POV Merliah
Chain e Milano se entreolharam, como se partilhassem de algo que eu não sabia.
— O que mais quer saber sobre minha mãe, Chain?
— Merliah, acho que vamos ficar aqui esta noite. Está muito tarde e você precisa descansar. Vou olhar seu ferimento e ver o que consigo fazer. Prometo que amanhã a levo para Azah... Sem falta — propôs Milano.
Olhei para Chain, que disse:
— Por favor, Liah... Fique.
Peguei minha mala e subi até a mansão, na frente de todos. Não tinha ideia de que horas eram, mas realmente dirigir de novo para lá era uma loucura.
— Você precisa tomar um banho, Merliah. E pôr uma roupa limpa — Milano avisou.
— Quer que eu me vista também, bonitão? — Cristal perguntou, debochadamente.
— Não quero, exijo — ele disse firmemente.
Eu ri. Chain
— Obrigada pela gentileza e preocupação, Milano.Chain levantou e fechou a mala:— Deixarei nossas coisas por aqui, Liah. Amanhã vemos juntos o que usar. — Se referiu ao conteúdo da mala.— Foi Rosela que fez a mala.— Eu sei. Já disse que adoro a sua avó?Arqueei a sobrancelha e antes que dissesse qualquer coisa, Milano ordenou:— Vista algo, Merliah.Mostrei a camiseta na minha mão e expliquei:— Não há nada usável dentro daquela mala... Juro.— Por isso mesmo, vovó Rosela é um amor. — Chain começou a rir. — E creio que mamãe Candy seja assim também, não é mesmo, Milano?Milano não disse nada, só ficou me observando. Fui para o banheiro e pus a camiseta de Chain, recusando-me a pôr uma calcinha daquelas que pudesse a
Não tenho certeza de quanto tempo fiquei deitada, no escuro, sem sentir sono. Porque por mais cansada que eu estivesse, não costumava dormir àquela hora. Meu relógio biológico não era como o da maioria das pessoas.Via a cortina mover-se com o vento vindo da praia e fiquei a imaginar se Chain estaria dormindo no quarto da frente ou junto de Jadis, que ele conhecia como Cristal.Imaginei ele beijando-a, a língua deles juntas, trocando saliva... Sua mão na pele dela... Cristal de pernas abertas, completamente nua, acolhendo o corpo dele junto de si... Então senti lágrimas descendo dos meus olhos, mesmo sem querer.Respirei fundo e levantei. Eu tinha que ver com meus próprios olhos se eles não estavam juntos. E caso me certificasse de que sim, o que eu faria? Sairia correndo novamente, como uma menininha ingênua e ciumenta?Andei pelo corredor devagar para não fa
Chain subiu a rampa de acesso ao Pronto Socorro, estacionando o automóvel exatamente em frente à porta principal.Antes que eu pudesse abrir a porta do carro, ele já estava me pegando no colo, como se eu não pesasse nada.Entrou comigo porta adentro:— Um médico urgente... Ela está passando mal.A única coisa que pensei naquela hora foi que minha bunda estava de fora e eu estava nua por baixo da camiseta. Posso apostar que aquele fato fez com que meu coração acelerasse ainda mais.Por sorte, rapidamente trouxeram uma maca e fui levada por dois enfermeiros. Procurei por Chain, mas ele não estava mais comigo.— Ele não pode entrar por enquanto — avisou o enfermeiro, parecendo perceber que eu procurava meu acompanhante.Entrei numa espécie de quarto amplo e começaram a verificar meus sinais: pressão, temperatura e oxigena&c
Eu gargalhei, de forma irônica:— Você só pode estar brincando.— Liah, eu não estou brincando. — Me olhou de relance, atento ao movimento dos carros da estrada. — Quero casar com você.Tentei pôr os pensamentos em ordem, mesmo sabendo que não teria êxito. Mil coisas passavam na minha mente e não conseguia me apegar a nenhuma delas. Por que eu? Casar? Até parecia brincadeira da parte dele. No entanto havia repetido tantas vezes que eu começava a acreditar.— Por que eu me casaria com você, Chamalet?— Por que sou o homem da sua vida? E por que posso ajudá-la a tirar sua família da situação caótica que estão vivendo?— Eu não lembro de ter dito que você é o homem da minha vida. E... Por que me ajudaria com relação ao Hotel Califórnia? Ou melho
