— Andei pesquisando sobre Shopia Máximo — Isaac dissera ao sair do carro na garagem. — Conhece a advogacia do Adam Brad? — ele perguntou.
— Só de vistas — Michael respondeu, começando a caminhar rumo à porta da cozinha. — Descobriu o que sobre ela?
Isaac o fez parar.
— Muito pouco — falou retirando o blazer, colocando por cima do ombro. — Shopia Máximo é uma das mais importantes advogadas de lá, sugiro que contratemos ela, assim ficará mais seguro e não gerará desconfiança.
— Deixo isso com você, Isaac!
O rapaz concordou com a cabeça, enfim entrando pela cozinha.
Eles depararam-se com Lílian e o restante das empregadas tratando no jantar. Saudaram-as com um boa noite, logo indo para a sala. Woodrow encontrava-se deitado no sofá lendo um livro qualquer quando ouviu a voz do irmão aproximando de seus ouvidos, erguendo-se bruscamente para se arrumar.
— Já em casa tão cedo? — ele perguntou, logo colocando os olhos sobre Isaac. — Oi, tudo bem? — o rapaz balançou a cabeça em sinal positivo.
Michael caminhou até o irmão, abraçando e beijando o topo da cabeça.
— Bom, nós vamos tomar um bom banho, e logo voltaremos para assistirmos um filme e jantarmos — Woodrow assentiu, retornando para sentar no sofá.
Ele olhou por cima do ombro, notando os dois subirem em direção aos quartos.
Depois de um tempo ter se passado, Michael e Isaac voltaram-se menos formais para jovens empresários, usando somente calções de moletom e sem cobertas no corpo.
Michael tinha o corpo mais desenvolvido que Isaac, por ser mais velho e viciado em academia, pois mais que houvesse ido muito pouco ultimamente.
Isaac era um jovem de vinte e três anos, loiro dos olhos cor-de-mel, corpo escultural, hirsutos negros e lisos que desciam dos peitos largos e fartos, passando pelo abdômen trincado, umbigo e desaparecendo dentro da barra da sunga.
Woodrow não conseguiu fazer contato visual por mais tempo, pois sabia ao certo onde aquilo levaria. Viu quando os dois vieram até o sofá e sentaram-se um em cada lado, começando sorrir ao mencionarem assuntos paralelos do colegial.
— Woodrow? — Michael o chamou. — Isaac me deu uma ótima ideia lá no quarto, falando que, como você está cursando gerência, que talvez possa começar a voluntariar na Efron & Red.
— Gostei da ideia! — o loiro de dezessete anos começou, sorrindo. — Mas pode ser após o meu aniversário, estou pensando em contratar a melhor empresa de eventos para arrumar tudo e deixar perfeito.
— Contratar? — Michael perguntou, incrédulo. — Eu te mato se fizer isso, moleque. Estou apar de tudo, irmãozinho. Isaac está tomando conta disso por mim, fica tranquilo que será o melhor aniversário do ano.
— Olha, Woodrow? — Isaac o chamou, sorrindo. — Se nos próximos dias você começar a me m****r a lista de convidados, eu agradeceria.
— Na verdade está tudo pronto já, não serão tantos — o mais novo dissera. — Somente alguns amigos que fizeram o terceiro ano comigo e os universitários.
— Chega à duzentos? — Michael quis saber.
— Hum, talvez menos!
Os três começaram uma longa troca de conversas. Porém, com o passar dos minutos, Michael viu que acabou sobrando nos assuntos, falando que ía sair um pouco afim de respirar. Ele foi até o quarto pegar uma roupa mais quente para abafar o frio que fazia lá fora.
Já na rua, aquele ar parecia tão carregado, e o jovem novaiorquino saiu caminhando sem rumo.
Estava frio, haviam poucas pessoas na rua àquela hora, as árvores brandiam seus galhos de uma maneira gentil, fazendo com que algumas folhas caídas no asfalto fossem arrastadas para longe, dando uma sensação única de liberdade.
