Capítulo 15

Logo que se aproximou, escutou a gargalhada do pai e em seguida, a voz do Edgar.

— Olha ela aí — disse a sua mãe, levantando-se e indo ao seu encontro. — Estávamos apenas esperando você para servir o almoço.

— Bom dia, Barbara — cumprimentou Edgar.

— Bom dia a todos — disse ela sem dirigir o olhar a ele, que se sentiu ofendido.

Edgar levantou-se e foi até ela com uma taça de champanhe na mão, oferecendo-a com um gesto.

— Não, obrigada.

— Ouvi dizer que mais álcool ajuda a curar a ressaca.

Ela olhou-o, finalmente.

— E quem disse que estou de ressaca? — Forçou um sorriso.

— Como foi a festa na favela? Se divertiu com o neguinho? — O seu tom era de pura provocação.

Barbara fechou o semblante para ele e cruzou os braços à frente, o encarando com firmeza.

— Você não tem o direito de falar assim dele, ou de qualquer outra pessoa de pele preta!

Ele riu com deboche, antes de dar um gole no champanhe.

— Imagina se o seu pai soubesse por onde andou na noite passada. Sabe, eu não gostei de ter s
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