— Claro que pode entrar. — um leve indício de smile fizera-se presente nos lábios de Michael. — E sente-se, por favor — disse indicando o sofá.
— Obrigado. — Alex agradeceu, caminhando com a ajuda da muleta até o lugar que Michael lhe apontou.
Ele não esperava encontrar Alexander ali, não no momento turbulento e revés pelo qual passava.
Michael sentou em uma poltrona, pois não sentia-se confortável em ter o namorado por perto e não poder tocá-lo. Aquele óbice lhe impedia mesmo que sua vontade fosse outra, fosse abraça-lo e beijá-lo.
Os dois encararam-se por um momento, os olhos sendo movidos apressadamente, com tanta riqueza de emoção por detrás. A tensão era visível entre os dois, cada vez mais plural, contagiante e única.
— Que devo a honra de sua visita? — perguntou Michael, quebrando o clima.
Alexander estreitou os olhos, indo com eles em direção ao piso e unindo as
O percurso até o quarto de Michael, foi quente como o inferno. Os toques prosseguiram ao clímax que ambos expeliam através dos poros de seus corpos colados um no outro, renascendo a luxúria que por meses haviam guardados ali, entre os ossos e a pele do coração.A coragem podia não ser notada, havia um medo, mas não do que haveria a seguir quando estivessem no silêncio abrupto do quarto, contudo das coisas nada premeditadas do destino. Entre os beijos, Michael colocou Alexander contra a parede e afogou-lhe os lábios selvagemente enquanto sentia o coração bombear mais depressa o sangue pelas veias e eriçando seu saco escrotal. Seu pênis doía pela pressão contra o abdômen do mais novo, enquanto agarrava-o forte os cabelos escuros e grandes dele, na vontade única de jamais soltar.Gemidos prazerosos escapuliam instantaneamente conforme Michael beijava a boca, pescoço e têmporas de Alexander, sem parar, torturando-o de uma maneira única e calma.
Alexander bateu à porta inesperadamente, acordando Emma e Matthew que estavam dormindo no sofá-cama na sala. O garoto cruzou os braços acima dos peitos e encarou ambos com um olhar duro, sem piedade ou resquício de amabilidade no rosto.— Aconteceu alguma coisa, filho? — Emma foi a primeira a questionar.Alexander, assentiu negando com a cabeça e caminhando em direção ao quarto, sem dizer sequer uma única palavra. Emma e Matthew encararam-se preocupados, subindo logo em seguida.Caminharam até o quarto do rapaz e notaram o silêncio do outro lado da porta, rompido apenas por alguns soluços após o choro.— Quer conversar, parceiro? — Matt perguntou receoso da resposta do irmão.Houve um silêncio ainda maior, agora um pouco afrouxado quando Alexander resolveu abrir à porta do casulo e permitisse que os dois entrassem. O garoto sentou-se na beirada da cama e permaneceu sem fazer contato visu
À porta da mansão Efron se abriu. Uma leve brisa acompanhou os passos e os olhos dirigidos ao ruivo alto que ganhava uma expressão temerosa no rosto. Engoliu em seco e parou ao lado de Woodrow, colocando as mãos no bolso da calça moletom.Os olhos esverdeados de Alexander fecharam-se em absorção do que quer que o futuro lhe trouxesse a partir de então. Era vorazmente insuficiente olhar para Deniel e não senti dó, pena exata do que tornará-se. Podia até perdoar, mas o estorvo que lhe causou nunca seria esquecido.Emma, Michael e Matthew, estavam em pé, a espera ansiosa do que podiam escutar a partir de então. Woodrow seguiu até o irmão, o abraçando e um leve indício de finura foi em direção a Matt.— Posso conversar sozinho com você, Alex? — perguntou o ruivo, quebrando o longo silêncio entre eles.Emma seguiu com os olhos para o filho a espera de um não, mas sabia do coração bondoso de Alexander e sabia
