__ Assim que voltarmos, vou fazer algo a respeito. __ Digo suspirando.Mais problemas.__ agradeço, senhor. __ Ele pediu voltando a caminhar.Caminho logo atrás dele, Serguei sai e eu paro na saída para conversar com o comandante Yuli Orlov.Os anos passam e o comandante continua o mesmo, um homem aparentando meia-idade, grisalho, com um olhar astuto, um sorriso acolhedor e uma barriga saliente, talvez adquirida ao longo dos anos trabalhando sentado tempo demais.Eu o conheci desde muito jovem, ele era amigo de tia Jamila. A um ano, o mesmo procurou por Andrei pedindo um trabalho como piloto, a empresa em que ele trabalhava, faliu, então precisou dispensar vários funcionários. Andrei perguntou se podia contratá-lo como nosso piloto, pois o piloto que usávamos era exclusivo de Iuri. Concordei, por que eu também o conhecia e sabia que ele era uma boa pessoa e um excelente profissional.Yuli se aproximou de mim, tirou seu quepe e encostou o mesmo em seu peito esquerdo, com sua mão livre,
__ Pelo que eu estou vendo, agente Ramos, esse tal chefe não vai aparecer... É tão covarde quanto seus subordinados. __ Vocifero apontado para as imagens das câmeras.A chefe de segurança da Presidenta com as outras agentes conseguiram montar a base em uma casa ao lado da casa que os sequestradores estão. Os donos aceitaram ceder a casa por alguns dias, nem sei a desculpa que eles usaram para convencê-los.E nem quero saber, já tenho problemas de mais na cabeça, para me preocupar com isso.A base estar montada na sala de estar fica mais fácil o acesso à saída caso suja algum contratempo.__ Talvez o senhor tenha razão. __ Ela disse com a voz carregada de tensão. __ O que o senhor deseja fazer agora?__ Falta dez minutos para uma da manhã, prepare os equipamentos, vamos invadir. __ Ordeno e ela sai para fazer o que peço.Sou um homem de palavra, disse que atacarei na primeira hora do dia e assim afarei.Mando uma mensagem pelo WhatsApp para Iuri avisando que vamos atacar, rapidamente e
__ Sim, senhor. __ Todos respondem em uníssono.A agente Dias distribui os quatro Walk Talk na cor preta com o micro ponto eletrônico na cor branca. Encaixo o cabo do micro ponto eletrônico em meu Walk Talk, ponho o rádio no bolso de meu terno e o micro ponto em meu ouvido, todos na sala fazem o mesmo.__ Vamos!__ O senhor não vai se trocar? Trouxemos roupas adequadas. __ Eu ainda usava meu terno quatro peças na cor preta, ao contrário delas que usavam roupas militares, feminina na cor preta.Adequadas? Penso. Qual roupa seria adequada para matar um homem? Por mim tanto faz a roupa que uso.__ Não preciso, vamos! __ Saiu na frente e elas logo atrás de mim.__ Ele é assim, mas não morde meninas... Direcionei as imagens das câmeras deles para o nosso e cortei o deles. __ Andrei informa pelo rádio e as meninas rir pelo comentário.__ Andrei, foco. Quantos homens estão fazendo guarda na frente da casa?Eu e as agentes pulamos o muro que dar acesso ao cativeiro de Ania, já que não podemos
__ Puta merda. __ Resmunguei.Quando ele para, me levanto e atiro em sua direção em meio às chamas.Contorno o fogo pelo canto da sala e encontro o corpo do homem caído no chão com um tiro na cabeça.__ Filho de uma puta, desgraçado. __ Esbravejo olhando o cadáver a minha frente.__ Dmi, você está bem? Volkova?__ Estou bem Andrei. Suspiro. __ Foi só um tiro de raspão e alguns arranhões. Acredito que estou ficando velho.__ Mais cuidado cara. __ Ele pediu com a voz preocupada. __ Conseguir despistar a polícia, troquei o endereço e mandei eles para mais longe. Os policiais vão ter uma bagunça e tanto para limpar.__ Andrei, está tudo bem, eu estou bem. Onde estão os outros dois?__ Ainda na cozinha, eles estão te esperando, então tome cuidado.__ Certo!__ Estamos com a Ania. Ouço a agente Ramos falar e respiro outra vez, mas dessa vez, aliviado. __ Conseguimos um deles, vivo também.__ Ótimo, levem ela e o informante para a base, já estou a caminho, só preciso resolver dois problemas.