Michael sentou-se numa praça próximo de sua casa, debruçou sobre o banco frio de madeira pintada e correu com os olhos pelos detalhes da rua que consistiam em luxuosas construções, chafarizes no meio do parque e pessoas conversando ou namorando felizes, no escuro. Queria ser ele ali, junto com Alexander.
— Michael? — seu nome soou calmo, àquela voz reconhecida em instantes. Levantou-se do banco, olhando para trás e notando Alexander, encarando-o. — É assim seu nome, não é?
Àquela falta de memória lhe arrasava. Se tivesse impedido ele de sair do hospital onde acompanhavam Woodrow, nada teria mudado entre eles, continuariam felizes.
— É — respondeu curto, pois Alexander costumava deixá-lo sem palavras.
— Legal — o moreno dissera. — Estava só passando por aqui, então eu vou indo...
— Não, meu a... amigo — ele consertou antes que fosse tarde demais. — Que tal sentar? Gosta de uma boa conversa?
Alexander olhou ao redor, tenso, como se procurasse por alguém em específico.
— Fica tranquilo, Alex — Michael pediu, sorrindo. —- Não tenho nenhum comparsa, se é isso que está pensando — Alexander sorriu.
— Desculpa, é que eu sou meio desconfiado.
— É, eu sei!
— Sabe? — Alexander estreitou o olhar, curioso.
Michael sentiu como se tivessem arrancando o ar de seus pulmões, calmo, aterrorizante e ao mesmo tempo, rápido, sem chances de defesa.
— Matthew me contou — ele disse, finalmente encontrando uma brecha. — Seu irmão é um bom amigo.
Alexander contornou o banco, sentando-se nele. Ficou imóvel, como se ainda não tivesse se acostumado com o mundo novo, deixou a muleta ao lado esperando que Michael sentasse também.
Não demorou muito até que o loiro estivesse pela primeira vez após tantos meses ao lado do grande e único amor da sua vida, novamente. Era inacreditável que mesmo não lembrando-se quem realmente era Michael, Alexander sentia que o conhecia.
Quando os olhos se encontraram depois de um tempo, foi como se o mundo ao redor deles tivesse se quebrado e o inevitável acontecesse. Houve um reconhecimento, talvez não acessível, mas era uma sensação boa que fizera um pequeno sorriso brotar em ambos os lábios.
— Então? — Michael quebrou aquele clima, mesmo que quisesse ir mais fundo do que imaginava. — O que estava fazendo na rua essa hora? Mesmo que não seja perigoso aqui, é sempre bom tomar cuidado.
Alexander apertou os lábios, lutando para raciocinar aquele ato repentino de preocupação de alguém tão desconhecido para ele.
— Estava pensando um pouco. Sabe? Isso ajuda amenizar a raiva!
— E você é tão raivoso assim, por acaso? — Michael brincou, arrancando mais um sorriso do mais novo.
— Digamos que eu não tolero mentiras — Michael fechou os lábios, sentindo um misto de ressentimento na voz de Alexander. — Descobrir que meu irmão está metido com algo bem sério, e eu como mais velho tive que intervir.
— Nessa idade os adolescentes ficam mais agitados, sabe? — assegurou Michael. — Eu mesmo vivia aprontando, indo parar na diretoria, levando suspensão de uma, duas, três semanas.
— Então você é o rei dos problemas — supôs Alex, outra vez encontrando aquele olhar azul que de alguma forma mexia com seu corpo. — Como você conseguiu concluir seus estudos dessa forma?
Michael não precisou pensou.
— Eu era péssimo sociavelmente — ele respondeu. — Porém um ótimo aluno na prática, sempre tive notas boas.
— Está falando sério?
— Muito sério. Fui eleito o melhor alunos por quatro vezes consecutivas — gabou-se. — Bom, cinco vezes o pior no quesito encrenca.
