A porta se abriu e Mikaela entrou no quarto, nos olhando confusa.— Eu... Desci para ver se o café estava pronto... Não quis acordá-lo, Chain... E... — Ela me olhou. — Bom dia, Merliah.— Mentiroso! — foi o que disse ao olhar para ele, saindo e batendo a porta.Quando cheguei na sala vi meus pais sentados. O bebê estava no carrinho, adormecido.— Bom dia!— Não está com cara de que é um bom dia! — minha mãe observou.Sim, ela me conhecia tão bem...Meu pai levantou-se e me deu um beijo:— É tão bom tê-la aqui.Olhei para Candy, que seguia sentada. Sim, ela me conhecia. Mas não conseguia perceber o quanto eu estava enciumada com o fato de ela se preocupar com aquela criança e fingir que eu não existia.Porra, ela foi responsável por destruir meu relacionamento com Chain e agora vivia ali, feliz, como se estivesse acima do bem e do mal, olhando o mundo de forma tranquila enquanto eu estava destruída.Sim, porque eu achei que estava tudo bem. Só até vê-lo novamente. Bastou isso para tud
— Isso.— Tem alguém que esta Tessália não “pegou”?Eu ri, limpando as lágrimas:— Talvez ela não tenha pego Milano.— Já tenho minhas dúvidas. Mas afinal, o que tem Tiago?— Ele tentou abusar de mim... Lembro como se fosse hoje... Me pôs com as pernas abertas sobre aquela mesa e... Chegou a abaixar a minha calça.— Meu Deus, Liah. Eu sinto muito.— Chain chegou na hora. E impediu que o pior acontecesse.— Sinto muito! Mas não entendo por que vir aqui e reviver estes traumas.— Acho que é hora de enfrentar os medos e fantasmas.— O que houve com Tiago? Foi preso?— Chain insistiu que eu deveria denunciar. Mas não o fiz... Por medo, insegurança... Eu sinceramente, não sei o que passou pela minha cabeça na época.— Vocês... Não fizeram nada?— Chain deu uma surra nele... E Tiago disse que voltaria para Alpemburg, amedrontado. Achei que isso era suficiente... Ele não voltar mais para Noriah Norte. Mas o vi depois... Com Tessália. E posso apostar que o que houve teve o dedo dela junto.—
— Não, não estou grávida, Chain. E tenho certeza absoluta disto! — vociferei na direção dele.— Pretendem ter filhos? — Ele olhou para Luan.— Nós... Nunca falamos sobre isso — Luan disse, confuso.— E vocês, pretendem ter filhos? — Olhei diretamente para Mikaela.— Não... Discutimos o assunto. — Ela pareceu surpresa com a pergunta.— Acho que precisamos ir, ou a comida vai esfriar! — Milano foi firme, saindo pela porta.Enquanto todos o acompanhavam, minha mãe parou na minha frente.— Um dos motivos que temi você e Chain ficarem juntos é exatamente este: gerarem um filho.— Qual o problema?— Os filhos.— Poderíamos não ter.— Quereria ter um filho dele, mais cedo ou mais tarde.— Você alugou a barriga para um estranho por dinheiro. Poderia alugar para mim.— A barriga não tem a ver com isso... É sobre o sangue, por serem parentes.— Não seríamos os únicos tio e sobrinha a casarmos no mundo e você sabe disto.— Ainda assim... Isso os faria sofrer no futuro.— Mais do que no presente?
