Eu estava pronta, havia vestido a primeira coisa que vira pela frente, e não tinha ânimo algum para passar maquiagem.
Liz estava dentro do banheiro trocando de roupa.O tempo extremamente curto que os outros bruxos tinham para realizar o sacrifício parece ter deixado Jeff levemente desesperado, não que ele admita isso, mas se recusou a perder Liz de vista por um segundo sequer.Não que eu o julgue, pois seria capaz de espernear e gritar para evitar que tirem ela de perto de mim.-- Temos alguma chance de resolver isso? -- Perguntei, receosa, e baixo, para que Liz não escute.-- Não se você não acreditar em si mesma. -- Jeff respondeu simplesmente.A porta do banheiro se abriu, e Liz saiu de lá. Vestia uma roupa básica como a minha, short jeans, uma blusa de alcinha, com florezinhas e babados, e tênis.A diferença é que eu odeio estampas, e usava uma simples blusa preta.Saímos do quarto atrás de Jeff, nenhuma de nós fazia ideia de para onde estamos indo, e eu"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos também de remedia-los"-Harry Potter e as Relíquias da Morte. Anti-Cristo. As palavras me causavam arrepios. Eu não sabia o que era aquilo, nem o que significava. Mas para alguém que vem de uma família de cristãos, parecia algo extremamente perverso.-- O-o que é isso? -- Perguntei, meus esforços para não gaguejar eram inúteis.-- Será uma pessoa de habilidades e capacidades incríveis, o maior líder de toda terra. -- O monge respondeu. -- A Bíblia dá vários outros adjetivos ao Anticristo: O filho da perdição; O abominável da desolação; O rei que há de vir; O homem vil. No apocalipse, 'A besta que domina o mundo'."O Anticristo será uma pessoa que surgirá em meio às crises mundiais existentes, de forma que sua aparição surpreenderá o mundo. Seu governo se tornará,
Querido Deus, o quão ferrada eu estaria se enviasse Nicholas ao inferno bem antes da hora?Liz, Jeff e eu estávamos parados na calçada em frente à um estabelecimento chamado "Café de La Musique". À nossa frente, a Avenida dos Merlins não abrigava um único taxi ou ônibus. Liz e eu tentávamos encontrar ao menos um Uber disponível, enquanto Jeff estava há 20 minutos ligando para Nick, sem respostas. Graças à nossa pressa, Jeff havia parado o carro em uma vaga para cadeirantes, e o mesmo havia sido rebocado.Na pior das hipóteses, seriam mais de 40 minutos de caminhada, a pé, em pleno sol de verão às duas da tarde.Havíamos deixado a casinha da floresta há duas horas e meia. O monge, que se denominou Castiel, em nada mudara sua opinião sobre o que deveria ser feito.Queria que recrutássemos mais bruxos, insiste que precisaremos deles para que o plano dê certo. Então decidimos fazer uma tentativa hoje mesmo, para podermos procurar pela tal bruxa da floresta o mais r
Ao mesmo tempo...Pov: Nicholas DarenMeg e Jeff estavam cochichando sobre alguma coisa. Apesar de eu não ter cooperado, ela não tentou falar comigo durante todo o dia. Parecia receosa. Pensar em mim a deixava ansiosa. Eu não entendida exatamente o por quê, mas suponho que tenha algo a ver com meu comportamento.Passei o dia quieto e de mau humor. Isso afastaria qualquer um. Ela estava nervosa, mas não conseguia distinguir o por quê. Passou o dia todo reprimindo tudo o que sentia e eu não era capaz de lê-la com facilidade. Ainda não sou.E estou tentando ao máximo não vasculhar a mente dela como um idiota.Meg olhou para o palco, e se voltou para Jeff balançando a cabeça, com os olhos arregalados. Eu podia quase sentir seu coração acelerando e o estômago revirando.Jeff continuava cochichando alguma coisa. Meg respondia pouco. Senti um forte impulso vindo dela, e logo em seguida ela simplesmente se levantou e saiu andando em direção ao palco.Jeff foi atrás.
