>PATRÍCIO<
Eu e Fernando entramos no restaurante sofisticado onde Hugo já nos esperava. O ambiente era refinado, iluminado por luzes baixas e velas discretamente distribuídas pelas mesas. O cheiro de vinho misturava-se ao aroma dos pratos requintados sendo servidos.- Alguém está interessado em esbanjar - Fernando resmungou ao meu lado. Eu apenas fiquei em silêncio, porém entendi a intenção daquela frase.Assim que chegamos à mesa, eu percebi de imediato a expressão pouco satisfeita de Hugo ao ver Fernando.Ele odeia a forma como meu melhor amigo o tira do sério.- Eu não sabia que o convite incluía o Fernando. - disse forçando um sorrisoFernando, sempre astuto, sorriu debochado ao puxar a cadeira.- Surpresa, bebê! O Patrício e eu somos praticamente um pacote fechado. Convide um, leve dois.Reprimi um sorriso, finalmente aquela personalidade irritante do meu melhor amigo estava ao meu favor.Ignorei a tensão sutil e me sentei, pegando o ca>PATRÍCIOEu segurei a taça de vinho com firmeza, girando lentamente o líquido escuro enquanto ouvia Hugo continuar com suas perguntas disfarçadas de conversa casual.Já estava cansado daquele jogo.Hugo nunca tinha sido um homem direto — sempre preferiu manipular e testar os limites dos outros para conseguir as informações que queria. Mas eu não era alguém fácil de dobrar.Não mais…A muito tempo, quando éramos crianças eu me deixava levar por sua cara de bom moço arrependido, porém agora vejo exatamente que tipo de cobra ele pode ser.- Bom, agora estou ainda mais curioso sobre essa mulher que te fez mudar tanto. Você sempre foi um homem reservado… deve ser alguém muito especial para fazer você se abrir.Não reagi, apenas bebi um gole do vinho.Fernando, ao meu lado, observava tudo com uma expressão de tédio misturada com atenção. Acho que ele já tinha percebido a mesma coisa que eu, Hugo estava se esforçando demais para arrancar algo.Hug
>PATRÍCIOFechei a porta do meu apartamento e imediatamente senti a tensão no ar. Allan estava ali, sentado no sofá da sala, com uma garrafa de uísque quase vazia ao lado. Seu olhar estava carregado, mas não de embriaguez — havia algo mais sombrio nele.Seus olhos vermelhos e profundos me diziam que talvez o álcool não era a única coisa que ele usava hoje.- De novo, Allan? - disse suspirando Meu filho ergueu o olhar, visivelmente irritado.- De novo o quê? Você some a noite inteira e eu sou o problema agora?Joguei as chaves sobre a mesa e desfiz o nó da gravata.- Não é sobre onde eu estava. É sobre você se enfiar na bebida cada vez que te der vontade.Allan soltou uma risada seca, debochada.- Engraçado você falar isso, considerando que foi exatamente o que você fez a vida toda.Eu senti o golpe.Eu realmente tinha usado a bebida como anestesia no passado, quando era um jovem quebrado com uma criança para criar. Mas não ia permit
>HUGODepois de muito esforço descobri tudo o que eu precisava sobre Elizabeth Montgomery, e devo dizer que a garota é bastante interessante.E linda!Agora só precisava passar essas informações adiante e ganhar minha recompensa.O lugar escolhido para o meu encontro era discreto, afastado dos lugares onde pessoas importantes como Patrício costumavam frequentar.Cheguei primeiro, pedi um uísque no serviço de quarto e esperei.Eu não precisei esperar muito.Logo Estela entrou com sua presença marcante, vestindo um vestido justo, cabelos impecáveis e uma expressão que misturava satisfação e irritação.Ela caminhou até o sofá e sentou-se à minha frente sem rodeios.- Espero que tenha valido a pena o meu tempo, Hugo. - falou cruzando as pernas.Meu olhar desviou para o movimento, Estela não é nem de longe boa o suficiente para mim, mas é uma boa foda.E eu precisava me liberar.Ri, levando meus olhos até os seus e inclinando-me para
