Capítulo 78Uma Noite de Tranquilidade e um Amanhã de MudançasA noite estava tranquila e agradável, com Rafael e Naia relaxados na ofuror, conversando sobre coisas descontraídas. Rafael disse que iria buscar outra taça de vinho para eles. Ele voltou, entrou na ofuror e entregou a taça para Naia. Eles brindaram, beberam e continuaram a conversa.Mas não levou muito tempo para que Naia começasse a bocejar. Ela comentou:— Nossa, não tinha noção que estava tão cansada...Ela tombou a cabeça no ombro de Rafael, que olhou para ela com um sorriso. Mas logo, uma lágrima rolou no rosto dele. Ele disse:— Desculpas, amor, mas você não iria comigo.Ele deu um selinho em Naia, deixou as duas taças de vinho no canto e pegou Naia no colo. Ele a levou para o quarto, onde a secou, a vestiu com um conjunto de moleton quente e pôs um par de meias nela. Ele a deixou deitada na cama, olhando para ela com um olhar carinhoso.Rafael pegou o celular e ligou.— Oi, sou eu, Rafael Villeneuve. Estou pronto.
Capítulo 79Uma surpresa que esconde mais do que revelaNaia acordou lentamente, sentindo-se desorientada. A claridade suave que entrava pela janela aberta banhava o quarto em uma luz dourada. O ambiente ao seu redor era luxuoso: lençóis de seda macios, móveis de madeira escura e tapeçarias coloridas decoravam o espaço. O leve som das ondas ao longe criava uma sensação de tranquilidade, mas, ao mesmo tempo, uma estranha inquietação crescia dentro dela.Ela se sentou rapidamente, tentando lembrar como havia chegado ali. O último que recordava era estar em casa, com Rafael, mas como poderia ter sido trazida até ali sem perceber? Naia se levantou, os pés descalços tocando o piso frio, e saiu apressada do quarto, chamando por Rafael.— Rafael! — Sua voz ecoou pela casa ampla e desconhecida.Logo, ela o encontrou na sala, sentado em um sofá de couro, segurando uma xícara de café. O cheiro amargo preenchia o ambiente, misturando-se com o ar fresco da ilha. Rafael sorriu ao vê-la, mas o sorr
Capítulo 80Quando o silêncio grita mais alto do que as palavrasCassian andava de um lado para o outro na sala de estar, os pés descalços quase marcando o piso de tanto ir e vir. O celular em sua mão tremia junto com seus dedos. Cada tentativa de ligação para Naia resultava no mesmo silêncio ensurdecedor: "O número discado não existe".A angústia o corroía por dentro. No início, a ligação caía direto na caixa postal, o que já era um mau sinal. Mas agora... Agora o telefone parecia ter sumido do mapa.Ele jogou o celular no sofá e passou as mãos pelo cabelo, puxando os fios loiros em um gesto de pura frustração. Respirou fundo e pegou o telefone novamente, desta vez ligando para Diego.— Cass, o que aconteceu? — Diego atendeu rapidamente, a voz carregada de preocupação.— Diego, eu não consigo falar com a Naia. Desde ontem o celular dela caía na caixa postal. Agora... agora o número nem existe mais! — A voz de Cassian era um misto de desespero e raiva.Diego suspirou do outro lado da
"O Começo do Fim”Cassian está afundado no sofá de couro, o cheiro ácido de álcool pairando no ar como uma neblina sufocante. A garrafa quase vazia de uísque escorrega por seus dedos enquanto ele geme baixo, a cabeça jogada para trás, os olhos semi abertos, completamente entorpecido. Uma mulher de cabelos longos e escuros, que ele mal lembra o nome, o cavalga de forma sensual, as unhas cravadas em seus ombros, rebolando em um ritmo lento e provocante. Ele leva o seio dela à boca e suga. Os gemidos dela ecoam mais alto pelo cômodo, um som vazio, sem significado algum para ele.Mas então, um soluço alto.Um som sufocado que não vem da mulher em seu colo.Cassian abre os olhos de supetão e seus sentidos, antes entorpecidos, despertam ao ver Naia. Ela está ali, parada na entrada do quarto, a mão tremendo ao segurar a bolsa, os olhos arregalados e cheios de lágrimas. Seu rosto está pálido como se a própria alma tivesse sido arrancada do peito.— Naia... — Cassian balbucia, empurrando a m
