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Carioca narrando

Eu olho o relógio e era mais de 22h da noite, eu desço as escadas e sinto cheiro de comida, vou direto para cozinha e encontro Perpetua jantando.

— Eu não quis te acordar – ela fala

Eu não falo nada, apenas vou em direção ao armário e pego um prato e me sirvo e me sento para comer, estava morto de fome e com uma dor de cabeça dos infernos, eu olho para o pescoço de Perpetua e vejo que ele está roxo.

— Foi mal – eu falo e ela me encara – por ter te machucado.

— Você está melhor?

— Porque está preocupado comigo?

— As pessoas normais se preocupam com as outras e eu também não quero seu mal Carioca, eu estou dentro da sua casa e do seu morro, protegida de voltar para cadeia, você me tirou daquele inferno, então – eu corto ela

— Está me tratando bem por interesse?

— Também – ela responde e ela serve o copo de suco e me entrega e eu olho o copo – Eu não envenenei, não sou capaz de matar ninguém.

Eu pego o suco e tomo um pouco, ela continua comendo e eu também.

Eu olh
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