__ Kátia?__ Sim, deusa?__ Tenho algo para te contar também… Na verdade, contar às três. __ Encarei Ania e Nanda sentadas no outro sofá.__ Pelo seu tom de voz parece sério. __ Nanda comentou.__ É sério sim, Nanda! __ Afirmei.__ Então conta deusa, pare de suspense! __ Katia pediu exasperada, voltando a senta no sofá e me fitando. Revirei meus olhos em resposta. Ô mulher apressada.__ Sabe o tal homem capturado que o ministro contou em nossa reunião lá em casa?__ Sim, sabemos. __ Nanda responde com o olhar tenso.__ O que tem esse homem deusa?__ Ele… Ele é o Joel Kátia.__ O QUÊ? Como esse maldito se envolveu nisso? Esse desgraçado, desumano, troglodita, filho dá…__ Kátia, por favor, se acalme. __ Peço segurando a sua mão. Ela respirou fundo e depois soltou o fôlego.Kátia sabe o quanto é difícil para mim falar desse homem. Acreditei que estaria livre dele.Contudo, o satanás gosta de pregar peças.__ Quem é Joel meninas?__ O Joel é o projeto de pai que não deu certo, Nanda. Um
3 meses depoisComo o tempo passa rápido. Parece que foi ontem que a minha vida deu um solavanco, mas, na verdade, ontem fez exatamente 3 meses que tudo isso começou, quando o ministro me apresentou as meninas. O ministro vem quase todas as noites nos ver, saber como estamos, dorme em casa, mas sempre surgi algo que o faz sair as pressas. O presidente Iuri não apareceu mais. Dmitri avisou que ele precisou viajar a trabalho. Ania ficou muito triste, mas conversa com o pai por videochamada todas as noites antes de dormir. Nanda finge não escutar a conversa dos dois, mas sei que é mentira. Sei que ele liga para Nanda também e ela fica feliz na maior parte do tempo, contudo, algumas vezes a peguei chorando no banheiro de seu quarto, talvez as lembranças ainda a deixe entristecida, eu não sei o exato motivo, pois, ela diz que tudo está bem, mesmo não estando. Eu não insisto, porque sei que ela falará no tempo certo. Assim espero! A cada dia Nanda se abre comigo, me conta a história d
Blyad', esses velhos são insuportáveis. Penso ao reunir toda a minha paciência para não explodir de raiva, tédio ou até mesmo frustração.Passo minha mão direita em meus cabelos não escondendo minha impaciência, porque a paciência mesmo já tinha se esgotado.Eu queria passar o dia com minha deusa, não estou ficando muito tempo com elas nesses 3 meses que se passaram.E não é por falta de vontade, pois, isso tenho e muito.Às vezes a sua teimosia me irrita, mas, ao mesmo tempo, me enche de ótimos sentimentos, ela me diverte, só em observar o seu sorriso, sinto uma paz que me parece imerecido.Svyatoye der'mo, cadê Iuri quando preciso dele?Sei que atrapalhei o momento dele com a senhorita Peterson naquele dia e desde então, o mesmo tem me punido com sua extrema irritação. Já expliquei sentir muito, no lugar dele eu também ficaria com raiva, por isso o entendo. Porém, me deixar sozinho a noite toda com esses velhos insatisfeitos com tudo é muita sacanagem da parte dele.Durante 3 longos
__ Serguei, já me sinto um velho perdendo a paciência tão facilmente. __ Admitir.__ Mas também, esses homens fazem qualquer um perder a paciência. __ Assim que ele respondeu, sua face ficou vermelha, sorriu ao ouvir suas palavras impensadas. _ Senhor, eu…__ Tudo bem, Serguei!__ Não é profissional de minha parte.__ Você tirou as palavras de minha boca. __ Declarei não escondendo meu divertimento. Desfaço o nó de minha gravata preta e a tiro, com meu terno também na cor preta. Fico apenas com a camisa social na cor preta e tenciono meus músculos tentando tirar toda a tensão presente neles.Descido pedir meu almoço por telefone e o aguardo chegar pacientemente, dispensou Serguei para almoçar, mas o mesmo negou, ele explicou que só sairia, quando o próximo segurança de minha equipe chegasse para substituí-lo. Algo que entendi perfeitamente.Eu me vi ansiando que a noite chegasse logo, eu me reunirei com Iuri e saberei o motivo da viagem de Andrei, mas o que me deixa eufórico é o que