Ao acordar sentia-se dolorido, a princípio não sabia onde estava, dois homens altos, vestidos de branco estavam ao seu lado, eram claros como ele, cabelos castanho-claros, pele alva e uma luminosidade que emanava de sua presença que quase cegava Haniel.
Ele próprio estava diferente, exatamente como nos sonhos que tinha com Eduarda, porém algo estava diferente, esse não era sonho, era a mais profunda realidade.
Sentou-se de imediato, observou tudo a sua volta, os homens de branco estavam a alguns metros de distância e inicialmente apenas sorriam pra ele, sem nada dizer.
O ambiente era imenso, como uma grande sala com uma única cama bem no meio, no chão, uma pequena névoa impedia-o de ver do que era formado o chão.
Os homens de branco andavam sob a névoa, seus pés meio que imersos flutuavam a poucos centímetros do chão, vestiam uma túnica branca, a
Haniel acordou pela manhã em sua casa, deitado em sua cama e sem camisa, novamente não tinha mais o corpo de um homem feito, apenas de um garoto de quinze anos, isso o confundia mais que todas as outras coisas, porém, sentou-se imediatamente na cama, passando a mão no ventre intacto, sem marca ou ferimento algum, no chão, ao lado da cama estava o Tênis que tinha usado na noite anterior, na mesinha de cabeceira, sua carteira e seu relógio.Não se lembrava em nada de como tinha ido parar lá, sua última lembrança antes de desmaiar fora do assaltante tirando seus pertences enquanto ele rolava de dor pela calçada.Depois o sonho, ou mais do que um simples sonho, aquilo era uma viagem, ele tinha mesmo ido a outro lugar enquanto dormia, enquanto seu corpo descansava seguro em sua cama, sua mente fora longe, à sua verdadeira casa.Era em torno de nove horas da manhã quando l
A rotina de Haniel agora seria completamente diferente, pois ele tinha uma missão a cumprir, pelo menos tinha uma auxiliar, Andréia, não tinha nem ideia de como seria sua vida de agora em diante, nem quais perigos os exércitos do mal estariam preparando.Despediu-se de Andréia e voltou pra casa, novamente era tarde, mas diferentemente da última vez que fizera esse caminho, agora não tinha receio algum, talvez por que dessa vez podia sentir ver claramente a forma de Salatiel caminhando ao seu lado.– O que vai fazer Haniel?– Pretendo conversar com ela.– No Bosque?– Isso mesmo.– E o que vai dizer-lhe?– Tudo.– Como assim, tudo?– Tudo o que ela puder ou estiver preparada pra ouvir.– Por um momento você me assustou, irmão.– Eu sei, apesar de estar na condição humana ten
Acordou no mesmo horário de sempre, pontualmente às seis horas da manhã, quarenta minutos depois estava na calçada, esperando a van que a levaria para a escola, tão logo a van encostou, antes de subir descobriu que tinha esquecido sua chave de casa.Naquele dia, quando voltasse da escola todos estariam fora, era preciso levar caso não quisesse ficar esperando do lado de fora até o meio da tarde, deixou a van esperando e correu ao seu quarto, era sempre no mesmo lugar que a chave ficava, na mesinha de cabeceira da cama.Mas naquele dia, tinha algo mais além da chave, algo que ela nunca imaginou que fosse encontrar, um cartão, mais ou menos do tamanho de um cartão de crédito, feito de ouro maciço.Não podia acreditar no que seus olho viam, era como se o tempo tivesse parado, até ali.Tudo o que sonhara naquela noite podia muito bem ser apenas mais um daqueles s
Eduarda acordou na enfermaria com o rosto vermelho e dolorido, embora tivesse uma vaga ideia, nem ela sabia ao certo o que a atingira.Abriu os olhos e não havia mais ninguém por perto, apenas Andreia sentada numa cadeira sorriu para ela quando viu a amiga despertando.– Olá Bela Adormecida!– O que aconteceu?– Você ganhou uma bolada.– Cadê meu óculos?– Infelizmente já era, a bola fez ele em pedacinhos.– Droga, meus pais vão me matar!– Nem tanto assim, eu tava com o Hanny enquanto a enfermeira da escola te atendia, ele deu um jeitinho – entregou-lhe os óculos que estavam na cabeceira da maca onde ela estava deitada.– Então ele pode concertar meu óculos e não pode evitar que aquela droga de bola me acertasse? – Respondeu indignada, sentando-se na maca e colocando o ócul
