A conversa até que estava interessante, mas minha bebida havia acabado e eu estava com sede, mas sabia que Apollo não me deixaria beber mais nada com álcool, então improvisei.— Preciso ir ao banheiro — falei em seu ouvido. — Tudo bem se eu entrar?— Claro, Manda, estarei te esperando bem aqui.Me afastei e entrei. A história do banheiro não era bem mentira, então segui um corredor onde vi algumas mulheres indo antes e logo encontrei o banheiro. Para minha sorte, havia apenas uma garota na porta. Era morena, tinha caberlos rebeldes e olhos negros como ônix, mas eles estavam vivos e alegres, que combinavam com seu jeito maeio gótico.— Se demorar mais dois minutos, vou fazer pipi nas calças — ela falou mais para si mesma do que para mim. Na verdade, acho que ela nem sequer notou minha presença ali.— Já faz muito tempo? — perguntei.— Na verdade, não — ela riu. — Sou eu que estou apertada mesmo.Eu ri junto com ela. A garota que estava dentro do banheiro saiu olhando feio para nós duas
Eu estava me apaixonando perdidamente por Suellen. Para mim, não havia no mundo mulher mais encantadora do que ela. Ela era como uma substância que me deixava alucinado, me fazia esquecer de todos os meus problemas e me dava paz momentânea, quando eu estava ao seu lado. Poderia beijar os pés daquela mulher...— Ricardo, está me ouvindo? — Augusto perguntou.— Claro. Um estagiário para o RH. Por que está me falando isso mesmo? — perguntei na defensiva. — Acho que tenho coisas mais importantes a fazer e você é meu advogado, não meu secretário.— Exatamente. Passe a ouvir sua secretária e eu vou ficar menos sobrecarregado. Ah, eu me esqueci. Sua nova secretária foi embora. É a sexta, não é?Olhei para ele, envergonhado. Na verdade era a oitava, mas ele não precisava saber disso. Se o meu pai era chamado de “icechefe”, eu era o “chefe sanguinário”. Não me importava com títulos, mas confesso que esse mexeu comigo.— Vou dar um jeito nisso — falei, me voltando para alguns papéis na minha fr
Peguei meu celular e liguei para um garoto na qual eu havia conversado na noite anterior. Seu contrato estava como Allo Renad, mas eu estava meio bêbado quando conversei com ele, então supunha naquele momento que seu nome fosse Apollo Renato. E não é que eu acertei? O garoto estava tão interessado que chegou primeiro que minha futura secrertária.— Senhor Djovig? — Ele bateu e abriu a porta. — Desculpe, mas sua secretária não estava, então...— Tudo bem, rapaz, entre. Aceita um café?— Obrigado.— Fico feliz por ter se interessado pelo cargo — falei enquanto servia o café de uma garrafa no meu escritório mesmo.— Eu entrei esse ano para a faculdade, um estágio na sua empresa com certeza aperfeiçoará o meu currículo.— Tenho certeza disso. Posso ver o seu histórico?— Claro.Ele me passou o link do histórico escolar, e vi que era bom, muito bom. Tinha notas máximas em algorítimo, sistemas e contabilidade. As outras eram todas bom para ótimo. O rapaz tinha futuro.— Me fale mais sobre v
Acordei com um enjoo terrível. Sem me sintonizar direito, corri para o banheiro, esvaziando uma boa quantidade co que consumi na noite anterior de uma forma nada agradável. Meu estômago estava horrível e minha cabeça, ainda pior, porque além de doída, estava tonta. Tentei me lembrar de como fui parar naquele lugar, mas minha cabeça doía demais. Saí do banheiro e me deparei com um quarto predominantemente masculino. Eu soube que estava em maus lençóis naquele momento, mas enfim, não tinha muito o que fazer. Não mais.O único quarto masculino na qual eu já havia entrado, salvo o de Pablo na vez em que pedi para ele cuidar do meu cachorro, era o do meu irmão, e aquele, definitivamente não era o dele. Antes fosse. A camiseta que eu vestia também nunca pertenceu a Ricardo, e o perfume que emanava da roupa era vagamente familiar.Mas minha cabeça doía tanto que eu não queria saber de quem era ou o que eu fazia ali. Procurei pelo meu vestido e pelo resto de meus pertences e quando juntei tu