Com muita calma e cuidado com as palavras usadas, Jeff contou aos cinco bruxos toda a história, tentando ao máximo persuadi-los a pensar sobre o quanto aquilo era errado.Ao fim, obtivemos reações diferentes umas das outras. Para o nosso alívio, nenhum surto de raiva e descrença.-- Vocês parecem realmente muito surpresos com isso.-- Eliel disse, seu tom de voz não revelava nada do que estivesse sentindo.Seu nome remetia a um anjo, assim como sua aparência. Eliel tinha cabelos loiros, um tanto escuros, arrumados em um topete fofo. Tinha pele clara e de aparência macia, e olhos de um castanho claro, cor de mel.Em contra partida, o jeito brincalhão de minutos atrás que faria qualquer um acreditar que ele era, de fato, um anjo, sumira.Suas feições estavam sérias, os braços cruzados encima do peito. Não parecia ter tido dificuldade para entender e digerir a notícia, mas, ainda assim, perecia pensativo, como se estivesse juntando as peças em sua cabeça.-- Você n
Haviam diversas pessoas. Algumas que conhecia, algumas que não.Estávamos na ilha de Anhatomirim, era noite, mas o lugar estava claro como se fosse dia.Eu estava encostada em uma pedra, perto da entrada para as antigas construções. À minha frente, o cenário era de caos.Haviam pessoas caídas no chão, poças de liquido de uma cor entre o vermelho e o preto espalhadas aqui e ali, alguns locais estavam em chamas.O diabo estava lá, eu sabia que era ele. Tinha longos chifres pretos na cabeça, que enrolavam nas pontas. Seu corpo da cintura para cima era uma mistura de humano e bovino. Para baixo, tinha pernas e pés como os de um bode, e um longo rabo. E de longe, parecia ter o dobro do tamanho de um humano.A principio.Ele diminuía progressivamente. E quanto mais diminuía, mais fraco ficava, dando aos bruxos uma chance de acabar com ele.Mas era como se eu
Descemos do barco e cruzamos a curta faixa de pedras – não areia, pedras – Até o início de uma trilha, quando algo me ocorreu.-- Como é que você sabe para onde devemos ir? — Perguntei à Jeff.-- Vocês estavam tão chocadas com as informações do monge que eu não quis passar mais tempo esperando o velho nos explicar como achar a bruxa. Então eu simplesmente arranquei a informação da cabeça dele. Pensei em repreender Jeff sobre o quão errado é entrar na cabeça de alguém, mas decidi que não valeria a pena, ele não ia dar ouvidos mesmo.-- O monge com certeza percebeu, um bruxo velho daqueles é totalmente capaz de saber quando alguém usa alguma magia perto dele. Eliel falou, e eu acabo de perceber sua presença caminhando ao meu lado.-- O mo
"A gente aceita o amor que acha que merece." -As vantagens de ser invisível *** -- Estou falando sério. -- Meg, eu já ouvi essa história um monte de vezes, você jura de pés juntos que não quer mais e que vai terminar, e assim que o vê muda de ideia. -- Não vai ser assim dessa vez, eu nunca estive tão certa sobre algo como estou agora -- E você está certa sobre o que exatamente? -- Certa de que ele não é a pessoa certa. Liz está deitada na minha cama pintando um desenho sem olhar para mim, de certa forma, ela está certa, já me ouviu falar sobre isso tantas vezes que não coloca fé que eu vá de fato fazer isso. Eu também não teria fé em mim. -- Olha, Meg – Liz levanta o olhar para mim, que paro de andar de um lado para o outro – Vocês se dão incrivelmente bem e ele te trata como uma princesa, então me diga, por que você acha que ele não é a pessoa certa?
A viagem foi tranquila e breve, cerca de 3 horas depois, aterrissamos no aeroporto de Florianópolis, e fizemos mais um percurso de 2 horas e meia até a Praia do Forte. Quando chegamos, era um pouco mais de uma da tarde, e Liz dizia que iria morrer de fome se não comesse rápido. O hotel é um dos mais lindos que eu já vi. Apesar de ser mais distante da praia do que eu gostaria, o Faial Prime Suítes tem uma decoração toda feita em madeira escura, o piso, os móveis e as paredes são todos no mesmo tom, e a iluminação com luzes amarelas deixa tudo ainda mais lindo e confortável. Subimos para deixar as malas, eu, Liz e meus pais ficamos em quarto separados uns dos outros. Em seguida, descemos para procurar por um restaurante para almoçar. A recepção do hotel está cheia de novos hospedes, e assim que desço, uma sensação estranha me invade, uma mistura de animação, ansiedade e saudade. Tento ignora-la, mas a animação só aumenta quando Liz desce e para ao meu l