Alexander sorriu, parecia mais leve, era inebriante como Michael conseguia fazê-lo ficar tão à vontade com tantos problemas ao redor.
— Eu sempre curtir ficar sozinho — ele olhou em direção ao vazio do céu que ali não era visto nenhuma estrela por conta do claro da luz. — Com o tempo eu conheci pessoas boas, porém afastaram-se.
Michael prestou mais atenção no jeito dele se expressar, era gracioso e lindamente perfeito.
— Algumas pessoas entram em nossa vida falando que estarão sempre conosco — Michael comentou, massageando sua mão. — Mas é inevitável que nos suportem. Acho que a vida é mais feliz assim: com encontros, desencontros. O destino é tão bonito e às vezes perigoso, inevitável e solitário quando o assunto são os que nos tornam únicos.
— Você acredita no destino? — Alexander perguntou, inocente.
Michael poderia afirmar que sim, que o tempo era o compositor de destinos, separador de almas, corações, mentes e vidas. Mas nada disse, sua resposta foi o silêncio, à única coisa que realmente lhe importava no momento e que estava ao seu alcance. Quando encontrara com Alexander na Blackburn, era como se fosse Paul com outro nome, mas ainda dono do mesmo coração mole e fraco que conquistara-o no passado distante, ainda com feridas abertas.
— Não! — ele disse, inusitadamente. — O destino me trouxe uma pessoa que mexeu muito com meu coração, fazendo ver o mundo de outra forma e encarar à realidade como devia. Este alguém me fez ocupar o tempo com o que realmente importava, com o que eu pensava e, então, no pouco tempo que tivemos juntos eu acabei deixando me levar por aquele sentimento que só crescia. Ele desapareceu, esperei seis meses para tê-lo de volta, mas veio com tantas imparcialidades que ainda me torturam. Porém, eu ainda não perdi totalmente a esperança... ela reina em mim, sabe? É difícil esquecer desse ser maravilhoso — ele voltou com os olhos para encarar os de Alex. — Se você ama alguém dessa forma, não desista desse amor, tenho certeza que a outra parte vai honrar a mesma promessa com todos os sacrifícios e tentações ao redor possíveis.
— Alguma coisa aconteceu, não foi?
— Sim — sussurrou Michael.
— Não sei o que é, mais torço pela sua felicidade, Michael.
— Obrigado, Alexander, desejo em dobro para você.
— Eu estou com fome, acho melhor eu voltar.
— Quer que eu te acompanhe? — Michael perguntou.
— Sua casa é na frente da minha, babaca — respondeu Alex. — Pode me acompanhar sem nenhum problema, mesmo que eu não seja tão indefeso assim.
Então eles começaram a caminhar até o final da rua, conversando coisas paralelas, sorrindo quando era necessário, olhando-se por breves momentos como se conhecessem há tantos anos e queriam que o tempo não passasse.
Quando chegaram até o destino, mesmo que lutassem para que aquilo não terminasse, os dois voltaram-se a se encarar.
— Está entregue — atestou Michael, cordialmente. — Foi uma honra.
— Digo o mesmo — Alexander abriu o portão, mesmo que seu corpo protestasse para ficar ali, não entendendo absolutamente nada daquela reação espontânea de seu corpo. Seus lábios moveram-se rapidamente. — Boa noite, Michael.
— Boa noite, Alex!
Então os dois entraram em suas respectivas casas, ambos com sorrisos transbordando em felicidades.
Michael abriu à porta da sala e notou que Isaac e Woodrow sorriam ao assistir uma comédia brasileira na tevê.
— Eu amo os filmes e séries desse cara — os dois olharam e notaram Michael com um sorriso nos lábios. Woodrow foi o primeiro a sugerir mentalmente que àquela felicidade tinha um nome.
— Sempre achei ele muito dona Rebeca — Isaac falou. — É um dos melhores atores do Brasil, Paulo Gustavo é brilhante, meu.