— Quer que eu a beije aqui, Merliah? — a pergunta veio seguida de uma leve lambida na minha boceta, onde o gemido saiu da garganta, mesmo sem querer.— Sim, eu quero...Dobrei meus joelhos sobre o banco e senti sua língua, já tão íntima, me dando um prazer sem igual. Ele me lambia como uma maçã do amor, gostoso, esfomeado, sem pressa. A leve mordida no clitóris me enlouqueceu e eu duvidava que algum homem fizesse aquilo de forma tão habilidosa.Meus gemidos ficaram incontroláveis. E mesmo Chain, que não era estimulado, estava ofegante e também não controlava alguns gemidos.— Eu não quero fodê-la com a minha língua de novo, Liah... Quero me enfiar em você... Por favor...Ah, eu também queria... Muito. Sentei-me no banco e Chain empurrou o seu para trás, fazendo com que meu corpo coubesse no pequeno espa
— Eu... Não entendi... Como assim comprar um local... Seria um prédio novo para o Bordel? — Sim. — Em troca... De casar-me com você? — Fiquei pasma. — Exatamente. Realmente não falávamos de amor. Ao menos não da parte dele. — Por que você precisa casar comigo, Chain? — Eu não preciso, Liah. Eu quero. — Jogue limpo, por favor... Então eu posso pensar na possibilidade de levar em conta o seu pedido. — Eu... Não posso lhe dar muitos detalhes, Liah. Mas preciso casar. Ok, agora as coisas estavam ficando claras para mim. Realmente não envolvia sentimentos e sim algum tipo de contrato ou algo parecido. O “preciso” casar não deixou dúvidas. Poderia ser eu, ou qualquer outra mulher a ser a senhora Chamalet. — Preciso de respostas mais concretas. Afinal... Não é um casamento de verdade, não é mesmo? — Sim, seria um casamento de verdade. Mas... Com prazo para terminar. — Prazo para t
— Sim, elas são muito parecidas — Chain confirmou. — E só para constar, Milano não nasceu “um tempinho” antes de mim. Ele é bem mais velho.— Onde está Cristal? — perguntei.— Aquela louca já bebeu várias champagnes e está andando nua pela casa, depois de ter tomado banho na hidromassagem umas vinte vezes. Ela é completamente insana.— Sim... Mas aposto que Chain vai resolver isso. Afinal, eles são bem amigos — debochei.— Por que você está sem calçados? — Milano olhou para o irmão.— Não deu tempo de colocar. Saí praticamente correndo.— Você ficará hoje conosco, Liah? — Milano perguntou.— Eu... Não sei. — Olhei para Chain.— Sim... Creio que ela fique. — Ele sorriu.— Eu.
Sim, Rambo sabia o quanto aquilo me abalaria e já abriu os braços, me recebendo aos pratos em seu peito enorme.— Eu... Quero a minha mãe — falei, sem olhar para ele, somente sentindo seu carinho e compreensão naquele momento.— Tive que chamar todas as meninas às pressas, Liah. Teremos que devolver o dinheiro de todo mundo. Rosela parece-me bem agora, mas tive muito medo de que o pior acontecesse.— Por que não me ligou, Rambo?— Tentei o telefone do senhor Chalamet, mas dava desligado.Sim, talvez pelo fato de estarmos no hospital ou num lugar em que pegasse pouco sinal.— Estou tentando entrar em contato com Candy. Mas ainda não consegui — Cris respondeu.— Eu... Posso tentar entrar em contato com ela. — Ouvi a voz de Milano, oferecendo ajuda.— Acabei de dizer que não consegui entrar em contato com ela. Ali&aa