Gerónimo não responde ao irmão, parado em frente à mulher que tem diante de si. O seu coração bate desenfreado perante a visão que acaba de descobrir.
—Não é ela? —pergunta Guido, que não a consegue ver porque o corpo do irmão a cobre, até que o ouve dizer: —Céus, Guido! É maravilhosa, a minha esposa! Olha para ela, meu irmão, não te minto, é a mulher mais bonita que já vi na minha vida! —exclama emocionado Gerónimo enquanto se desliza para que ele a veja—. Não consigo acreditar que esta beleza seja minha e que finalmente estejamos juntos! Finalmente encontrei-a! Encontrei-a! Guido não consegue evitar sorrir enquanto observa Gerónimo olhar para Cristal com fascinação, como se ainda não acreditasse que era realmente ela, a mesma mulher que tanto pDepois de o seu irmão se ter ido embora, Gerónimo entra no quarto onde tinha deixado Cristal. Observa-a em silêncio durante algum tempo. Depois procura um pano para lhe limpar o rosto da maquilhagem que tinha, e maravilha-se ainda mais. As bochechas rosadas dela fazem um belo contraste com os seus lábios vermelhos. Ela desperta, lança-se sobre ele, abraça-o e beija-o. —Meu marido, hic… Meu marido, onde estavas? Hic… —pergunta sem o largar. —Deixa-me tirar-te a maquilhagem, céu —pede-lhe Gerónimo, tentando escapar do seu abraço. —Hic… Não vás, hic… Anda, deita-te comigo, hic… —chama-o ela, puxando-o, enquanto ele resiste. —Espera, meu céu, preciso de te dar banho —diz ele, porque não consegue suportar o cheiro de cigarro e álcool que ela carrega, e porque quer
Coral não se afasta de Maximiliano, que a segura firmemente pelas ancas, fazendo com que se encoste mais a ele, e olha-a nos olhos enquanto explica por que o está a fazer. —A mãe sofre com estas dores, e o pai sempre a abraça assim e diz que isso alivia. É verdade? —pergunta ele num murmúrio. —Sim, é verdade, alivia-me. Obrigada, Gatinho —responde Coral, relaxando nos braços dele. E, pela primeira vez, Maximiliano vê-a indefesa, vulnerável e, longe de querer aproveitar-se dela, sente uma grande necessidade de protegê-la. Não sabe por que sente que ela, tal como ele, tem uma vida solitária, triste e escondida. Coral adormece nos braços dele assim, em pé, com a cabeça encostada ao ombro, no meio da sala. Ele pega nela e leva-a até ao quarto, deita-a na cama e fica ao seu lado com a mão pousada na p&eacut
Cristal está muito feliz por ele a ter encontrado; isso quer dizer que ele realmente gosta dela. Ou pelo menos é o que pensa, pela forma como ele a olha, como se quisesse abraçá-la. Talvez ele a tenha procurado para anular o casamento. —Como me encontraste? —arrisca-se a perguntar ao ver que ele não se decide a falar. —Encontrei-te, és minha —responde Gerónimo, enquanto entra na cozinha e começa a servir café em duas chávenas. —Tua? —parece-lhe algo possessivo, mas gosta do que ele disse; vai de acordo com os seus planos. —Desculpa, quero dizer, és minha esposa, tinha que encontrar-te —desculpa-se Gerónimo, pensando que está a avançar demasiado rápido—. Porque foste embora depois de nos casarmos? —Para ser honesta, não sei como fiz isso. Não fa&cce
Gerónimo olha-a com satisfação. A sua longa experiência com mulheres diz-lhe com clareza que quem tem à sua frente é uma inexperiente no amor, apesar de que ia casar-se. A maneira como ela cora e evita o seu olhar deixa-o claro. Além disso, não se lhe atirou como as outras que queriam seduzi-lo com a sua beleza. Para Gerónimo, Cristal parece um anjo encantador, alguém que o está a fazer apaixonar-se a cada minuto que passa. —Não o faço, querida —dá um passo mais perto e, com solenidade, esclarece—. Não gosto de mentir; isso é algo que não fazemos na minha família. A nossa palavra é lei. Estou a dizer-te a verdade: perguntaste-me se seria capaz de casar-me com uma noiva ressentida. —O quê? Ressentida? —Cristal olha-o envergonhada. Não pode acreditar que ela disse isso. És pat&eacut
