Kramerer ficou sem reação. Seus olhos registravam algo que nunca havia presenciado, somente na tela do cinema. Dez homens chegaram de moto atirando em Cales. Dois helicópteros circulavam atirando sobre a cabeça de Cales. O bicho bateu as garras, derrubando um helicóptero, e fincou a garra no penhasco para subir; mas a pedra soltou e o fez cair. O animal fincou a outra garra, mantendo-se em posição. Alec parou de atirar quando viu Cales arranhando o chão. Kramerer sentiu ser conduzido por Orfeu, que o puxava pelo braço e o soltou com solavanco ao lado de Alec.
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Sarah estava isolada no quarto há três semanas, angustiada, sem saber onde estava, apenas aguardando autorização para falar com Alec. Kramerer, abatido, entrou na sala acompanhado de um militar. Dez minutos, grandão — avisou o militar, que saiu e os deixou sozinhos. Kramerer sentou-se na cadeira, sem olhar nos olhos de Sarah.
Ela abriu os olhos, sentindo o coração agitado, e olhou para o despertador, que marcava duas horas da manhã. Sentou-se, sentindo as pernas trêmulas, e estava excitada com um sonho que teve. Ela andou até o banheiro e, olhando no espelho, pensou no homem de olhos azuis que havia feito amor com ela em seu sonho. Respirou fundo, recordando que, nos últimos meses, o mesmo sonho vinha se repetindo, com o mesmo homem fazendo amor com ela. Ela olhou para o comprimido para insônia, mas lembrou que havia passado mal, parando no hospital por causa do uso excessivo de calmant
Amélia, sua tia, entrou no quarto, colocando as mãos no peito. Você está linda! — ela falou. Sarah não se recordava da mulher, mas havia conversado com ela pelo telefone quando Ethans começou a organizar o casamento, que pediu para que fosse no Brasil.
Abriu os olhos, sentindo as lágrimas descendo, e passou a mão no rosto levemente para não borrar a maquiagem. Sentiu-se completa novamente ao recuperar a memória. Ela nunca mais voltaria a ser Cristiane, mesmo porque ela sentia-se outra mulher ao lado de Ethans. Em frente à casa de praia, os convidados que haviam chegado atrasados para a cerim
Seguindo com passos lentos pela orla da praia, parou admirando a enseada de Botafogo, com o morro do Pão de Açúcar ao fundo, recordando, com carinho, os passeios no Rio de Janeiro realizados em companhia de sua família quando ainda era adolescente.Ela sorriu, ouvindo o celular tocando novamente.Alô! — atendeu.
30 de janeiro de 2020Saindo da Ponte Rio-Niterói, seguiu para a Rodovia BR-101 e entrou na RJ-124. Parou no acostamento e observou a placa que indicava o caminho. Dirigiu-se para a Rodovia RJ-106 até São Pedro da Aldeia e entrou à direita, na RJ-140.Ao chegar nas imediações da cidade, respirou fundo e parou o carro em frente a uma banca de jornal. Saindo do veículo, seguiu em direção a um homem que parecia absorto com alguma informação do
Onde estão? O que sabe? Qual sua ligação?Colocou as mãos nos ouvidos, bloqueando as perguntas consecutivas.Eu não sei! — repetiu — Kosnir me mandou para a cidade! — gritou assustada, sentindo uma agulha fina em seu braço. Seus olhos pesaram novamente.
1 de setembro de 2020No Hospital Psiquiátrico João Esteves, olhou para a psiquiatra de olhos esbugalhados. Iniciava-se mais uma sessão de terapia.Eveny, como está se sentindo hoje? — perguntou a médica de cabelos castanhos.