Perpetua narrandoEle sai de cima de mim, parecendo atordoado e eu me viro lentamente sem fazer muito movimento brusco e o encaro, se ele não sabia porque eu sentia medo dele, pelo jeito agora ele sabe.Ele apenas se veste e sai do quarto e quando a porta se fecha, eu respiro aliviada.. Ele quase me matou por causa de uma tal de Brenda, eu olho para uma mesinha ao lado do lado que ele dormiu e vejo um pó branco, Carioca está drogado, ele tinha se drogado enquanto eu dormia.Eu procuro por uma camiseta dele que fosse larga e comprida e acabo encontrando, eu saio do quarto e novamente a casa está vazia, eu reparo no corredor do segundo andar e vejo que tinha algumas portas, tento abrir elas mas estão todas trancadas, eu desço as escadas lentamente para ver se ele estava por aqui e não estava.Eu preciso arrumar uma forma de fugir desse lugar e chegar na Bahia para falar com a minha tia.— Você é a Perpetua? – eu levo um susto com uma voz vindo da cozinha – Carioca saiu meio atordoado.
Perpetua narrandoEu estou caminhando no morro junto com a Lisandra, todos dentro do morro me encara com um certo olhar diferenciado e acredito que deve ser por causa de Carioca.— Aqui é o meu salão – Lisandra fala.— Que legal – eu respondo – você é dona daqui?— Sou , mas hoje está fechado, mas resolvi abrir, depois de uns meses na cadeia você precisa de uma geral.— Não quero te incomodar – eu falo— Não me incomoda, será um prazer – ela fala sorrindo e eu sorrio para ela, Ela começa a lavar o meu cabelo e depois seca e arruma os meus cachos, eu amo de mais o meu cabelo e sempre cuidei dele o máximo que conseguia mesmo sem ter condição, depois que eu conheci Kaique as coisas mudaram, eu não vou mentir ,ele mantinha todos nós , ele chegou de fininho e eu fui me encantando por ele.E olha onde eu estou, refugiada e na mira de um traficante perigoso e que eu nem sei se eu conseguiria sair viva daqui.— Você precisa ter paciência enquanto fala com Carioca, ele é difícil de lid
Carioca narrandoEu a encaro e eu vejo no olhar dela que ela não teria culhão para sair do morro.— Então deixa avisado a todos que eu vou embora – ela fala – não quero ser barrada na entrada do teu morro.Eu abro um sorriso e pego o rádio na mão.— Libera a saída da Perpetua, ela vai embora do morro – eu falo sorrindo para ela.Ela só vira o corpo e entra para dentro da casa, ela sabe que ela não pode sair daqui de dentro, estou começando achar que preciso fazer ela entender quem é que manda aqui dentro e todos os perigos que ela está correndo estando ao meu lado para ficar bancando uma de doida para o meu lado.Eu chego na boca e estava Vitinho e Rk me esperando.— Achei que a gente ia ter que ir atrás de você dentro do morro – Vitinho fala— Estava resolvendo um negocio ai.— Porque chamou a gente? Gastar meu tempo precioso – Rk fala— Estou com uma suposição e acho que tenho que alertar vocês.— Que suposição? – Rk pergunta— Kaique tá vivo.— Não – Voitinho fala – o cara
O choro das duas meninas no lado de fora da casa me chama atenção enquanto eu espero ansioso pela ligação de um dos policiais que é o meu braço direito.Desde que eu descobri que Perpetua se envolveu com Carioca lá dentro, eu vi que ela fez isso para se proteger, porque ele estava naquele maldito dossiê que ela tinha conseguido sobre mim. Ela não era tão burra como eu pensava, porém eu não iria deixar ela ir longe com essa história, eu ia acabar com tudo isso o mais rápido possível.Meu telefone toca e era o policial.— Me diz que você está trazendo ela? – eu pergunto no telefone.— Kaique – ele respira fundo – Não conseguimos pega rela.— Como assim não? – eu esbravejo.— Ela deve ter voltado para o morro.— Seus incompententes vocês precisam encontrar ela e trazer ela para mim – eu grito no telefone.— Vamos continuar procurando – ele fala.Eu desligo o telefone na cara dele e começo a chutar tudo dentro do escritório, não tinha jeito eu teria que ir eu mesmo atrás de Perpetu
