__ Kátia não acredito muito nesse interesse dele, faz dois dias que ele não aparece no restaurante, ele não pediu meu número, meu endereço... Não sei. __ Declarei frustrada me jogando na cama, usando apenas um short preto e uma blusinha de malha na cor azul.Eu e Kátia conversávamos pelo Google Meet por vídeo-chamada em nossos notebooks.Kátia como sempre, toda a vontade em seu quarto, nua, despreocupada, como se não tivesse o "risco" de seus pais a pegar.Kátia é doida mesmo, eu não teria coragem.__ Ele é um Ministro, deusa. __ Ela volta a falar cortando a linha de meus pensamentos. __ Você quer o quê? Ele deve estar ocupado. Ele não precisa pedir seu número, ele tem meios para conseguir.__ Kátia, quem quer arranja tempo, não desculpas. E daí que ele tem meios? Eu tenho que ficar esperando?__ Você está certa... Mas lembrando: ele disse que precisa resolver algo, se ele disse que voltaria, eu acredito, homens russos são firmes em suas promessas. __ Kátia afirma com um sorriso confi
Escolhi vesti um macacão longo de pantalonas, ombro a ombro com estampa afro. Não passei maquiagem, apenas usei um gloss na boca para não ficar ressecada. Optei em deixar meus cabelos soltos, os cachos estavam maravilhosos.Não é sempre que isso acontece.Peguei minha bolsa (tiracolo) pequena, sai de casa cheia de planos para o meu dia.Visitar o museu, alguns pontos turísticos, almoçar em um bom restaurante, entre outras coisas.A ideia é voltar para casa só após anoitecer.Minha primeira parada foi no restaurante Bolshoi. Escrevi uma carta de demissão pelo meu próprio punho e fui até lá entregar a Anton__ Que merda é essa Elisa? __ Ele me questionou com a voz alterada chamando a atenção de alguns funcionários do restaurante.Aparentemente, Anton acabara de chegar, sempre quando o faz ele fica no salão falando com algumas pessoas ao celular.__ Minha carta de demissão, Anton.__ Para quê isso? Só porque te dei férias? Já estava na hora.__ A questão não é essa...__ Então, porquê?_
__ Senhores passageiros, aqui é o comandante Yuli Orlov, acabamos de entrar em espaço brasileiro. Aguardando confirmação para pouso.__ O que vai acontecer quando chegarmos lá, Dmi? __ Andrei perguntou guardando seu notebook na bolsa, enquanto Serguei tentava disfarçar seu medo de avião, algo que estava muito longe de consegui.Até que, ele aguentou firme.Eu nem imaginaria que ele tivesse medo de algo. Podia rir dessa situação, mas estava preocupado demais para isso.__ Estará quatro agentes mulheres que faz a segurança da Presidenta em que ela confia... Que a propósito, já estão nos aguardando no aeroporto. __ Completo lendo a mensagem que acabei de receber do celular da Presidenta Liliane Akili.__ Mulheres? __ Ele indagou surpreso. __ Nunca trabalhei com mulheres.__ Eu já trabalhei no exército, mas acredito que essa situação é diferente.__ Põe diferente nisso! Se for como a chefe, tenho certeza que são ótimas. Andrei sempre arranja um motivo para rasgar ceda para a senhorita Ak
__ Assim que voltarmos, vou fazer algo a respeito. __ Digo suspirando.Mais problemas.__ agradeço, senhor. __ Ele pediu voltando a caminhar.Caminho logo atrás dele, Serguei sai e eu paro na saída para conversar com o comandante Yuli Orlov.Os anos passam e o comandante continua o mesmo, um homem aparentando meia-idade, grisalho, com um olhar astuto, um sorriso acolhedor e uma barriga saliente, talvez adquirida ao longo dos anos trabalhando sentado tempo demais.Eu o conheci desde muito jovem, ele era amigo de tia Jamila. A um ano, o mesmo procurou por Andrei pedindo um trabalho como piloto, a empresa em que ele trabalhava, faliu, então precisou dispensar vários funcionários. Andrei perguntou se podia contratá-lo como nosso piloto, pois o piloto que usávamos era exclusivo de Iuri. Concordei, por que eu também o conhecia e sabia que ele era uma boa pessoa e um excelente profissional.Yuli se aproximou de mim, tirou seu quepe e encostou o mesmo em seu peito esquerdo, com sua mão livre,
__ Pelo que eu estou vendo, agente Ramos, esse tal chefe não vai aparecer... É tão covarde quanto seus subordinados. __ Vocifero apontado para as imagens das câmeras.A chefe de segurança da Presidenta com as outras agentes conseguiram montar a base em uma casa ao lado da casa que os sequestradores estão. Os donos aceitaram ceder a casa por alguns dias, nem sei a desculpa que eles usaram para convencê-los.E nem quero saber, já tenho problemas de mais na cabeça, para me preocupar com isso.A base estar montada na sala de estar fica mais fácil o acesso à saída caso suja algum contratempo.