A semana passou tranquila, sem grandes problemas. E finalmente chegou a tão sonhada sexta feira.
Bateram na porta e levantei o olhar, era Grey.
– Oi, entra.– Oi Jessie, eu queria sua ajuda.– Pra que quer minha ajuda?– Eu queria dar um presente pra Gabby, mas não faço ideia do que dar.Parei de arrumar minha bolsa e olhei pra ele completamente surpresa. Eu sabia que eles tavam saindo, mas já estava tão sério assim? Ela não comentou nada.
– Ah a Gabby gosta de flores, chocolates.– Eu queria algo mais simbólico sabe, algo que marcasse.Quanto mais eu ouvia, mais surpresa eu ficava. Desde quando Elliot Greyson é romântico?!
– Ela gosta de velas aromáticas, com cheiros marcantes. É algo que ela herdou da avó.– Velas aromáticas, legal. Valeu Jessie, te devo uma.E saiu da minha sala em esperar por resposta. Eu fiquei parada tentando entender o que tinha acabado de acontecer.
Peguei minha bolsa e
Forcei-me a dar um sorriso simpático, quando na verdade queria correr dali.– Boa tarde senhoritas. – Christian disse gentil.– Olá, como vai? – Betthany cumprimentou estendendo a mão. Eu me limite a sorrir e apertar a mão dele também.– Eu estou bem e vocês?– Estamos bem. – Vocês vão almoçar? – Não, nós vamos...– Vamos almoçar sim. – Betthany me interrompeu e tive vontade de lhe dar um puxão de orelha. – Mas a praça de alimentação ta lotada.– Não seja por isso, podem sentar comigo e a minha filha.– Nós adoraríamos não é Jessie? Betty se virou pra mim sorrindo e tive vontade de gritar, mas não ia adiantar. – Sim, adoraríamos. – respondi por fim e Christian abriu um sorriso lindo. Nós o seguimos até a mesa onde a menina tava sentada tomando um sorvete. – Querida essas são as amigas do papai
A semana como sempre foi corrida. Ted queria a minha supervisão para as matérias principais da revista e eu adorava isso, essa confiança que ele depositava em mim. Eu e Christian continuamos nos falando e marcamos o jantar para sábado à noite, eu estava mais que ansiosa, estava uma pilha mesmo. Contei para as garotas que adoraram a novidade. Estava terminando de redigir um artigo sobre mulheres que trabalham fora e ainda cuidam da casa quando bateram na porta. Ergui os olhos do notebook a tempo de ver a minha visitante entrar.– Hola!– Gabby! – exclamei surpresa me levantando para ir abraçá-la. – Mas que surpresa adorável!– Oi, tava passando aqui perto e resolvi subir e dar um beijo em você e no Grey. – Já falou com ele?– Já sim.–
Os olhos de Donna ficaram saudosos e percebi que ela viajava de volta ao passado, recordando suas lembranças.– Eu conheci o Tommy em um dia de domingo quando saímos da missa. Eu cresci em uma família muito religiosa e papai e mamãe sempre nos levavam todo domingo de manhã a igreja, eu e mais três irmãos. Eu tinha dezessete anos na época e já me interessava por rapazes, ia a festas e bailes, mas nunca tinha me apegado, como os jovens de hoje em dia dizem. – Você era namoradeira, diga a verdade. – Dotty comentou e não pude conter a gargalhada.– Ora cale a boca! Que culpa eu tinha de ser a moça mais bonita de toda Tribeca?– Sei. Passar um dia inteiro com aquelas duas era diversão na certa. – Como eu ia dizendo, vi Tommy em um domingo, na saída da missa. Imediatamente aqueles olhos azuis me cativaram. Lembro-me de ficar olhando pra ele e Carolyn, minha irmã
Olhei-me no espelho pela vigésima vez. Estava nervosa e ansiosa, hoje era o jantar com Christian. Praticamente passei à tarde no salão de beleza, eu queria estar perfeita para essa noite. Alisei o tecido do vestido vermelho com comprimento abaixo do joelho, ele era justo e de alças finas, com detalhe de renda no decote e no babado. Fiz uma maquiagem suave e deixei meus cabelos soltos, presos somente de um lado. Eu estava bonita, e o mais importante, me sentia bem. Peguei a bolsa carteira preta e um casaco também preto e desci. – Estou bonita? – perguntei para Chase que estava deitado no tapete da sala. Ele me olhou com aquela cara fofa e piscou os olhinhos meigos. Meu celular vibrou chegando uma mensagem, eram as meninas perguntando se eu já tinha saído de casa e me pedindo fotos do meu visual, tirei algumas e mandei. Fui até a cozinha beber um pouco de água, estava com a boca seca. Ouvi um carro estacionar do lado de fora e meu coração ac