— Por que ela escondeu isso da gente?— Porque a Lilian tem uma dívida com nossa mãe, Michael — assegurou o rapaz, suavemente. — Naquela noite eu revirei os papéis e documentos, notando que o acúmulo real tinha um nome.Michael, ergueu uma sobrancelha curioso pelo que ouviria a seguir.— Catherine foi quem deu o corpo da criança morta nas mãos de Lílian, afim de desviar toda a atenção da morte — ele disse baixo, evitando que a empregada escutasse. — Mamãe dobrou os dólares, deu uma quantia para que Lílian mantivesse calada por todo o resto da sua vida.— E qual o sentido dela continuar aqui...— Isso eu não sei, Michael — ouviram a voz da mulher ecoar. — Eu me arrependir do que fiz, mas faria novamente se fosse necessário. Quando Catherine me entregou àquela criança nos braços, eu realmente pensei que o garoto estivesse morto, porém não, o primeiro filho da mãe de vocês, sobreviveu.<
O inelutável é algo sem começo, sem meio e sem fim, ele só acontece com àquelas pessoas desacreditadas no futuro e no caos que somente ele poderia trazer consigo.Cristian procurou pela família à qual soube que tivera desde seus dezoito anos de idade. Desejava saber os motivos pelos quais o deixaram para trás e, com isso, embarcou juntamente com sua mãe que o apoiou prematuramente para encarar à realidade da forma certa e sem aviso prévio.Ao olhar diretamente para aquele sinal próximo da espinha dorsal de Alexander, ele sabia que sua luta e dor tinha terminado. Não deveria ser mais uma coincidência, nem uma objeção, agora era real, ele havia encontrado um parente de sangue, ainda vivo.Ao ouvir as palavras proferidas pela língua de Gabriel, Alexander foi virando aos poucos, encontrando aquele olhar verde igual ao seu tomado por lágrimas de felicidade e saudade, lhe encarando.— Irmão? — Cristian demorou um po
Eram quase nove da noite quando Emma e Matthew entraram pela porta, deparando-se com um ambiente acolhedor e com visitas um tanto inesperadas. O susto foi enorme quando viu Cristian, em pé ao lado de Alexander, enquanto abraçava por detrás Gabriel. A mulher repousou a bolsa encima do sofá e caminhou vagarosamente rumo ao homem já formado em sua frente.Mesmo que fosse preciso fazer um teste de DNA, Cristian era muito semelhante ao restante da família de Emma, e foi por essa certeza que ela apenas o abraçou, sem mais e nem menos, um ato inesperado que despertou a curiosidade de Matthew, único que não sabia que havia um irmão mais velho que Alexander, quase três anos.— Oh, meu Deus, me perdoa meu amor — Emma disse, chorando. — Nunca foi da nossa vontade dá você, nem mesmo para uma família brasileira.Matthew estreitou o olhar, fixando-os rumo ao irmão que mantinha-se impassível ainda em pé.— Tranquilo, tia, eu
O fim de semana passou voando. A reunião com os novos acionistas foi o maior sucesso, e como premeditado, Cristian e Gabriel pegaram o primeiro voo em direção a São Paulo, no Brasil.Enquanto montavam a festa de dezoito anos de Woodrow no maior sigilo possível, o garoto estava em casa, sentado no sofá e assistindo uma série aleatória na tevê quando ouviu a campainha tocar. Caminhou em direção à porta e abriu rapidamente, sendo recepcionado por um sorriso amplo e tufos avermelhados.— Eu posso entrar? — perguntou Deniel, ainda impassível e com os braços apoiados no caixilho da porta.Woodrow abriu as mãos em aceitamento e assim que o homem passou por ele, o seguiu.Deniel parou de andar no momento em que viu o sofá, sentando-se no móvel e esperando que Woodrow lhe convidasse para algo radical.— Qual a honra da sua visita, Dan? — ele quis saber.Deniel abriu um sorr
Michael segurou o braço de Woodrow conforme os lábios de Catherine abriam-se em um sorriso calmo e nada convencional.— Estava morrendo de saudade, meus amores. —a inóspita mulher avançou beijando os rostos de ambos. Uma fina lágrima ousou a deslizar pelas maçãs da face, fingindo comoção. — Como cresceram. Ah, meu Michael, você está tão bonito — ela desceu com a mão pelo maxilar do garoto, que segurou-a pelo pulso.— Não seja falsa, Catherine. — o ódio podia ser tocável. — Ninguém esqueceu o que fizera no passado, sabe? Se não recorda-se, eu vou te mostrar. — Ele levantou a camisa de Woodrow, deixando visível um corte superficial no abdômen dele para a retirada da bala.Ela se livrou do toque, secando os olhos em seguida.— Eu estava fora de mim. — ela tentou o manipular. — O labirinto pelo qual andava, felizmente, havia chego ao final.— Não, mãe — Michael passou por ela —, à senhora po