— Você está louca, amiga? — Hellen gritou, com raiva. — E se fosse um pisicopata?Eu entendia o lado dela, mas eu estava ali, não esatava? O máximo que podia ter acontecido, pela situação em que me encontrei quando acordei era...— Vocês transaram? — ela peguntou, mais preocupada do que brava agora.— Eu estava me perguntando a mesma coisa — respondi a ela. — Ai, Amanda, você não existe. — Ela foi até a cômoda e pegou algo em uma gaveta. — Tome. Por via das dúvidas.— O que é isso? — Mas você é muito inocente mesmo, viu? È pílula do dia seguinte. Vê se se cuida, aqui não é aceito garotas grávidas na adolescência. O mínimo que se busca nos estudantes é educação, cultura e respeito. Por si mesmo e pelos outros. Com licença.Ela saiu aparentermente chateada. Nunca tinha visto minha amiga daquele jeito antes, mas quem era ela para me dar um sermão? Até onde eu me lembrava, Hellen era a rainha das festas da nossa ala e muitas vezes foi pega em alguma delas transando com Rodrigo.“Rodrigo
Eu aceitei minha atual condição. Amanda havia decidido não voltar mais e Augusto me deu a notícia ainda naquele sábado. Aparentemente a megera da assistente social ainda continuava a ser uma pedra no meu caminho, mas eu não me deixaria abalar com isso. Na segunda feira, marquei uma reunião para colocar Anna e Apollo a par dos meus negócios na Acaia e informar que eu estaria fazendo uma expansão tecnológica e que os dois seriam meus principais na empresa. É claro que aceitaram e de bom grado. A primeira coisa que fiz depois disso foi uma viagem para Acaia, para a sucursal de lá, e deixei um responsável por toda a área norte do continente. Meu próximo objetivo era Tharsis, uma ilha continental até desenvolvida, mas ainda não colonizada tecnologicamente. Viajei para lá, onde fiquei duas semanas pesquisando e conversando com o representante da comunidade, que não fez nenhuma objeção em concordar com os meus termos. Ele comandaria tudo ali, junto com um representante que pedi para Augu
Fui para casa, onde fui recebido por um já enorme cachorro preto.— E aí, garotão? Tudo bem por aqui?Recebi um latido como resposta. Entrei em casa, acompanhado pelo meu novo melhor amigo e fomos os dois para meu quarto. Quando abri a porta, ele pulou direto na minha cama onde ficou deitado enquanto eu me despia para um bom banho gelado.— Se comporte e não coma nada — avisei antes de entrar no banheiro, ganhando outro latido como resposta.Senti meu braço cocar embaixo do chuveiro. O lobo me cutucava com o foicinho. “Eu sei, mas logo melhora.”Saí do banho e me arrumei rapidamente para me encontrar com minha namorada. Fui até sua casa, onde ela me recebeu com um beijo de me arrancar o fôlego.— Estava com saudades, amor.— Eu também — dei outro beijo nela, e fechando a porta a levei para seu quarto.— Pensei que iríamos sair — ela sorriu.— Podemos esperar mais um pouco. Eu a peguei no colo e a levei para seu quarto a colocando na cama. Ela sorriu e me puxou pra cima, beijando-me
Nunca imaginei que a noite de sexta feira terminaria com Ricardo bebendo comigo e com Samara. Não posso reclamar, ver sua cara de incredulidade depois de Samara ter beijado-o foi bem satisfatório. Quando a alta madrugada caiu e o bar já estava fechando, Wendy e Renato apareceram. — O que você pensa que está fazendo? Perguntei para Ricardo quando vi os dois seguranças ali.— Acho que não estamos em condições de dirigir, não concorda? Deixe que os motoristas nos levem para casa.— Espera, para sua casa? — Samara perguntou para ele.— Acho que o gatinho não entendeu — eu sorri. — Nós não saímos acompanhadas de companhias masculinas. — Amanda, por favor. Vocês não podem voltar para o colégio.— Então vamos para minha casa.— Tudo bem — ele concordou. — Wendy, leve o carro da senhorita. Renato leva meu carro e... quem está dirigindo?— Victor, senhor — Renato respondeu.a— Peça para ele nos levar. Primeiro as senhoritas para a casa e depois eu vou para a casa de minha mãe.— Como ousa..