Mesmo após os anjos desaparecerem, as duas continuaram ainda abraçadas em silêncio durante um tempo, até que afastaram-se devagar, mas ainda assustadas, sem dizer nada uma à outra.Andreia levantou-se foi ao banheiro que ficava em seu quarto, Eduarda sentou-se na mesma cadeira de sempre, junto a mesinha de estudos de Andreia.Ao sair do banheiro Andreia foi à cozinha deixando Eduarda ainda pensativa sentada na cadeira em frente ao computador, sozinha, apertando as juntas dos dedos, cabeça baixa, quando Andreia trouxe-lhe um copo com água da cozinha, e sentou-se no canto da cama, em frente a Eduarda, que tomou alguns goles e colocou o copo pela metade na mesa, após mais alguns segundos calada, falou olhando para os próprios pés:– Fico me perguntando se algum dia vou me acostumar com isso tudo, Dé – só então olhou pra amiga, esperando a resposta.&n
Nunca fora mais longe do que até o pomar ou o riacho no centro do Bosque da Paz, porém desta vez esperou incansavelmente sentada à beira do mesmo riacho que decidiu andar um pouco, passou pelo pomar, apanhou uma das frutas gigantes e maravilhosas, continuou lentamente observando tudo ao seu redor.Um esquilo que subiu numa árvore próxima, maior do que um gato doméstico, um pássaro colorido pousou próximo a sua cabeça, parecia não ter medo algum, levantou sua mão direita e o pássaro pousou nela, e ficou olhando-a com interesse, era lindo, grande, maior do que um pombo, todo colorido, seu nome fugia-lhe à memória mas de repente lembrou-se, chamava-se Saíra-Sete-Cores, espantou-se, pois lembrou da professora falando sobre as maravilhosas cores deste pássaro e ele não era maior do que um canário, esse no entanto era quase do tamanho de um papagaio.
Ao entrar em casa, Andréia foi direto pro quarto, encontrou a cama vazia e um bilhete sobre a mesinha do computador: ”obrigado por tudo minha amiguinha do coração, você sabe o quanto é especial pra mim, se precisar de algo, me ligue, bjs, DUDA” sorriu para o bilhete, finalmente Eduarda estava melhor.E ela pior.Decidiu que seria melhor tomar um banho e esquecer tudo, tinha tarefas pra fazer, talvez conseguisse se concentrar nos livros e esquecesse um pouco a briga com Douglas, sentou na cama e deparou-se com a horrível sensação de ter se esquecido de algo, porém não tinha ideia do que fosse.Levantou-se e apalpou todos os seus bolsos, visto que não tinha levado bolsa, não encontrou nada que pudesse lembra-la do que estaria faltando, sentou-se na ponta da cama, de frente com a mesinha do computador, onde encontrou o bilhete de Eduarda, olhou para o bilhete, de repente
Depois que o carro se fora, Andréia não viu mais nada, numa incrível fração de segundos estava no quintal de sua casa, ainda tremendo. Não viu quando seu próprio guardião, irmão de Haniel a trouxe de volta pra casa.Haniel havia sumido, mas no instante em que seu irmão a deitou em sua cama no quarto, ela ouviu claramente a voz em seu ouvido: “Durma Andréia, Haniel precisa falar com você no Bosque”.Havia um senso de urgência no ar, estava claro que com a chegada do homem de terno alguma coisa tinha mudado, talvez não houvesse necessariamente mudado, mas sim adiantado alguma coisa. Nunca antes ouvira a voz de seu anjo, muito menos pensou em vê-lo algum dia, mesmo assim em poucas horas não só tinha o visto como já ouvira sua voz duas vezes e em uma delas ele tocara seu ombro!Estava inquieta, não conseguia dormir, rolava de