Capítulo 1Quando a rivalidade se torna um campo de guerraCassian saiu do Délano Group como um furacão. O telefone vibrava sem parar no bolso do paletó, mas ele não queria atender ninguém. O peso da conversa com o conselho da empresa ainda pulsava em sua cabeça, apertando sua mandíbula em frustração.Seu pai estava à beira da morte. O império Délano Pharmaceuticals precisava de um herdeiro. E ele... Ele, Cassian Délano, não podia ter filhos."Um Délano sem sucessor não é um Délano", seu pai havia cuspido as palavras horas antes. "Você vai resolver isso, Cassian. Ou o império que construí vai para as mãos erradas."Resolver. Como se fosse simples. Como se sua fertilidade pudesse ser restaurada com um estalar de dedos.Mas ele já tinha uma solução. A inseminação in vitro.Ele só precisava extrair o material e seguir com o plano. Nada mais.Horizon Medical Group já estava à sua espera.Acelerou o carro pelas ruas de Paris, o motor roncando com sua impaciência. Mas quando estacionou na
Capítulo 2 Feridas Abertas Nunca CuramCassian estava sentado na cadeira do consultório, os dedos tamborilando impacientemente na mesa enquanto o Dr. Marcel Lefèvre falava. Mas ele não estava ouvindo.A única coisa que ressoava em sua mente era a maldita discussão com Naia minutos antes.— Senhor Délano? — O médico chamou sua atenção. — O procedimento foi realizado com sucesso.Cassian piscou, voltando para a realidade.— Certo, certo... ótimo.Dr. Marcel o observou com cautela.— O senhor está bem?Cassian passou a mão no rosto, soltando um suspiro irritado.— Preciso de um café.O médico cruzou os braços.— Não acho uma boa ideia. Você já está muito agitado.Cassian riu, sem humor.— Então eu preciso de algo mais forte.Ele se levantou, pegou as chaves do carro e saiu da sala. Dr. Marcel balançou a cabeça, sabendo que não adiantaria argumentar.Cassian seguiu pelo corredor, passou pela recepção e desceu até o térreo. A cada passo, sentia a irritação crescer dentro dele. O encontro
Capítulo 3Herdeiro do Império DélanoO despertador disparou às 5h da manhã. Sem hesitação, Cassian Délano abriu os olhos. Não havia espaço para preguiça ou indulgência. Disciplina. Controle. Precisão. Era assim que sobrevivia.Ele se levantou, os movimentos econômicos e calculados. O quarto impecável, cada objeto no lugar exato, como uma extensão de sua própria mente organizada e inflexível. O mundo exterior era um caos; ali, não.Vestiu o uniforme preto, nada mais que uma regata e um short, o suficiente para o que precisava fazer. O preto absorvia a luz, refletindo o vazio dentro dele.Na pista de corrida particular, cada passada era uma descarga de adrenalina. O frio da manhã raspava sua pele, mas não alcançava o gelo sob ela. Ele corria porque precisava. Porque, sem o esforço físico extenuante, a irritação latente que queimava sob sua pele poderia transbordar.De volta à mansão, Cassian mergulhou na academia. Aço, vidro e silêncio. Cada movimento nos aparelhos de musculação era pr
Capítulo 4: O Erro que Mudaria TudoCassian girou o copo de uísque na mão, observando o líquido âmbar deslizar pela borda. O gelo já havia derretido, mas ele não se importava. Seu estômago queimava tanto quanto sua mente. Diego ainda não tinha chegado, e a sensação de estar sozinho era insuportável.Ele pegou o celular e discou novamente.— Você quer me ver ferrar com tudo, Diego? Quer ver seu amigo afundar? Porque se eu sair sozinho hoje, eu juro que vou fazer uma merda grande.Silêncio do outro lado da linha.— Você sabe como eu fico quando estou assim.Mais um silêncio tenso, depois um suspiro longo e pesado.— Porra, Cassian… — Diego murmurou.— Então me encontra.— Onde?Cassian sorriu com amargura.— Você já sabe.O bar de sempre.Onde ele podia afundar tudo sem olhar para trás.Diego hesitou, mas finalmente cedeu.— Nos vemos lá.A linha ficou muda.Cassian jogou o celular sobre a mesa e soltou o ar. Sua cabeça pulsava. Sua vida sempre girou em torno do controle. Mas agora, tu