Hannah diz: "Lili, como você está?”Hannah diz: “Quando puder me liga. Beijos.”Voltei para casa do instituto com as analisando as fotos que tiramos, a Paola logo me mandou as dela. Estava ansiosa para abrir os email que o enfermeiro enviou, queria abrir no notebook. As pastas da Sara continham os transtornos, as análises, os tratamentos e todas as crises que ela teve durante o período que ficou lá. Eram bem detalhadas. Paciente: Sara FisterburgoNome da mãe: Cristina Fisterburgo (Falecida)Nome do pai: Desconhecido Entrada no instituto…blá bláLinhas de transtorno: Mitomania, Vitimiza ( culpa tudo e todos pelo seus fracassos ), sociopatia, Transtorno de Personalidade Borderline, Transtorno Afetivo Bipolar, Alienação. A paciente foi desvalorizada e subjugada, pela mãe durante toda infância, não recebeu nenhum tipo de afeto. Era obrigada a exercícios rigorosos físicos além da sua capacidade. Era castigada, trancada em um armário se não cumprisse suas tarefas domésticas. A mãe dava
— Maurício, tem contato com o infiltrado? — Sim, ele nem desconfia que nós já sabemos que ele é o verme. — Vou só repassar com o pessoal o plano e te dou o sinal. Foi dito e feito, quando Maurício comentou com o infiltrado, que eu confiei no meu lugar na mansão dos Soltos, ele logo ligou para alguém no depósito onde estavam mantendo a Jade. Com medo que a OE os pegasse , eu sabia que eles sempre tinham um segundo cativeiro. E era nesse translado que nossa equipa ia salvar a Jade. — Repassando pessoal. – joguei o mapa da rodovia onde íamos abordá-los. — JP você vai começar a forçar aqui, isso vai levar eles pro Tobias. Então vocês causam a distração que Carlos e eu ficamos com o prêmio. — Chefe, posso ajudar. Não me deixe de fora dessa, vai? Samantha era melhor que nós todos juntos, mas eu tinha obrigação de protegê-la de situações muito perigosas como essa, porque tinha prometido pro meu tio, como primo e quase um irmão mais velho, já que ela era filha única. — Vamos fazer o se
Enquanto esperava o ônibus, foi me dando um falta de ar horrível, junto com um nó na garganta. Só sentindo essa dor, foi que me dei conta de quanto eu estava apaixonada pelo Rodolfo. Lembrei da primeira vez que ele foi ao meu guichê com aquele jeito cafajeste e a primeira vez que vi ele sem camisa. Tinha certeza que nada nele podia me atrair tanto assim; claro que ele era bonito, mas já tinha ficado com caras gatos antes. O ônibus parou e eu passei pela roleta. Sentei e ao longo do caminho fui lembrando da pequena caminhada que aquele rapaz fez até meu coração. Que bagunça ele causou. Nunca vou esquecer do espanto que tive ao ver ele dançando no salão, conduzindo aquela mulher com tanta elegância. Meu Deus, como vou encarar o La Luna outra vez, ele poluiu aquele lugar de lembranças. Rodolfo, eu não dava nada por você, agora meu coração só falta sangrar de tanta dor. E o pior é que sei que você me quer também. Mas como posso ir contra tudo que há anos venho lutando. — Chega de pens
De volta do paraíso onde estava com o Diego, fui ver todas as mensagens e vi uma da Hannah que me preocupou, então resolvi ligar para ela. — Oi, xodó, onde você está? — Nico está me levando para casa. — Vem pra cá, estou te esperando. — Ok, assim que ele me deixar em casa eu vou. Eu posso dormir aí no quarto da Sara, com certeza ela não volta mais? “Fala pra ela que te levo lá.”— Claro, que pergunta é essa? — O Nico vai me levar aí. Estou na porta de casa, só vou pegar uma troca pro trabalho amanhã, meu chefe é rigoroso. Ouvi uma risadinha meio sem graça. — Ok. Depois que soube que a Hannah vinha, fiquei mais tranquila. — E aí, o que ela falou. Diego me perguntou, me oferecendo uma taça de vinho tinto. — Ela está vindo, ela vai dormir aqui. — Posso ir só quando ela chegar, não quero te deixar sozinha. — Quem disse que você tem que ir. — Daí vocês ficam mais à vontade para conversar. Mas quero saber uma coisa.Ele falou me puxando para sentar no colo dele. E me beijando
