ArielEu estava de pé na pequena loja de sorvetes, olhando para a vitrine enquanto o funcionário preparava meu pedido. A luz do sol batia perfeitamente em Christian, que ainda estava ao telefone. Ele parecia tão elegante, tão dele mesmo, que eu não pude deixar de sorrir.Então, ela apareceu.Uma mulher alta, ruiva, com o tipo de beleza que parecia ter saído de uma revista de moda. Ela se aproximou dele, e eu vi a expressão de surpresa no rosto de Christian. Ele olhou rapidamente para a loja, talvez para me encontrar, mas não demorou a focar na mulher que já estava invadindo seu espaço, beijando sua bochecha e o abraçando como se fossem velhos conhecidos.Meu sorriso vacilou. Não era exatamente ciúmes... talvez fosse insegurança. A mulher era impressionante, daquelas que fazem você automaticamente se perguntar o que está fazendo ao lado de alguém como Christian.— Senhora? Seu pedido. — A voz do funcionário me trouxe de volta.— Ah, claro. Obrigada. — Forcei um sorriso, pegando os doi
ArielQuando Christian me levou para o banheiro depois do momento mágico no quarto, senti meu coração leve e cheio de gratidão. Ele era cuidadoso, gentil. Passou a esponja pelo meu corpo com calma, trocando carícias que eram tão íntimas quanto qualquer declaração de amor. Fechei os olhos, suspirando feliz enquanto ele fazia questão de cuidar de mim.Cada toque parecia reforçar o quanto ele queria me mostrar o que sentia, mesmo sem palavras.Quando terminamos, ele beijou meu ombro e sussurrou:— Vista algo quente, vamos jantar lá fora.Meus olhos brilharam de empolgação. Não perguntei mais nada; apenas me vesti rapidamente, optando por uma calça jeans, minhas botas confortáveis e um casaco de lã na cor vinho que eu adora
(Ariel)Eu estava na cozinha, mexendo no café da manhã, tentando não demonstrar o nervosismo que se acumulava em mim. O dia do baile finalmente chegou e, apesar de tudo parecer perfeito, uma parte de mim estava em total frenesí. Desde o encontro com a ruiva na Suíça, não conseguia tirar isso da cabeça. O que aconteceria quando eu estivesse diante de todos? Os olhares, os comentários... Eu realmente não sabia o que esperar.Ouvi o som da porta se abrindo, e Alicia entrou animada, com aquele sorriso de quem estava esperando por esse dia há muito tempo. Ela estava radiante, cheia de energia.— Ei, você está pronta? — Ela perguntou com um brilho nos olhos, como se fosse um dia qualquer.
— Ei, ei! — Ela estava com o celular na mão, filmando tudo, e um sorriso travesso no rosto. — Você sabia que isso tudo seria perfeito para uma manchete? Como seria se a famosa Katherine fosse para um salão, brigasse com uma “faxineira” e saísse perdendo em todos os sentidos?Katherine, que já estava furiosa, ficou ainda mais incrédula, nos encarando com raiva, mas, sem dizer mais nada, se virou e saiu do salão, levando suas amigas com ela. Era como se o ar tivesse ficado mais leve assim que ela foi embora.Eu me sentei na cadeira, respirando fundo. O salão estava em silêncio, com todos observando o que acabara de acontecer. Eu olhei para a equipe, pedindo desculpas pelo que acabeide fazer.— Desculpem, eu realmente n&ati
Ele deu um sorriso de canto, apertando levemente minha cintura como se quisesse transmitir confiança.— Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui.Enquanto caminhávamos pelo salão, as luzes suaves e a música ambiente tentavam criar uma atmosfera elegante, mas minha tensão não diminuía. Algumas pessoas começaram a se aproximar. A maioria eram mulheres, lindas e sofisticadas, com sorrisos que diziam mais do que palavras. Elas o cumprimentavam, algumas com abraços, outras com beijos no rosto que pareciam durar um segundo a mais do que o necessário.— Christian, que prazer vê-lo aqui! — uma delas exclamou, com um olhar curioso em minha direção.Ele as cumprimentava de forma ed
O silêncio do jardim era quase opressor, apenas o som distante da fonte e o murmúrio do vento nas árvores preenchiam o espaço.Senti um calafrio subir pela espinha quando percebi o peso crescente das minhas pálpebras e a sensação estranha de leveza que tomava conta de mim. Balancei a cabeça, tentando me concentrar, mas tudo parecia se mover de forma lenta e distorcida.— Ariel, você está bem? — Selina perguntou, com uma voz que agora parecia levemente diferente, quase fria.— Não... acho que não. — Minha voz saiu rouca, e a tontura aumentou. — Preciso... preciso encontrar Christian.Antes que eu pudesse me levantar completamente, senti suas mãos fi
O galpão era escuro e cheirava a ferrugem e óleo velho. Uma lâmpada solitária balançava no teto, iluminando o suficiente para eu ver os rostos tensos dos meus homens e do meu amigo policial, que estava ali para garantir que ninguém interrompesse o que estava prestes a acontecer.Suspirei, ajustando as mangas do meu paletó enquanto me dirigia ao centro do espaço, onde Thomaz estava preso a uma cadeira. Sua voz ecoava pelo galpão, gritando insultos e exigindo ser solto. Era engraçado, quase melodioso. Assim que me viu, ele se calou, os olhos estreitando-se em ódio enquanto ele me encarava.— Você vai pagar por isso, Christian — disse ele, com o tom cheio de veneno.Arrastei uma cadeira de metal até a frente dele, o som
Eu só assenti, mas minha mente estava longe. Observei o corredor onde ele desapareceu, sentindo meu peito apertar. Ele não estava me dizendo tudo. Eu sabia disso.Eu estava perdida em pensamentos, observando o movimento das meninas ao saírem. Cada uma delas tentando lidar com a situação à sua maneira. Alicia foi a última a sair, me dando um sorriso suave, mas havia algo nos olhos dela que dizia que ela sabia o que eu estava sentindo. Eu forcei um sorriso, mas, por dentro, ainda estava cheia de perguntas não respondidas, com uma angústia que não conseguia dissipar.Quando a porta se fechou atrás delas, um silêncio absoluto tomou conta do apartamento. Eu me senti sozinha de uma maneira que não sabia como lidar, mas ao mesmo tempo, o peso que tinha me acompanhado o dia