Perpetua narrandoEu me lembro do que Tenorio me disse que ele tinha mudado as informações e me pergunto: Porque ele fez isso?Será qe foi a mando de carioca ou talvez seja por isso que ele queria falar comigo aquele dia?Era tantos Porque e será dentro da minha cabeça que eu nem sei mais o que eu poderia fazer da minha vida, estava me sentindo perdida e totalmente sem rumo, movida por uma vontade de ver as minhas filhas sem saber se sairia viva ou morta desse lugar.Eu escuto uns barulhos vindo de um dos quartos, eu saio do quarto e fecho que tinha uma porta entre aberta era barulho de algo quebrando, eu me aproximo e abro a porta e vejo Carioca quebrando o quarto todo, era um quarto de criança, vejo droga espalhado pelo quarto todo.Eu vejo seu rádio no chão, ele parecia não ter percebido que eu estava ali.— Carioca? – eu chamo ele – Carioca – eu grito e ele me encara— O que você faz aqui?— Você está drogado – eu vejo os seus olhos vermelho.— Vai embora daqui – ele grita—
Carioca narrandoEu olho o relógio e era mais de 22h da noite, eu desço as escadas e sinto cheiro de comida, vou direto para cozinha e encontro Perpetua jantando.— Eu não quis te acordar – ela falaEu não falo nada, apenas vou em direção ao armário e pego um prato e me sirvo e me sento para comer, estava morto de fome e com uma dor de cabeça dos infernos, eu olho para o pescoço de Perpetua e vejo que ele está roxo.— Foi mal – eu falo e ela me encara – por ter te machucado.— Você está melhor?— Porque está preocupado comigo?— As pessoas normais se preocupam com as outras e eu também não quero seu mal Carioca, eu estou dentro da sua casa e do seu morro, protegida de voltar para cadeia, você me tirou daquele inferno, então – eu corto ela— Está me tratando bem por interesse?— Também – ela responde e ela serve o copo de suco e me entrega e eu olho o copo – Eu não envenenei, não sou capaz de matar ninguém.Eu pego o suco e tomo um pouco, ela continua comendo e eu também.Eu olh
Perpetua narrandoHoje era dia de baile e Carioca nem tinha dormido em casa, tinha ficado de plantão na boca, eu estava tomando café da manhã quando Lisandra entra,— Vem, vamos. – ela fala— Onde?— Para o salão, você precisa está maravilhosa para esse baile.— Eu não vou – eu falo rindo— Vai.— Em um baile funk? Vou não.— Você está em um morro, precisa ir ao baile – ela suspira sem paciência e eu a encaro.Ela acaba me convencendo e eu me levanto, troco de roupa e vou em direção ao salão, o salão dela ficava quase na frente da boca onde Carioca e Medeiros fica, eu entro e ela começa a mexer em mim.— Vem muita gente?— Para o baile? – ela pergunta e eu assinto – isso aqui enche garota, enche.— Sério?— Vem gente de tudo que é lugar, normalmente os baile aperto para o asfalto é a cada tantas semanas, os morros amigos se ajudam, um final de semana aqui aberto , outro na rocinha e assim por diante.— Nossa.— Os mauricinhos e as patricinhas sobe aqui para pegar droga e
Leila narrandoAntes de subir o morro, eu ligo para a babá da minha filha.— Preciso falar com ela.— Claro – ela fala – sua mãe.— Mamãe.— Filha, eu amo você muito.— Eu também mamãe. Estou com saudade, queria você dormindo aqui.— Eu também queria está com você, mas a mamãe chea logo.— Ta bom, eu amo você e o papai.— Eu também.Eu desligo o celular e tento ligar para o meu marido mas ele não me atende, sempre desligado, sei que ele estava no outro lado do mundo mas ele nunca me atendia e mal falava comigo, era uma sensação ruim sempre que pensava nele e nessas viagens.Eu saio do carro e vou andando pelas ruas, alguns homens passam por mim e assobia, iria ter dois policiais apaisana aqui embaixo no morro mas lá dentro seria apenas eu, tudo que eu precisava era fotografar com uma mini câmera que tinha em meu colar o baile e os fugitivos da cadeia, eu acionava o botão no meu anel, então vou subindo no morro e acionando os botões diversas vezes, até chegar no baile, sou revi