— Vou ter que admitir — Woodrow dissera. — Eu já sou fã.
Conversaram rapidamente, logo depois notaram a presença de Lílian, impassível com as mãos para trás enquanto aguardava uma pausa nos assuntos.
— O jantar está na mesa, senhores!
Os três ergueram-se do sofá, caminhando em direção a sala de jantares.
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— Já estava ficando preocupada, filho! — Emma levantou-se do sofá preto assim que ouviu à porta se fechando. — Você estava aonde?
Alexander caminhou até o sofá onde sua mãe estava e sorriu ao olhar para ela e notar a fisionomia de indagação a espera de uma reposta.
— Mãe, eu tenho quase vinte e dois anos — ele protestou. — Eu só sair um pouco, queria conhecer o bairro.
Emma cruzou os braços acima dos seios, ainda a espera de uma resposta objetiva, sem rodeios.
— Ok, ok, ok — ele cedeu, sorrindo. — Estava conservando com o vizinho, o Michael.
Emma arregalou os olhos em emotividade, finalmente sabendo que o filho estava melhorando.
— Vocês se acertaram? — ela perguntou, curiosa.
— Como assim, se acertaram?
— Oh, desculpe — Emma mudou de assunto bruscamente. — Mas me fale, como foi?
— Ah, mãe — Alexander fechou os olhos e imaginou Michael nos pensamentos. — Ele é lindo, o homem mais bonito do mundo. É difícil explicar, é como se nos conhecêssemos há muitos anos; ele me faz ri do nada, com as palhaçadas dele. Não entendo porque ele não apareceu na minha vida antes? Acho que fui eu quem o evitou desde que sair do hospital, nem agradecir pela força que ele deu para nossa família.
Emma sentou ao lado do filho, beijando os cabelos rebeldes que tinham crescido bastante. Alguns fios já caíam pela testa e paravam um pouco abaixo dos olhos verdes acinzentados.
— Então está se apaixonando pelo nosso vizinho bonitão? — Emma questionou.
Alexander abriu os olhos lentamente, assimilando àquilo que sua mãe tinha acabado de falar. Pensou por um momento, tentando raciocinar direito, evitando à verdade.
— Eu conversei com ele somente hoje — Alexander não queria admitir que estava um pouco mexido em relação a Michael. — Acho que é carência, mãe. Mas o jeito que ele me olha é inacreditável, surreal.
Ela beijou-lhe o rosto, apertando as mãos rapidamente antes que levantasse do sofá e caminhasse rumo ao quarto.
Não demorou muito até que Matthew tivesse descido os degraus da escada e se jogasse sobre o sofá, sorrindo.
— Nossa, o que houve?
Matthew encostou a cabeça no ombro do irmão enquanto permitia-se pensar em tudo que ocorrera ao longo do dia.
— Eu fui no grupo de apoio como prometir — ele discursou. — Àquela dinâmica me fez bem, sabe? Acabei encontrando uma pessoa legal que mexeu bastante comigo.
Alexander estreitou o olhar, pensando no que o irmão lhe dizia.
— É homem ou mulher? — o mais velho quis saber.
— É mulher, uma linda e delicada menina — Matthew parecia está perdido nos pensamentos, completamente neutro e seguro.
— Ela fuma? Ou faz algo do tipo?
— Não, não, ela é voluntária, costuma ouvir os de mal com à vida — Alexander sorriu. — Porém, ela é diferente, mesmo se fazendo de desentendida, sabe?
— Não, eu não sei — argumentou o mais velho, retirando a cabeça do irmão do ombro. — Sabe o que eu acho, irmão? Que você deveria conversar com o Woodrow, ele me pareceu ser um ótimo garoto e gosta de você de verdade, só não quer se machucar.
Alexander não precisou dizer mais nada para avançar ao quarto afim de tomar um bom banho, deixando Matthew com uma pulga atrás da orelha.
