O vampiro que corria atrás do carro com a espada pulou alguns metros no ar e eu o perdi de vista, em seguida algo atingiu a parte de cima do carro e eu sabia que era ele. Fiquei olhando o teto do carro por um segundo até que a ponta da espada atravessou o teto e quase atingiu o meu braço. Jason se assustou com o ataque e começou a andar em ziguezague para tentar fazer com que o vampiro perdesse o equilíbrio, mas agora o vampiro tinha onde se segurar e não iria cair facilmente.
Ele puxou a espada e voltou a atacar, dessa vez a espada foi mais para perto de Jason, ele conseguiu abrir as pernas a tempo de não perder... aquilo.
Jason perdeu o controle do carro e saiu da pista, em direção à algumas pedras grandes perto das árvores que rodeavam a rua dos dois lados. Puxei o cinto de segurança e o prendi antes que nós batêssemos. Jason olhou pra mim e eu pra ele, ele não estava usando o cinto de segurança. A espada foi removida do teto do carro antes que atingíssemos as ped
A primeira coisa que vi foi Amélia enfiando uma estaca no coração de Gabriel. Ele gritou e suas veias ficaram visíveis por debaixo da pele fina. Sua pele começou a enrugar e a ficar desbotada, e então ele parecia um cadáver, como deveria ser. A espada estava caída ao lado do seu corpo, mas Amélia nem fez questão de pegar. - Esse era velho. - A voz de Mason era música para os meus ouvidos. Eu estava petrificada, ainda olhando o cadáver que, segundos antes, era o vampiro que estava tentando me matar. - Você está bem, Megan? Assenti com um aceno. Minha garganta estava doendo por causa do aperto e eu ainda estava respirando com certa dificuldade. Amélia e Mason estavam com as roupas sujas de sangue e havia algumas gotas manchando seus belos rostos. Me lembrei de Jason e olhei na direção onde vira o seu corpo. Ao longe, havia alguém debruçado sobre ele. Amélia e Mason seguiram o meu olhar e começaram a correr. Levantei-me e fui atrás deles, um pouco
Voltamos para a mansão com o Jipe que estava estacionado perto de uma árvore. Miranda dirigiu e Amélia foi no carona, deixando-me dividir o banco de trás com Mason e Jason. Fomos embora em silêncio, todos estavam cansados, mas sabíamos que a noite não tinha acabado ainda. Não demoramos muito para passar pelos portões abertos e entrar na propriedade dos Collins. Quase não consegui reconhecer o lugar. As árvores estavam com os galhos quebrados e havia algumas que haviam sido derrubadas, tinha corpos de vampiros mortos por todo lugar, alguns até encima de arvores, pendurados ou empalados pelos galhos. O sangue cobria o chão até a entrada da casa onde o fogo havia sido contido. Dominic estava sentado na escada da varanda com algo nas mãos, parecia ser uma bola de futebol. Quando Miranda parou o carro e todos nós saímos, Dominic deixou a bola de lado e se levantou. Nos aproximamos dele e, ao olhar mais de perto, percebi que a tal bola na verdade era a cabeça decapitada de
Amélia fuzilou Stella com os olhos, fazendo minha tia se mexer na cadeira, desconfortável. - Eu nunca machucaria, Megan. Nem mentiria pra ela. - Depois de tudo o que aconteceu eu não sei se consigo confiar na sua família pra cuidar de alguém da minha. Vocês já tiraram alguém de mim, não podem tirar Megan também. Minha tia estava chorando, eu também estava. Nós nunca falávamos daquele dia, quando Stella perdeu alguém que ela amava por culpa de um Collins. Eu não sabia, e ela nunca falava, quem tinha feito aquela atrocidade. Mas eu descobri quando encontrei a caixa no sótão. - Do que você está falando? - perguntou Amélia. - Eu tinha uma filha. O nome dela era Sophie... Seu marido a matou naquele maldito incêndio. E agora você está aqui na minha casa querendo levar a minha única família para longe de mim. - Stella se curvou para frente e sussurrou para Amélia. - Eu sei o que a sua família é. Sei o que vocês fazem. E eu não quero isso para a Megan