f
__ MALDITO VOLKOVA. __ Gritei me levantando de minha cadeira, enfurecido. Descontrolando, quebro tudo que eu vejo pela minha frente no meu escritório. __ MALDITO, DESGRAÇADO! __ Tornei a gritar pegando o copo de minha bebida em cima da mesa e jogando na parede. Nem o som do vidro se quebrando conseguiu aliviar a minha cólera. Em meu rompante de raiva, acabei quebrando a lâmpada e deixando o escritório tomado pela escuridão. Caminhei até a janela e a abrir deixando o sol da tarde me banhar com a sua energia. Por sorte, a minha casa é próxima ao Grade Palácio do Kremlin, ou todos desconfiariam de mim, ao ver meu excesso de fúria. __ Eu não posso perder a calma, tenho que pensar com clareza. __ Digo a mim mesmo em voz alta olhando tudo a minha volta, pensando no meu passo a seguir. Não sei o porquê estou com tanta raiva, por sorte a neguinha morreu e será mais uma vitória minha. Volkova deve imaginar que isso é apenas a minha maneira de tomar o poder do país, mas não, isso é mais
Rio de janeiro, 20 de abril de 2014. __ PARA PAPAI, O SENHOR TÁ ME MACHUCANDO. __Grito tentando o fazer parar de me bater.Eu não sei o que fiz para ele me castigar dessa forma.Na verdade, nem sei o que fiz para ter um pai feito ele.Desumano, mau, um monstro.__ Te machucar sua ingrata? Eu devia era lhe espancar até a morte sua idiota. __ Ele diz batendo em meu rosto com seu cinto.Por sorte não sangrou, mas doeu e muito.Eu tentava não chorar, mas minhas tentativas nunca davam certo.__ Você estragou tudo, assim como a sua mãe idiota. Duas insuportáveis, pior decisão que tomei foi seduzir aquela imprestável da Eloisa. Acreditei que iria me dá bem, mas me ferrei por sua causa. __ Apontou o dedo para minha face irritado. __ Ganhei uma deserdada e uma fedelha de quebra. Vida injusta. __ Ele reclama.__O senhor queria que eu dormisse com aquele homem repugnante. __ Digo em meio às lágrimas, ignorando os insultos dele.__ É só uma transa Elisa, eu ia ganhar um dinheiro alto com isso. O
__ O que aquele monstro fez com você minha deusa? Você está toda marcada.__ Estou bem, ele não pode mais me machucar.__ E não pode mesmo! __ Ela disse com firmeza. __ Aquele maldito.__ Trouxe todos os seus documentos, Elisa? Tio Marcelo me perguntou enquanto dirigia.__ Trouxe sim, senhor.__ Ótimo! Vamos direto para o aeroporto Kátia, sua mãe já chegou lá com suas malas. Ele parecia zangado com algo.__ Aeroporto? Malas? Perguntei confusa.__ Sim, a três dias que tento falar com você, mulher. Tenho novidades. __ Ela disse com um meio sorrindo. __ Enfim meus pais conseguiram me fazer cursar minha faculdade na Rússia. Você sabe sobre isso.__ Sei sim. __ Aperto minhas mãos uma na outra com aparente nervosismo. __ Mas... Você está indo embora? Pergunto não escondendo a minha tristeza.__ Vou sim. __ Começo a chorar ao ouvir suas palavras.__ Poxa! Você vai embora? __ Minha voz sai em um sussurro.__ Shiii, não chore deusa, eu vou embora, mas você vem junto comigo.__ Vou?__ Vai sim,
Rússia, Moscou. Dias atuais.__ Por favor, Elisa, nunca te pedi nada.Que Mentirosa! Eu não sei como fui arranjar uma amiga tão pidona assim meu Deus. Penso revirando meus olhos, divertida.__ Kátia, pare de mentir mulher, você vive me pedindo coisas... Deusa faça isso, deusa faça aquilo. Digo com a cara feia fazendo gestos com minhas mãos enquanto terminava de lavar a louça e Kátia enxugava.__ Assim você me ofendi amiga. __ Ela declarou enxugando a última panela e guardando-a no armário. __ Enfim acabamos, agora podemos conversar direito.__ Amiga você sabe que não me importo em te fazer favores. __ Digo enxugando minhas mãos na toalha de prato que estava em suas mãos e caminho em direção a sala. __ Mas isso é demais para mim. __ Completei me jogando no sofá e tocando o colar em meu pescoço. Das poucas lembranças que sobraram de mamãe. A cinco anos eu e Kátia viemos para viver uma nova vida.No avião Kátia recomendou que eu não fosse dizendo que os russos têm preconceito com negros