__ Vocês ainda não me perguntaram o porquê ainda estão vivos. __ Digo, enquanto caminhava de um lado para outro, observado as caras dos homens a minha frente.Quando cheguei a base com a mulher chamada por Ania carinhosamente como Nanda, mas que logo descobri se chamar Iolanda Peterson de Sá, mora nos Estados Unidos na cidade de São Francisco, tem trinta e quatro anos, ex submarinista. É assim que são chamados os marinheiros tripulantes de um submarino militar.Informação de Andrei... Como se eu quisesse saber.Ela era uma especialista em acústica, seu trabalho era avaliar os níveis de ruído do mar, detectar se a submarinos por perto ou qualquer outra categoria de ameaças. Nunca, encontrara alguém que tivesse trabalhado com isso.Pessoas como ela foi de grande ajuda na Segunda Guerra Mundial. Penso impressionado.A senhorita Peterson se aposentou cedo. Depois que o submarino em que trabalhava sofreu uma explosão "letal" que matou a tripulação instantaneamente, ela ficou traumatizada c
__ É, talvez não, mas tenho que reconhecer que acabar com você já é um bom começo. Melhor fazer uma contagem, porque os corpos estão se empilhando.__ Tenho gente o suficiente para terminar o que comecei Volkova.Droga.__ Por falar nisso, se estiver procurando a Ania, ela já está bem segura. Sou uma purga atrás de sua orelha, estranho, uma pedra em seu sapato, acostume-se com isso. Lembre-se: toda decisão tem consequências. __ Ele fica em silêncio por alguns segundos e volta a falar novamente.__ Se não tem coragem de fazer o que é necessário, você não serve para nada. __ Sua voz beirava a prepotência. __ Como vai aquela dançarina gostosa, Volkova? Elisa é o nome dela, não é?O quê?__ Uma bailarina fracassada com um pai abusador e uma mãe morta. Sou uma pedra em seu sapato também Volkova, porque diferente de você, eu sei tudo sobre a sua vida e você não sabe nada sobre mim. __ Ele completou com uma risada sinistra.Droga, ele realmente está certo, eu não sei nada sobre ele. Sinto-me
Estou em minha casa, sozinha, totalmente relaxada, divagando em meus pensamentos.Não está tão ruim assim, não está mesmo. Tento me convencer.__ Droga, a quem quero enganar? __ Gruir incomodada.Acordo sozinha, só ouço silêncio no ar, no quarto, em toda parte. Não estou relaxada e nem queria estar em casa.__ Nem enganar a mim mesmo sirvo. Reclamo.Esse foi meu dilema durante esse dia que terminou estranho e o começo do dia seguinte não foi diferente.O problema só pode estar em mim. Volto a pensar confusa.__ Não dá para piorar... Repita isso mais vezes Elisa, talvez você realmente acredite. Tornei a dizer sarcástica.Como eu queria que Kátia estivesse aqui me chamando para sair e curtir a noite, como ela normalmente faz, mesmo que eu sempre diga não para ela, a mesma faz suas jogadas e no final acabo aceitando.Caramba, nem acredito que sinto falta disso! Sorriu achando graça de meus pensamentos.Tenho falta de dançar até nossos pés doerem, de ela elaborando seus altos planos perfe
__ Não foi assim que imaginei que aconteceria quando te encontrasse.__ Já sei, imaginou que eu aceitaria seu ataque de ciúme como uma cadelinha obediente?__ Não é nada disso, pare de distorcer minhas palavras.__ Tanto faz. Olhe, me der licença, ministro… __ Digo já me virando para sair.__ Aonde vai?__ Vou me trocar já que está te incomodando tanto… Sabe de uma? __ Perguntei parando no meio do caminho. __ Estou na minha casa, se está incomodado pode sair você. __ Encaro ele e cruzo os braços, não escondendo minha irritação.__ Eu não vou sair coisa nenhuma. __ Ele respondeu parecendo está surpreso com minhas palavras. Respirou pesadamente e passou as mãos em seus cabelos, nervoso.Deixa eu passar também, deixa? Pensamento idiota. Você é tão babaca quanto ele, Elisa.Eu queria saber o porquê meu dia terminou tão sem sentido e a resposta está bem na minha frente, com um metro e oitenta e seis de altura. Eu queria vê o Ministro e muito…Que droga, esse interesse está mais sério do qu