Perpetua narrandoEstava me saindo o tanto quanto caro pedir ajuda de Carioca, mas nada era caro o suficiente para conseguir a minha liberdade.Alguns dias se passaram e eu voltei para a cela, já está melhorando e também me encontrando com Carioca diariamente, eu estava quieta encostada contra a parede da cela, sentindo o sol entrar pela pequena janela no alto da parede.— Não é estranho que você nunca receba uma viista de um advogado – Sandra fala.— Do que você está falando?— Você tem advogado? – ela pergunta— Publico, devo ter.— E ele não vem aqui? O meu vem? – ela pergunta.Faz muito tempo que Sandra tenta entender quem eu era e porque eu estava presa, além do que tinha em todos os papeis, ela me questionava dia após dias, várias perguntas atrás de perguntas e eu sempre dava as mesmas respostas rasas, o problema é que ela não parava de me questionar nada.— O que você quer saber?— Quem te colocou presa aqui? – ela pergunta.— Eu já disse foi armação, eu sou inocente.—
Carioca narrandoEu estou contando as horas para sair desse inferno e voltar para o meu morro, a noite seria apenas uma criança.— Porque desistiu de levar a garota? – Hy pergunta após Tenorio sair da cela para entregar umas drogas para nós.— Você encasquestou nessa garota.— Eu quero saber o que Tenorio te entregou nos papeis.— Que o ex marido dela é um primo de Kaique – eu respondo – só que com ele morto não tenho porque ter ela por perto.— E você iria fazer o que? Tirar ela daqui de dentro?— Iria levar para o morro e usar como moeda de troca, mas com ele morto e não preciso fazer isso.— Em menos de 3h horas você está livre daqui.— Ainda bem – eu respondo – porque eu não aguento mais esse lugar imundo, agora com Kaique morto, estou tranquilo que todos que me fizeram chegar até aqui, estão mortos.— Você precisa ficar sem arrumar confusão por um bom tempo.— E quando eu arrumei? A única coisa que eu quero é que o desgraçado do seu amigo encontre minha filha se realmen
erpetua narrandoEu saio junto de Medeiros observando o morro todo, aquelas pessoas felizes e outras muito desanimadas com a sua chegada, falando e com aparência apreensiva, os homens todos armaods para tudo que era lado.— Quem é essa? – uma mulher pergunta – Medeiros?— Essa é uma convidada especial de Carioca – eu olho para ela – mãe, arruma um quarto para ela aqui e deixe ela bem a vontade.— Convidada? – ela pergunta me olhando.— Sim – ele fala – preciso ir. – ele sai— Oi – eu respondo – Meu nome é Perpetua.— Salete – ela fala dando um sorriso de lado – você também estava presa?— Estava, eu fugi junto com Carioca.— Entendi – ela fala – e porque você estava presa?— Eu fui presa injustamente, armaram para mim – ela arqueia a sombrancelha – colocando drogas em minhas malas, meu ex marido.— Eu sinto muito! Vamos subir, eu vou arrumar roupas para você trocar.— Obrigada.— Acho que tem algumas roupas de Lisandra lá em casa, eu vou pegar – ela abre a porta – você po
— Porque você veio atrás de mim e porque os guardas chegaram, porque se não, não teria me custado nada atirar em você e ter te deixado morrendo lá.— Mas agora estou aqui e porque você vai gastar a bala da sua pistola nova, se eu posso ficar viva aqui? – ela pergunta me encarando.— Você tem uma divida comigo enorme – eu falo apontando a arma para ela.— Me diz como posso pagar ela, eu pago. – eu a encaro.— Você não tem cara de ser marmita de bandido.— Realmente eu não tenho vocação para isso, mas se você me ajudar a encontrar as minhas filhas e me deixar viva, eu faço o que você quiser e a hora que você quiser – ela para na minha frente – eu prometo eu não quero te trazer problemas e nem te dar trabalho, eu quero apenas poder ir atrás das minhas filhas. Eu a encaro e ela me encara, sua respiração está ofegante e suas mãos tremia, ela estava pálida e era nítido que sua pele deveria está gelada.— Aqui dentro você obedece as minhas regras e se por acaso você quebrar qualquer
Perpetua narrandoEle sai de cima de mim, parecendo atordoado e eu me viro lentamente sem fazer muito movimento brusco e o encaro, se ele não sabia porque eu sentia medo dele, pelo jeito agora ele sabe.Ele apenas se veste e sai do quarto e quando a porta se fecha, eu respiro aliviada.. Ele quase me matou por causa de uma tal de Brenda, eu olho para uma mesinha ao lado do lado que ele dormiu e vejo um pó branco, Carioca está drogado, ele tinha se drogado enquanto eu dormia.Eu procuro por uma camiseta dele que fosse larga e comprida e acabo encontrando, eu saio do quarto e novamente a casa está vazia, eu reparo no corredor do segundo andar e vejo que tinha algumas portas, tento abrir elas mas estão todas trancadas, eu desço as escadas lentamente para ver se ele estava por aqui e não estava.Eu preciso arrumar uma forma de fugir desse lugar e chegar na Bahia para falar com a minha tia.— Você é a Perpetua? – eu levo um susto com uma voz vindo da cozinha – Carioca saiu meio atordoado.
