estivesse acabando; a terra ruindo e, acima de tudo, como
O dia para encarar Sophia Máximo, havia finalmente chego. Michael estava na presidência, aguardando para encontrar àquela que poderia ter todas as respostas para suas perguntas caso usasse os métodos que por anos nunca falharam.O rapaz estava lendo alguns contratos quando, de repente, ouviu à porta sendo aberta. Ali, na sua frente, não havia apenas uma advogada renomada em tão pouco tempo de experiência na área, mas Sophia Máximo, uma das jovens mais bela que Michael já vira em toda à sua existência.Ela usava uma roupa padrão preta, que consistia numa saia justa nas pernas iniciando um pouco acima do umbigo e descendo até abaixo das coxas. Uma camisa social da mesma cor, de mangas longas e um pouco larga nos braços.Passara levemente uma maquiagem ao redor dos olhos e uma sombra não muito chamativa. Calçava um tamanco bico fino preto de couro macio, que deixava suas unhas dos pés pintadas de vermelho, visíveis. Nos láb
— Sua casa é muito bonita, Alexander — confessou Cristian, tal qual, ainda continuava olhando para a decoração luxuosa nas paredes e estantes dispersas ao longo do salão com paredes brancas e arranjos de flores em várias partes.O rapaz sorriu.— Obrigado! — falou. — Ainda assim, não tive sequer um dedo nesta majestura toda. Minha mãe cuidou sozinha, na verdade, com ajuda de meu irmão que esforçou-se em decorar com LEDs e artes digitais — contou indicando um sofá para ambos sentarem-se.— Ficou muito bonito — Gabe comentou, sentando-se. — Seu irmão é um gênio. Cristian até tenta, apesar disso, continua o mesmo de sempre — o mais velho sorriu, olhando de esguelha para Alexander, até observar um leve indício de amabilidade nos lábios.Diante da deduração, Cristian e Gabe começaram a trocar farpas e injúrias, civilizadamente, mas Alexander interviu.— Rapazes? — ele chamou os dois. — Vamos ao que
— Rápido, Woodrow, me fale o que está acontecendo. Melhor: o que esconde de mim? — instigou o loiro, visivelmente alterado.Woodrow soluçou, mas mesmo assim respondeu.— Naquela noite, no dia em que minha mãe tentou se livrar de mim — ele fez uma breve pausa enquanto consertava a garganta. — Eu descobrir alguns dos muitos crimes e segredos de Catherine Jones.O quiçá atingiu Michael rapidamente, como se a intuição tivesse lhe condenando aos poucos.— O que descobriu? — a pergunta foi feita sem pensar.Woodrow sentiu àquelas palavras lhe cortando por dentro. Lutou para não encontrar dificuldade ao se expressar.— Você não é meu irmão — a admissão foi feita num sussurro. — Catherine te adotou depois de...— De? — Michael interrompeu, rapidamente.— Matar o próprio filho, o meu verdadeiro irmão — o loiro não conseguiu sustentar seus pés, pr