O garçom veio trazer nossa sobremesa que eu escolhi, um típico doce francês, o Crème Brûlée. Eu já o tinha provado algumas vezes e com certeza era um dos meus doces favoritos.– Você comentou que a Betthany vai pra faculdade, qual curso ela vai fazer? – ele perguntou enquanto comia o doce.– Veterinária. Minha irmã é apaixonada por bichos.– Que ótimo, é uma profissão muito bonita.– Obrigada. Ela vai adorar saber disso. Terminamos a sobremesa saboreando com o vinho e continuamos conversando. Christian começou a falar sobre o casamento dele e eu podia ter pedido pra ele parar, mas eu realmente estava curiosa pra saber, apesar de jamais admitir isso. – Nós sempre fomos mais amigos que amantes no sentido da palavra. Crescemos juntos, estudamos juntos, fizemos faculdade na mesma instituição, enquanto eu fazia direito ela estudava nutrição. Parecia o relacionamento perfeito, e poderia ser
Acordei com um solzinho tímido entrando pela janela do meu quarto. Espreguicei-me e Chase subiu em cima da minha cama percebendo que eu estava acordada. – Bom dia filho. Brinquei com ele e depois fui tomar um banho rápido. Precisava ir ao mercado hoje. O aroma do café feito na hora era extremamente viciante e eu aspirei com prazer aquele cheiro. Coloquei em uma caneca e peguei torradas e requeijão levando pra mesa. Chase estava se divertindo no quintal e aproveitei pra dar uma olhada rápida no celular e repassar minha lista de compras enquanto tomava café, conferir se não estava faltando nada. Entrei no W******p e tinha várias mensagens, Betthany, as garotas, pessoal da empresa e aquele bom dia especial que colocou um sorriso em meus lábios, Christian. Bom dia, dormiu bem essa noite? Mordi uma torrada e digitei uma resposta. Bom dia, dormi bem sim, e você? Omiti a parte que eu tinha tido um sonho er
O filme foi divertido e rendeu boas risadas. Claro que aproveitamos para trocar alguns beijos, nada que chamasse muita atenção. – Quer comer alguma coisa? – ele perguntou quando saímos da sala.– Que tal irmos lá pra casa e eu preparo um lanche gostoso pra nós dois?– Ótima ideia. – disse me dando um beijo. Íamos discutindo o filme enquanto voltávamos pra minha casa. – Eu gostei da Rachel não ter ficado com o Finn e ter ido atrás do Jake. – falei minha opinião e ele me olhou erguendo uma sobrancelha. – O Finn amava ela.– Não to dizendo isso, mas o Jake é amigo de infância e sempre foi louco por ela, ela que nunca percebeu. – comentei o olhando e ele riu. – Não estou julgando, mas esse é o grande problema de muitas mulheres, às vezes o cara perfeito e apaixonado ta ali do lado e elas preferem os “embustes”. – falei fazendo aspas com os dedos.– Embustes? – Christian questionou confuso me olhando.– É
– Eu sabia que estava fazendo uma ótima escolha quando contratei você. – Ted disse erguendo o olhar do tablet. – Você é a melhor Jessie, esse texto está excelente. Não posso mentir dizendo que não gostei do elogio, pelo contrário. Meu ego agradecia muito. – Onde conseguiu esse material?– Através de uma amiga. – Pois agradeça muito a essa amiga especial. Está perfeito e o melhor de tudo, nós temos autorização para publicar as cartas e nem vamos precisar mudar o nome da personagem.– Donna é uma mulher maravilhosa, autêntica, cheia de vida e com um humor afiado. Ela adorou a proposta que eu lhe fiz. – Por isso digo que você é a melhor.– Obrigada Ted. – agradeci com um sorriso. Aquele reconhecimento significava muito para mim. – Prepare tudo e chame alguém para ajudá-la, vamos publicar essas cartas na próxima semana, em homenagem ao Memorial Day.– E