Estávamos a alguns centímetros de distância, nossos rostos próximos e uma mesa apenas separando nossos corpos.- Não pensou em me contar sobre ser a escolhida de Satini?- Eu não tinha o seu contato... Juro.- Perguntou por mim alguma vez?- Perguntou por mim? – rebati a pergunta.Chain passou o dedo indicador vagarosamente pelo meu rosto, limpando as lágrimas que escorriam:- Não dá mais... – Afastou-se, passando as mãos pelos cabelos, nervosamente – Não suporto isso...Ele saiu rapidamente e corri atrás dele:- Vai fugir de novo? Continuará sendo um covarde? – gritei.- O que quer que eu faça, porra? – Chain parou e me encarou.- Quero... Que faça parar de doer... Porque eu não aguento mais. – Implorei.- Eu não tenho este poder.- Sim, só você pode fazer parar a dor.Chain virou as costas e foi em direção à casa. Parei no meio do caminho, corajosamente olhando para a mesa, e vendo todos boquiabertos, com olhos arregalados na nossa direção.- Não dá mais... – Falei, tentando fazer c
Não se entendi direito o sentido do “fodam-se” dele. Mas sorri e o abracei com força:- Obrigada, pai. Era tão importante para mim que alguém entendesse o que se passa dentro do meu coração... E que jamais poderei ser feliz sem ele.- Liah, eu já a vi sobre a mesa do meu irmão, de pernas abertas, quando ainda eram casados. Me pego pensando: o que mudou? O fato de eu ser seu pai não muda em nada o passado de vocês. Nem o amor... E eu sou prova do quanto vocês tentaram impedir isso tudo.- “Tentaram” não tanto... – Chain riu – Sua filha tem sido uma pedra no meu sapato desde então, lutando arduamente contra meus valores e princípios.- Não tenho culpa de não ser tão covarde, senhor “Chamalet”. – Debochei.- E... Candy? – Chain perguntou.- Candy tem tido um falso moralismo desde então... Mas vai passar.- Sim, como se ela fosse uma santa... – reclamei – Mas não me importo com a opinião de ninguém – dei outro beijo em meu pai – Vou ali ser feliz, pai... Já volto!Corri para o outro lado
- Eu... Estou em dúvida se ainda são gostosos... Poderia confirmar-me, por favor?Chain abriu a cueca e deixou seu pau a mostra. Mordi o lábio, na dúvida se o queria me chupando os seios ou se eu o chupava. Me movi e ele parou-me com as mãos:- Primeiro vou confirmar se o gosto mudou... Depois vemos o quanto aguentamos, ok?- E se... Eu não aguentar?- A gente testa de novo... E de novo... Cada gosto, cada pedaço, cada posição... Eu vou fodê-la de todas as formas possíveis e impossíveis.- Quero sentir sua língua... Agora! – Puxei a cabeça dele de encontro aos meus seios.Chain mordeu levemente o mamilo antes de abocanhar o seio praticamente inteiro, mamando com força, sugando, chupando, fazendo com que eu sentisse um pouco de dor. Pus a mão no outro seio, sentindo a mão dele sobre a minha. Gemi quando ele tirou a boca e passou a língua, repetidas vezes, só no mamilo, completamente enrijecido.- E então? Mudou alguma coisa?- Tem gosto... Deixe-me ver... De algo que jamais poderei fi
Despertei junto do corpo de Chain, deitada em um de seus braços, com o outro me aprisionando, como se eu fosse capaz de fugir. Ri sozinha... Mal sabia ele que eu não queria sair dali jamais.Percebi, pela falta de luminosidade externa, que havia anoitecido. Porra, que horas seriam?Vagarosamente retirei o braço dele que estava sobre mim e fui para o banho. Estava completamente cambaleante e minhas partes íntimas chegavam a arder de tantas vezes que transamos. Sorri ao observar-me nua no espelho, com as marcas dele pelo meu corpo. Eu não estava disposta a abrir mão daquilo nunca mais.Tomei um banho rápido e quando saí do banheiro Chain ainda dormia. Vesti-me e sentei sobre a cama, beijando-o. Ele abriu os olhos e sorriu, derretendo meu coração ainda mais.- Se é um sonho, não me acorde, por favor! – Abriu os olhos repetidas vezes, parecendo não querer acordar.- Não é um sonho, senhor “Chamalet”. Sou eu, sua esposa – levantei sua mão e toquei-lhe a aliança – A propósito, se retirar is
- Às vezes fico me perguntando o que me fez parar neste parque naquela noite, do nada. Então penso que pode ter sido o destino... As linhas das nossas mãos traçadas, como dona Dóris mencionou.- Entrou na tenda... Do nada. Foi meu primeiro cliente... – comecei a rir – E último também.- Eu já disse que você era uma péssima leitora de mãos?- Não... – Comecei a rir – Você tentou me beijar.- Na verdade, eu quis pagar você.- Engraçadinho...Descemos do carro e enlaçamos nossas mãos com força. Era aquilo que eu queria... Para sempre.Fiz Chain provar maçã do amor e depois fomos para a fila da roda gigante, ansiosos, feito duas crianças. Assim que chegou nossa vez, entramos na cabine já tão conhecida. Nossa “gaiola”, desde sempre, onde nos trancamos desde a primeira vez... E a partir de então, nunca mais fomos livres, pois nossos corações se prenderam.Sentamos lado a lado e escorei a cabeça em seu peito:- Ainda lembro de quando descobrimos sobre o nosso parentesco e viemos para cá, ten