CAPÍTULO 101 Desirée

Abri os olhos devagar, tentando compreender onde estava. A luz suave que entrava pela janela preenchia o ambiente com uma tranquilidade que contrastava com a tempestade que ainda rugia dentro de mim. Olhei ao redor, e um déjà-vu tomou conta de mim. Era familiar, dolorosamente familiar. Reconheci o espaço quase que imediatamente: era um dos quartos da casa de Francesco. O mesmo quarto em que eu e Otávio nos hospedamos, como se aquele lugar estivesse destinado a me confrontar com memórias que eu não queria revisitar.

Por um momento, senti o peito apertar. Passei a mão pelo rosto, tentando afastar os pensamentos intrusivos, mas eles pareciam se agarrar a mim como uma sombra. A cada tentativa de espantá-los, eles vinham com mais força, me lembrando do vazio que agora parecia ocupar cada parte do meu ser.

Com esforço, sentei-me na cama, sentindo uma tontura leve, enquanto uma dor no estômago pulsava, incômoda. Fechei os olhos por um instante, tentando forçar minha mente a se esvaziar, mas
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