O inelutável é algo sem começo, sem meio e sem fim, ele só acontece com àquelas pessoas desacreditadas no futuro e no caos que somente ele poderia trazer consigo.
Cristian procurou pela família à qual soube que tivera desde seus dezoito anos de idade. Desejava saber os motivos pelos quais o deixaram para trás e, com isso, embarcou juntamente com sua mãe que o apoiou prematuramente para encarar à realidade da forma certa e sem aviso prévio.
Ao olhar diretamente para aquele sinal próximo da espinha dorsal de Alexander, ele sabia que sua luta e dor tinha terminado. Não deveria ser mais uma coincidência, nem uma objeção, agora era real, ele havia encontrado um parente de sangue, ainda vivo.
Ao ouvir as palavras proferidas pela língua de Gabriel, Alexander foi virando aos poucos, encontrando aquele olhar verde igual ao seu tomado por lágrimas de felicidade e saudade, lhe encarando.
— Irmão? — Cristian demorou um po
Eram quase nove da noite quando Emma e Matthew entraram pela porta, deparando-se com um ambiente acolhedor e com visitas um tanto inesperadas. O susto foi enorme quando viu Cristian, em pé ao lado de Alexander, enquanto abraçava por detrás Gabriel. A mulher repousou a bolsa encima do sofá e caminhou vagarosamente rumo ao homem já formado em sua frente.Mesmo que fosse preciso fazer um teste de DNA, Cristian era muito semelhante ao restante da família de Emma, e foi por essa certeza que ela apenas o abraçou, sem mais e nem menos, um ato inesperado que despertou a curiosidade de Matthew, único que não sabia que havia um irmão mais velho que Alexander, quase três anos.— Oh, meu Deus, me perdoa meu amor — Emma disse, chorando. — Nunca foi da nossa vontade dá você, nem mesmo para uma família brasileira.Matthew estreitou o olhar, fixando-os rumo ao irmão que mantinha-se impassível ainda em pé.— Tranquilo, tia, eu
O fim de semana passou voando. A reunião com os novos acionistas foi o maior sucesso, e como premeditado, Cristian e Gabriel pegaram o primeiro voo em direção a São Paulo, no Brasil.Enquanto montavam a festa de dezoito anos de Woodrow no maior sigilo possível, o garoto estava em casa, sentado no sofá e assistindo uma série aleatória na tevê quando ouviu a campainha tocar. Caminhou em direção à porta e abriu rapidamente, sendo recepcionado por um sorriso amplo e tufos avermelhados.— Eu posso entrar? — perguntou Deniel, ainda impassível e com os braços apoiados no caixilho da porta.Woodrow abriu as mãos em aceitamento e assim que o homem passou por ele, o seguiu.Deniel parou de andar no momento em que viu o sofá, sentando-se no móvel e esperando que Woodrow lhe convidasse para algo radical.— Qual a honra da sua visita, Dan? — ele quis saber.Deniel abriu um sorr
Michael segurou o braço de Woodrow conforme os lábios de Catherine abriam-se em um sorriso calmo e nada convencional.— Estava morrendo de saudade, meus amores. —a inóspita mulher avançou beijando os rostos de ambos. Uma fina lágrima ousou a deslizar pelas maçãs da face, fingindo comoção. — Como cresceram. Ah, meu Michael, você está tão bonito — ela desceu com a mão pelo maxilar do garoto, que segurou-a pelo pulso.— Não seja falsa, Catherine. — o ódio podia ser tocável. — Ninguém esqueceu o que fizera no passado, sabe? Se não recorda-se, eu vou te mostrar. — Ele levantou a camisa de Woodrow, deixando visível um corte superficial no abdômen dele para a retirada da bala.Ela se livrou do toque, secando os olhos em seguida.— Eu estava fora de mim. — ela tentou o manipular. — O labirinto pelo qual andava, felizmente, havia chego ao final.— Não, mãe — Michael passou por ela —, à senhora po
O café já estava na mesa. Woodrow, Alexander e Michael, já estavam servindo-se.— Emma ligou e disse que não havia tido nenhuma notícia de Catherine. — a voz de Michael estava carregada de indiferença. — Você vai querer ir lá, Woody?O garoto olhou para o irmão e negou.— No meu ver, você deveria ir sim, meu amigo. — Alexander parou de tomar o café e fez questão de olhar diretamente para os olhos azuis do cunhado. — Não faça com que o orgulho tome conta da sua amabilidade, Woody. Perdoe sua mãe, por mais que ela não mereça.— É complicado, Alexander. Minha mãe fez tantas coisas erradas que não cabe a mim perdoá-la. — ele correu com os dedos pelo cabelo loiro e suspirou. — Mas eu vou sim, apesar de tudo, eu vim dela.— É isso aí. — incentivou Alexander, sorrindo. — Aproveite e vá com ele, meu amor. Tente conversar com sua mãe antes de entregá-la para as autoridades.— Tu vai mandar p