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Inevitável Destino – Livro 2
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Era uma terça-feira. O dia ainda não havia surgido por completo, mas mesmo assim, Michael, já estava fazendo sua corrida que há meses não praticava. Usava um calção esportivo fino, preto, um tênis branco e uma camisa cinzenta com capuz.Já tivera dado diversas voltas entorno de uma praça e agora caminhava tranquilo ouvindo suas músicas nos fones por bluetooth, enquanto o celular estava seguro na barra da sunga e aproximava-se da mansão onde morava.Quando chegou próximo da casa, olhou ao redor na tentativa de encontrar alguém conhecido, porém nem sinal. Entrou na mansão, subindo em direção ao quarto afim de tomar um belo banho e se arrumar para mais um dia de trabalho.Lilian estava na cozinha, fazendo seu trabalho; Woodrow permanecia no quarto, dormindo, enquanto Isaac, da mesma forma, continuava em um sono brando e leve no aposento de hóspedes.O loiro abriu à porta do quarto retirando a ca
Talvez tivessem sido àquelas palavras tão profundas que fizeram o corpo de Woodrow reagir espontaneamente, os lábios rosados abrindo-se em um sorriso singelo, perfeitamente alinhado.— Eu nem sei o que dizer — o rapaz lutou para encontrar uma palavra mais adequada. — Na verdade, estou surpreso.Matthew suspirou fundo, baixando a cabeça e fixando os olhos verdes penetrantes no piso.— Eu vou entender... — começou Matt, ansioso. — Não quero que sinta pena de mim, ou que passe a me odiar, entende?Woodrow balançou a cabeça em sinal de confirmação. Ele caminhou dois passos, ficando centímetros afastado do mais baixo, finalmente segurando àquelas mãos que, por diversas vezes, quis sentir o calor e a sensação delas nas suas. Woodrow beijou cada uma delas, deixando visível sua preocupação com o amigo, finalmente cedendo ao ar denso que tornava-os únicos e inseparáveis.— Eu queria muito que fos
As pernas não paravam de se movimentar por debaixo da mesa. Ele parecia ansioso e, mesmo que estivesse na presença de seu irmão, o que houvera pela manhã teria falado mais alto e tinha sido mais forte que sua reação. Michael encarava Woody, ainda a espera de uma resposta.Ainda dando uma chance para o mais novo se reconciliar com sigo mesmo, seguiu com os olhos azuis penetrante para o salão ainda vazio, ocupado por pouquíssimas pessoas afastadas, naquele horário. Alguns funcionários da Efron & Red, estavam ali, jantando, ou se reencontrando formalmente mesmo após o trabalho longínquo e cansativo.Voltou a fitar o irmão, dessa vez quebrando o silêncio e a ansiedade que brotava pelos poros e eriçavam os pubescentes do corpo dele de uma maneira abrupta, sem descanso.— Vai me contar o que aconteceu, ou irá permanecer nessa turbulência toda, como se o mundo estivesse acabando; a terra ruindo e, acima de tudo, como
O dia para encarar Sophia Máximo, havia finalmente chego. Michael estava na presidência, aguardando para encontrar àquela que poderia ter todas as respostas para suas perguntas caso usasse os métodos que por anos nunca falharam.O rapaz estava lendo alguns contratos quando, de repente, ouviu à porta sendo aberta. Ali, na sua frente, não havia apenas uma advogada renomada em tão pouco tempo de experiência na área, mas Sophia Máximo, uma das jovens mais bela que Michael já vira em toda à sua existência.Ela usava uma roupa padrão preta, que consistia numa saia justa nas pernas iniciando um pouco acima do umbigo e descendo até abaixo das coxas. Uma camisa social da mesma cor, de mangas longas e um pouco larga nos braços.Passara levemente uma maquiagem ao redor dos olhos e uma sombra não muito chamativa. Calçava um tamanco bico fino preto de couro macio, que deixava suas unhas dos pés pintadas de vermelho, visíveis. Nos láb