>HUGOAcompanhei os olhos de Estela se enchendo de lágrimas e os engasgos se tornaram mais frequentes, porém não desacelerei, continuei dando o meu máximo para foder aquela boca que só falava sobre Patrício. Eu iria provar para ela a todo custo que eu sou melhor que ele.Estela segurou as minhas pernas para ter algum apoio, e notei que cairia para trás se eu não a estivesse segurando com força, metendo duro e me deleitando com seu desespero.Ela tentou se afastar por diversas vezes, mas eu a impedi, não permitira até consegui o que eu queria.Ela não conseguia respirar, eu sabia, mas apenas abri um sorriso malicioso. Ela precisa aprender quem é o homem de verdade aqui.- Que pena que, desse jeito, nem o maldito nome dele conseguirá dizer... - resmunguei, muito perto do gozo.Sentia meus nervos em polvorosa e a vontade de explodir se intensificava a cada estocada. Estela grunhiu de um jeito abafado, engasgando em seguida, e meti até sentir mais fund
>HUGOVoltei a tomar o meu uísque, não iria me irritar com aquela velha asquerosa, até porque meu interesse agora estava em outra pessoa.- Elizabeth.O nome fez os olhos de Estela se estreitarem.- A tal da nova funcionária?Assenti.- Não é só uma funcionária qualquer. Ela e Patrício estão envolvidos. E não é de hoje.Estela soltou um riso debochado.- Droga, o pirralho tinha razão. Aquele desgraçado está com alguém. Mas me diga, como você descobriu isso?Dei um gole no meu uísque antes de continuar.- Como você sabe, Patrício estava escondendo-a bem. - Afirmei, enquanto assistia uma expressão de deboche se formar no rosto de Estela.- Eu que o diga. Você demorou bastante para chegar em um nome.Não respondi a sua provocação, apenas continuei entregando as informações.- Tive que dar as caras na empresa dele. Para a minha sorte, cheguei no momento íntimo entre eles.- O QUÊ? - Ela gritou histérica. Eu gargalhei recebend
>ESTELAO gelo no meu copo tilintou quando eu girei a bebida distraidamente. Meu olhar estava fixo em Hugo, avaliando cada palavra, cada gesto. Ele sabia que tinha minha atenção, e adorava jogar com isso.Eu precisava resolver essas pendências e ir embora tomar um longo banho, quem sabe até beber ácido para me limpar dos fluídos nojentos daquele homem das minhas entranhas.O desgraçado mais uma vez me obrigou a engolir sua porra.Ele vive de tentativas fracassadas de ser como o meu Patrício.- Você parece um pouco tensa, Estela. Aposto que não esperava que Patrício fosse cair tão fácil nos encantos de uma mulher. - falou com um sorriso provocadorEstreitei os olhos, bebendo um gole antes de responder.- Não é qualquer mulher. É uma qualquer. Não pode ser nada além disso. - respondi com um tom frio.Mas confesso que no fundo eu não pensava assim.Hugo soltou um riso baixo, divertido com a minha irritação.- Engano seu. Elizabeth não é tã
>ESTELAEu andava de um lado para o outro em meu quarto, meus saltos batendo firmemente contra o chão velho de madeira. Meu cérebro trabalhava a mil por hora, processando tudo o que Hugo me disse.“Vinte anos. Jovem, bonita, morena, cabelos cacheados.”Foi só quando conectei esses detalhes a algo familiar que parei abruptamente, a caminha que eu fazia a horas. Meus olhos se arregalando em um misto de choque e fúria.Não podia ser. Não tinha como, mas era muita coincidência para ignorar.Peguei meu celular e digitei rapidamente para o idiota.Estela: “Quero uma foto de Elizabeth”Aguardei um retorno que veio depois de vinte e três minutos. Eu estava contando nos dedos cada milésimo de segundos.Hugo: “Por que?”Estela: “Só faz o que eu estou te mandando”Sem retorno, o filho da puta estava me provocando. Dez minutos sem resposta, enviei outra mensagem, a qual ele respondeu imediatamente.Estela:”AGORA???”Hugo:”Hahaha”Então e
>HUGOEu estava sentado em um bar discreto, na rua de frente para a casa de Elizabeth, girando o copo de cerveja barata entre os dedos, mas minha mente estava longe dali.Eu pensava nela.Elizabeth.Sorri com escárnio balançando a cabeça.- Filho da puta sortudo.Patrício sempre com as melhores. Melhores roupas, melhores casas, melhores carros, melhores notas… melhores mulheres. Mas essa seria totalmente minha.- Como que pode? - murmuro pra mim mesmo.- Falou comigo senhor? - O rapaz do bar me perguntou, eu apena lhe lancei um olhar afiado em resposta. Ele levantou a mão em sinal de rendição e voltou para os clientes.Desde o momento em que vi Elizabeth sair do banheiro privativo na sala de Patrício, com os cabelos molhados caindo em ondas soltas sobre os ombros, eu soube que aquela garota não era como as outras mulheres que passaram pela vida daquele babaca.Ela era diferente.Jovem, linda, com aquela pele morena reluzente e a