Estava ajudando a irmã do bugado a colocar os pratos na mesa, achando tudo aquilo muito estranho, porque lá em casa era só ir no fogão e jogar a comida neles e ir pra sala assistir tv enquanto comia. Nátali era legal, parecia a tia Hannah, mas eles queriam me convencer que eu era da família, que piada. Minha mãe me falou para dar uma chance, mas eu sempre desconfiava das pessoas legais demais, melhor eu ficar com um pé atrás. Então um garoto quase do meu tamanho, bem magro e branquelo, usando óculos veio direto em sua direção e estendeu a mão. Logo de cara houve uma conexão. Então ele disse: — Muito prazer, eu sou o Erick, meus sentimentos pela sua mãe e quero dizer que é um muito bom ganhar mais uma tia. Espero que você goste da gente e façamos com que você se sinta menos triste e sozinha. Eu sabia que a mamãe ia falar comigo de alguma forma, mas até agora eu só tinha ouvido coisas agradáveis para “parecer” aceita. Ninguém falou algo de como eu realmente me sentia, quem chegou ma
Os policiais fizeram todo tipo de pergunta, várias vezes sobre o que tinha acontecido naquela noite. — Senhor, eu estou exausta, já está quase amanhecendo e vocês já fizeram as mesmas perguntas mil vezes e eu respondi…– parei e comecei a chorar novamente, sem lágrimas claro, porque não dava para ficar me desidratando a madrugada inteira. —... eu perdi minha esposa hoje, acabaram de levar o corpo dela e ainda tenho que pensar no funeral. — Tudo bem, mas tem que entender que houve uma cena de crime aqui e a senhora não pode sair da cidade e vai ter que dormir em outro lugar. Provavelmente no instituto que a senhora cumpre pena, agora que sua tutora não está mais presente. Vou só esperar o documento da sua internação e eu mesmo vou levá-la para lá. — Eu não posso ir dormir em um hotel? Isso é um absurdo, eu não quero voltar para o instituto. O doutor que cuida do meu caso, ele me deixava o dia livre para trabalhar. — Eu também vou entrar em contato com ele, com esse agravante que hou
Depois de ter uma boa conversa no carro com a diabinha, estava indo buscar a Hannah para irmos fazer comprar no shopping. O tempo que estava dirigindo fiquei imaginando como ia ser vê-la depois do nosso beijo. Na verdade não foi nada do que eu me lembrava do beijo da época da escola. Da primeira vez, fiquei muito tempo lembrado daquele sentimento de medo e prazer que senti enquanto eu a tinha nos meus braços. Pareciam que tinham fogos de artifício no meu estômago, e olha que eu já tinha beijado algumas meninas da escola. Mas nenhuma me fez sentir o que a Hannah fez. Também fiquei pensando como seria bom contar com ela se fossemos um casal, e pudesse estar indo buscar ela como minha namorada. Acho que daria muito certo, já que ela se deu tão bem com minha irmã. “Minha irmã.”— Chegamos, vou ligar para ela. Gabriela colocou o braço na minha frente e buzinou duas vezes. — Garota, deixa de ser inoportuna. Sabia que tem gente descansando nessa hora. — E você para de ser chato, credo
— Bom dia Sra. Solto, me chamou? — Rodolfo, eu admiro o que você está fazendo, tomando a decisão de ser independente. Eu o escolhi sim por ser alguém que já conhecia, mas isso é porque preciso de alguém que conheço seus antecedentes de perto, não porque sou amiguinha da família ou algo assim. E você veio no momento certo. Dito isso, não espero menos que responsabilidade e compromisso da sua parte. — Sim, senhora. — Eu gerencio de perto todos os setores desta empresa e aos poucos preciso passar alguns para alguém de confiança, vão ser meus olhos, veja bem, não quero abandonar esses setores, apenas preciso que resuma em um relatório para ficar mais simples e eficaz. Tudo que conversar vai ser sigiloso, já deve saber disso, então isso tudo é porque vou abrir mais uma empresa no exterior e tenho que fazer algumas viagens. Jade não tem faro para os negócios, nem preciso dizer. “Aos poucos vou treinando você para tudo que preciso, por isso vai começar como meu secretário particular. Já