Jason estava no banco do carona e Mason estava atrás comigo. Meia hora depois já estávamos fora da cidade, Amélia dirigia rápido pelas ruas desertas, estava tarde e todos estavam cansados. Ela disse que dormiríamos em uma pousada e pela manhã continuaríamos a viagem. - Para onde vamos? - perguntei enquanto Amélia dirigia. - Estamos voltando para a Academia Nephilim - respondeu Mason. - O que é isso? Uma escola? - Praticamente. Só que não é uma escola comum. - Mason sorriu ao olhar pela janela. - O que tem de especial lá? - A Academia Nephilim foi fundada para treinar Hunters. É lá que temos as aulas de luta que eu te falei e minha mãe leciona lá. - Eu achei que vocês saíam pelo mundo caçando vampiros - comentei. - Está decepcionada? - perguntou Amélia me olhando pelo espelho retrovisor. - Não decepcionada. Só achei que vocês eram matadores profissionais ou coisa parecida. - Por que achou isso? -
※※※※ Quando eu abri os olhos eu sabia que estava sonhando. A madeira escura das portas duplas brilhavam com as gotas de chuva, eu estava do lado de fora da igreja, encharcada pela chuva. A água escorria pelo meu rosto e pingava das pontas do meu cabelo e do meu queixo. Eu estava com frio, podia ver as casas ao redor da igreja com enfeites de natal, mas não sabia em que dia estava. Para tentar me proteger do temporal que me cercava, tentei abrir a porta da igreja, mas ela estava trancada por dentro. Ouvi sons estranhos vindo de dentro da igreja e corri pelo gramado ao redor dela. Tentei olhar pelas janelas, mas eram todas de vitrais e eu não conseguia enxergar muito bem o lado de dentro, apenas algumas luzes fracas, como velas ou algo assim. Lembrei que atrás da igreja tinha uma porta dos fundos, onde dava em uma sala de reuniões. Pra minha sorte aquela porta estava destr
Mason estava preocupado com Megan. Ele foi acordado no meio da noite porque sua mãe encontrara Megan gritando no meio da noite com um corte na barriga. Jason e ele procuraram pelo quarto alguma faca ou qualquer instrumento que Megan possa ter usado para se ferir enquanto dormia, mas não encontraram nada. Eles pagaram o quarto e colocaram Megan no carro para leva-la para a Academia Nephilim o mais rápido possível. Ela estava correndo risco de vida. Mason tentou usar o seu poder para curar Megan, mas não funcionou, como se ela se recusasse a ser curada ou se o corte em sua barriga não fosse algo normal. Ela acordara duas vezes durante o dia, ainda não tinha comido nada, nem bebido água. Mason sabia que ela estava sentindo muita dor e não estava conseguindo ajudar ela. A única coisa que ele poderia fazer era segurar a sua mão e pedir que ela continuasse viva. O ferimento de Megan parecia ter sido feito por uma faca larga ou adaga, ela tinha uma em seu casaco na noite an
※※※※08 de novembro.※※※※ Senti a macies dos lençóis sobre mim, o travesseiro embaixo do meu rosto e o ar esterilizado que entrava pelas minhas narinas. Me remexi embaixo do lençol e senti aquela dor na minha barriga. Abri os olhos lentamente até que eles se ajustassem a luz do ambiente. Eu estava no que parecia ser um quarto hospitalar, com as paredes pintadas de creme, uma poltrona cinza no canto, um vaso com pelo menos duas dúzias de rosas em cima de uma mesinha ao lado da cama, uma televisão pequena na parede de frente para mim e um banco acolchoado branco encostado na parede do lado direito. A minha esquerda tinha uma máquina ligada ao meu coração, a linha verde subia e descia conforme meu coração batia. Tentei levantar a mão para tirar uma mexa de cabelo que caíra sobre o meu rosto, mas senti uma alfinetada no meu braço esquerdo, ao olhar, percebi que havia uma bolsa de soro ligada ao meu braço por um caninho transparente que eu sabia que se cham
Com o canto do olho, percebi que ele corria ao meu lado e rosnava pra mim como se estivesse pedindo para eu parar de correr. Ele tinha mais de um metro de altura, pelos negros e olhos dourados, não como os olhos de Mason, mas como o dourado do ouro mais brilhante, com um leve toque âmbar. Outro rosnado veio de trás de mim e eu sabia que não era o único. Tentei me afastar o máximo possível, mas tropecei em uma pedra e caí. Três lobos me cercaram. Me virei e me arrastei até uma arvore, que usei para apoiar as costas. Comecei a chorar pois sabia que iria morrer. Por um momento, culpei Mason, se ele nunca tivesse se matriculado na escola eu estaria sã e salva na casa da minha tia, dormindo tranquilamente. Ao invés disso eu estava no meio da floresta cercada por lobos que queriam me matar. Foi para isso que eu me despedi de Stella? Para morrer no meio do nada? O lobo de pelo negro ficou no meio dos outros dois e se aproximou. Senti a arma que eu havia pego