Gerónimo ficou boquiaberto, sem saber o que fazer diante do grito que ela deu ao descobrir quem é ele, enquanto a sua mente se enche de perguntas: Será que me envolvi com ela ou com algum familiar antes? Seremos inimigos? Saberá ela quão mulherengo eu fui? Fica em silêncio, observando-a; ela está claramente nervosa e olha-o de forma incrédula repetidamente, baixando o olhar para o certificado de casamento e voltando a olhá-lo, com a boca aberta e uma tremenda expressão de espanto no seu belo rosto. Não entende por que ficou tão surpreendida ao ouvir o seu nome, mas prefere não lhe perguntar nada. Se há algo a descobrir, fá-lo-á mais tarde; agora, tem de conquistá-la a qualquer custo. —Sou o filho mais velho de Giovanni Garibaldi. E tu tornaste-te minha esposa; a partir de agora és Cristal Garibaldi —afirma
A Gerónimo não lhe escapou o olhar de dúvida e medo da sua esposa. Para ele, Cristal é um livro aberto; consegue ler com incrível facilidade tudo o que ela pensa, e por isso toma uma decisão. Ele consegue perceber que a atrai como homem, razão pela qual se colocou entre as pernas dela, decidido a tudo, mas sem forçar nada. Segura-a pelas ancas, fazendo com que ela abra bem as pernas e se encoste a ele para o sentir. Está muito excitado e observa como ela se cora, mas não o empurra nem se afasta. Pelo contrário, ela cheira-o, sem recuar, permanecendo quieta, à espera de ver se lhe dá algum sinal para avançar. Cristal, por sua vez, não sabe o que fazer. Nunca antes se viu numa situação como esta e, mais ainda, o seu corpo não responde ao que a sua cabeça lhe diz. Sente como Gerónimo a atrai ainda mais, fazendo com que sinta o seu
Gerónimo não pode acreditar no que está a experimentar e tenta chamar a atenção para si próprio, lutando por se controlar. Tem de fazer amor da melhor maneira que sabe para a conquistar para sempre e, para isso, não pode deixar que as emoções e desejos o dominem. Embora, a tarefa se torne extremamente difícil. Cristal acaricia suavemente com os dedos a sua nuca, fazendo com que a sua respiração se corte. Porra! Nunca nenhuma mulher o tinha deixado tão excitado. Afasta-se, tentando fugir dessas sensações, e é nesse momento que repara na expressão de prazer no rosto dela. —Deus! —exclama, ofegante, ao ver como ela humedece os lábios—. Céu, és minha, donna! Minha, donna bellíssima! Gerónimo ergue o olhar para se perder no dela ao ouvir-se dizer aquilo, enquanto ela geme, arqueando
Cristal olha para Gerónimo entre temerosa e desejosa. A pergunta que ele lhe faz assusta-a. Sente como fica corada pelos seus pensamentos pecaminosos. O seu marido é tão lindo, sensual, masculino, e olha-a com desejo. O seu membro pulsa sobre o seu centro, e ela deseja-o. Mas tem medo; é muito grande. Será que isso vai caber em mim? pergunta-se, assustada. Como lhe digo que eu... Vamos, Cristal, diz-lhe, diz-lhe. — É que, é… — começa a falar, mas sente tanta vergonha perante o olhar interrogativo de Gerónimo que interrompe-se. — O que é, meu céu? Não tenhas vergonha; sou o teu marido e sempre serei — assegura de imediato Gerónimo. Fala sem parar de lhe dar pequenos beijos nos olhos, no nariz, nos lábios. Meu Deus, como ele é excitante! pensa Cristal, debatendo-se entre o medo e o desejo. — Sempre