Perpetua narrandoEu estou caminhando no morro junto com a Lisandra, todos dentro do morro me encara com um certo olhar diferenciado e acredito que deve ser por causa de Carioca.— Aqui é o meu salão – Lisandra fala.— Que legal – eu respondo – você é dona daqui?— Sou , mas hoje está fechado, mas resolvi abrir, depois de uns meses na cadeia você precisa de uma geral.— Não quero te incomodar – eu falo— Não me incomoda, será um prazer – ela fala sorrindo e eu sorrio para ela, Ela começa a lavar o meu cabelo e depois seca e arruma os meus cachos, eu amo de mais o meu cabelo e sempre cuidei dele o máximo que conseguia mesmo sem ter condição, depois que eu conheci Kaique as coisas mudaram, eu não vou mentir ,ele mantinha todos nós , ele chegou de fininho e eu fui me encantando por ele.E olha onde eu estou, refugiada e na mira de um traficante perigoso e que eu nem sei se eu conseguiria sair viva daqui.— Você precisa ter paciência enquanto fala com Carioca, ele é difícil de lid
Carioca narrandoEu a encaro e eu vejo no olhar dela que ela não teria culhão para sair do morro.— Então deixa avisado a todos que eu vou embora – ela fala – não quero ser barrada na entrada do teu morro.Eu abro um sorriso e pego o rádio na mão.— Libera a saída da Perpetua, ela vai embora do morro – eu falo sorrindo para ela.Ela só vira o corpo e entra para dentro da casa, ela sabe que ela não pode sair daqui de dentro, estou começando achar que preciso fazer ela entender quem é que manda aqui dentro e todos os perigos que ela está correndo estando ao meu lado para ficar bancando uma de doida para o meu lado.Eu chego na boca e estava Vitinho e Rk me esperando.— Achei que a gente ia ter que ir atrás de você dentro do morro – Vitinho fala— Estava resolvendo um negocio ai.— Porque chamou a gente? Gastar meu tempo precioso – Rk fala— Estou com uma suposição e acho que tenho que alertar vocês.— Que suposição? – Rk pergunta— Kaique tá vivo.— Não – Voitinho fala – o cara
O choro das duas meninas no lado de fora da casa me chama atenção enquanto eu espero ansioso pela ligação de um dos policiais que é o meu braço direito.Desde que eu descobri que Perpetua se envolveu com Carioca lá dentro, eu vi que ela fez isso para se proteger, porque ele estava naquele maldito dossiê que ela tinha conseguido sobre mim. Ela não era tão burra como eu pensava, porém eu não iria deixar ela ir longe com essa história, eu ia acabar com tudo isso o mais rápido possível.Meu telefone toca e era o policial.— Me diz que você está trazendo ela? – eu pergunto no telefone.— Kaique – ele respira fundo – Não conseguimos pega rela.— Como assim não? – eu esbravejo.— Ela deve ter voltado para o morro.— Seus incompententes vocês precisam encontrar ela e trazer ela para mim – eu grito no telefone.— Vamos continuar procurando – ele fala.Eu desligo o telefone na cara dele e começo a chutar tudo dentro do escritório, não tinha jeito eu teria que ir eu mesmo atrás de Perpetu