— Sua casa é muito bonita, Alexander — confessou Cristian, tal qual, ainda continuava olhando para a decoração luxuosa nas paredes e estantes dispersas ao longo do salão com paredes brancas e arranjos de flores em várias partes.O rapaz sorriu.— Obrigado! — falou. — Ainda assim, não tive sequer um dedo nesta majestura toda. Minha mãe cuidou sozinha, na verdade, com ajuda de meu irmão que esforçou-se em decorar com LEDs e artes digitais — contou indicando um sofá para ambos sentarem-se.— Ficou muito bonito — Gabe comentou, sentando-se. — Seu irmão é um gênio. Cristian até tenta, apesar disso, continua o mesmo de sempre — o mais velho sorriu, olhando de esguelha para Alexander, até observar um leve indício de amabilidade nos lábios.Diante da deduração, Cristian e Gabe começaram a trocar farpas e injúrias, civilizadamente, mas Alexander interviu.— Rapazes? — ele chamou os dois. — Vamos ao que
— Rápido, Woodrow, me fale o que está acontecendo. Melhor: o que esconde de mim? — instigou o loiro, visivelmente alterado.Woodrow soluçou, mas mesmo assim respondeu.— Naquela noite, no dia em que minha mãe tentou se livrar de mim — ele fez uma breve pausa enquanto consertava a garganta. — Eu descobrir alguns dos muitos crimes e segredos de Catherine Jones.O quiçá atingiu Michael rapidamente, como se a intuição tivesse lhe condenando aos poucos.— O que descobriu? — a pergunta foi feita sem pensar.Woodrow sentiu àquelas palavras lhe cortando por dentro. Lutou para não encontrar dificuldade ao se expressar.— Você não é meu irmão — a admissão foi feita num sussurro. — Catherine te adotou depois de...— De? — Michael interrompeu, rapidamente.— Matar o próprio filho, o meu verdadeiro irmão — o loiro não conseguiu sustentar seus pés, pr
— Claro que pode entrar. — um leve indício de smile fizera-se presente nos lábios de Michael. — E sente-se, por favor — disse indicando o sofá.— Obrigado. — Alex agradeceu, caminhando com a ajuda da muleta até o lugar que Michael lhe apontou.Ele não esperava encontrar Alexander ali, não no momento turbulento e revés pelo qual passava.Michael sentou em uma poltrona, pois não sentia-se confortável em ter o namorado por perto e não poder tocá-lo. Aquele óbice lhe impedia mesmo que sua vontade fosse outra, fosse abraça-lo e beijá-lo.Os dois encararam-se por um momento, os olhos sendo movidos apressadamente, com tanta riqueza de emoção por detrás. A tensão era visível entre os dois, cada vez mais plural, contagiante e única.— Que devo a honra de sua visita? — perguntou Michael, quebrando o clima.Alexander estreitou os olhos, indo com eles em direção ao piso e unindo as
O percurso até o quarto de Michael, foi quente como o inferno. Os toques prosseguiram ao clímax que ambos expeliam através dos poros de seus corpos colados um no outro, renascendo a luxúria que por meses haviam guardados ali, entre os ossos e a pele do coração.A coragem podia não ser notada, havia um medo, mas não do que haveria a seguir quando estivessem no silêncio abrupto do quarto, contudo das coisas nada premeditadas do destino. Entre os beijos, Michael colocou Alexander contra a parede e afogou-lhe os lábios selvagemente enquanto sentia o coração bombear mais depressa o sangue pelas veias e eriçando seu saco escrotal. Seu pênis doía pela pressão contra o abdômen do mais novo, enquanto agarrava-o forte os cabelos escuros e grandes dele, na vontade única de jamais soltar.Gemidos prazerosos escapuliam instantaneamente conforme Michael beijava a boca, pescoço e têmporas de Alexander, sem parar, torturando-o de uma maneira única e calma.