__ Talvez o senhor tenha razão. __ Ela disse com a voz carregada de tensão. __ O que o senhor deseja fazer agora?__ Falta dez minutos para uma da manhã, prepare os equipamentos, vamos invadir. __ Ordeno e ela sai para fazer o que peço.Sou um homem de palavra, disse que atacarei na primeira hora do dia e assim afarei.Mando uma mensagem pelo WhatsApp para Iuri avisando que vamos atacar, rapidamente e
__ Sim, senhor. __ Todos respondem em uníssono.A agente Dias distribui os quatro Walk Talk na cor preta com o micro ponto eletrônico na cor branca. Encaixo o cabo do micro ponto eletrônico em meu Walk Talk, ponho o rádio no bolso de meu terno e o micro ponto em meu ouvido, todos na sala fazem o mesmo.__ Vamos!__ O senhor não vai se trocar? Trouxemos roupas adequadas. __ Eu ainda usava meu terno quatro peças na cor preta, ao contrário delas que usavam roupas militares, feminina na cor preta.Adequadas? Penso. Qual roupa seria adequada para matar um homem? Por mim tanto faz a roupa que uso.__ Não preciso, vamos! __ Saiu na frente e elas logo atrás de mim.__ Ele é assim, mas não morde meninas... Direcionei as imagens das câmeras deles para o nosso e cortei o deles. __ Andrei informa pelo rádio e as meninas rir pelo comentário.__ Andrei, foco. Quantos homens estão fazendo guarda na frente da casa?Eu e as agentes pulamos o muro que dar acesso ao cativeiro de Ania, já que não podemos
__ Puta merda. __ Resmunguei.Quando ele para, me levanto e atiro em sua direção em meio às chamas.Contorno o fogo pelo canto da sala e encontro o corpo do homem caído no chão com um tiro na cabeça.__ Filho de uma puta, desgraçado. __ Esbravejo olhando o cadáver a minha frente.__ Dmi, você está bem? Volkova?__ Estou bem Andrei. Suspiro. __ Foi só um tiro de raspão e alguns arranhões. Acredito que estou ficando velho.__ Mais cuidado cara. __ Ele pediu com a voz preocupada. __ Conseguir despistar a polícia, troquei o endereço e mandei eles para mais longe. Os policiais vão ter uma bagunça e tanto para limpar.__ Andrei, está tudo bem, eu estou bem. Onde estão os outros dois?__ Ainda na cozinha, eles estão te esperando, então tome cuidado.__ Certo!__ Estamos com a Ania. Ouço a agente Ramos falar e respiro outra vez, mas dessa vez, aliviado. __ Conseguimos um deles, vivo também.__ Ótimo, levem ela e o informante para a base, já estou a caminho, só preciso resolver dois problemas.
__ Vocês ainda não me perguntaram o porquê ainda estão vivos. __ Digo, enquanto caminhava de um lado para outro, observado as caras dos homens a minha frente.Quando cheguei a base com a mulher chamada por Ania carinhosamente como Nanda, mas que logo descobri se chamar Iolanda Peterson de Sá, mora nos Estados Unidos na cidade de São Francisco, tem trinta e quatro anos, ex submarinista. É assim que são chamados os marinheiros tripulantes de um submarino militar.Informação de Andrei... Como se eu quisesse saber.Ela era uma especialista em acústica, seu trabalho era avaliar os níveis de ruído do mar, detectar se a submarinos por perto ou qualquer outra categoria de ameaças. Nunca, encontrara alguém que tivesse trabalhado com isso.Pessoas como ela foi de grande ajuda na Segunda Guerra Mundial. Penso impressionado.A senhorita Peterson se aposentou cedo. Depois que o submarino em que trabalhava sofreu uma explosão "letal" que matou a tripulação instantaneamente, ela ficou traumatizada c