Um mês se passou desde aquele final traumático para à família de Michael, Woodrow e, agora, Arthur.Diversas coisas aconteceram ao longo dos dias, inclusive, o adiamento da festa surpresa para irmão.Deniel acabou terminando o namoro que havia começado com o garoto e o deixou livre para ser feliz, mas ainda ansiava o momento em que abriria o coração para Matthew de uma vez por todas, e esse era o estorvo na vida de Woodrow.Era início de noite de um domingo. Estava nevando em Nova Iorque, e o inverno tornava-se atração principal para diversos turistas de todos os cantos do mundo, algo que os Estados Unidos sempre saíam-se bem.Na mansão Efron, agora com mais dois novos integrantes, estava mais alegre que de costume.— Não consigo dá um nó decente na gravata. — lamentou-se Woody, já irritado. — Esse restaurante para onde vamos é muito exigente, por acaso?— Não somente ex
O que você faz da vida quando a pessoa que você mais ama e preza no mundo, dorme tão profundamente?Michael encarava àquela pergunta como um obstáculo. Ele pensava que poderia fazer inúmeras coisas, ao mesmo tempo em que não conseguia conciliar absolutamente nada.Há duas semanas, no dia 19 de Abril de 2017, Alexander completara seis meses e alguns dias em coma no leito do Hospital North American, após ser acidentado numa rua deserta do Distrito do Queens. Agora, por sua vez, já acordado, o rapaz tentava assimilar como não lembrava-se de nada na semana de 12 de Novembro de 2016. A sombria e angustiosa passagem para seu namorado, Michael, e seus familiares: Matthew e Emma.Quando obteve alta do Hospital North American, há quase seis dias, o rapaz tentava inutilmente lembrar dos acontecimentos, mas principalmente, do que ocorrera com Brenner, seu grande amor do passado.Agora, olhando em direção ao loiro que sem
— É impressão minha ou você está sempre grudado nesta varanda? — Woody apareceu logo atrás do irmão, assustando-o. — Michael? — ele o chamou, calmo e suave — sei que Alexander foi uma pessoa importante para você no passado, porém agora já não é mais. Nem mesmo se lembra do que tiveram juntos, tem que dá um basta nisso e tentar viver tua vida — disse o loiro, visivelmente preocupado com o mais velho.— Ele é o amor da minha vida. Esperei vinte e sete anos para tê-lo em meus braços, esperarei outros vinte e sete se for necessário.— Não seja ridículo, Michael! — irritou-se. — Um dia você vai cansar disso, irá esgotar de ficar apenas desejando que ele se recorde daquela semana. Pensa, irmão: tanto meses se passaram e até agora nada mudou. Você está exausto, isso é notório em sua fisionomia — concluiu Matthew, totalmente farto daquela forma que Michael vinha conduzindo à vida ultimamente.O mais velho deixou à varanda
Era uma habitual e exaustiva caminhada até a sede presidencial da empresa de Michael. Ele subiu pelo elevador juntamente com Emma que, por sua vez, parecia bem no mundo da lua com o que presenciou no sábado à noite em sua casa. A expressão infeliz consumia uma parte de seu rosto perfeitamente rejuvenescido por uma fina camada de maquiagem empolgante que contrastava perfeitamente com seu tom de pele.As unhas pintadas de um vermelho-sangue batiam sem parar sobre uma pasta da mesma cor que trazia nas mãos, o que perturbava os pensamentos eletrizantes de Michael.Quando saíram do elevador no último andar do prédio de mais de sessenta metros de altura, com cem de largura fixa em cada lado, ele parou próximo da escrivaninha onde atrás de um balcão encontrava-se Mary, sua nova secretária.Naquela manhã ela havia exagerado consideravelmente no batom vermelho e na saia justa preta, porém, acessível com um corpete branco super apertado