Eu não sei flertar (II)

— Não! Estou bem. Gosto de morar com as meninas. Se tornaram minhas amigas.

— Sua mãe está muito feliz que você fez amigas da sua idade... E tem se dado bem com elas.

— Acho que estou vivendo uma vida “normal”... Mas que para mim não é, entende?

— Não... Não sei se entendo.

— Amo Alpemburg... Sinto saudades de vocês... Mas...

— Mas... — Ele me incentivou a continuar.

— Como “ele” está, pai? Tem notícias?

— Ele está bem.

— Onde?

— Merliah, por favor...

— Onde? — repeti a pergunta com a voz alterada, sentindo o coração quase explodindo dentro de mim.

— Eu não sei. Ele não quis me dizer. Ou seja, não quer que ninguém o encontre.

Respirei fundo, repetidas vezes, tentando conter as lágrimas.

Por que você fez isso, pai?

Por que foi atrás de mim naquela noite?

Por que não fingiu que não nos viu?

Já que tínhamos transado mesmo, por que não impediu a fuga dele e nos incentivou a ficarmos juntos?

— Eu... Preciso desligar — falei imediatamente.

— Mas...

— Tenho muitas coisas para fazer.

— Até lo
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