Após o soldado chegar à porta com urgência, chamando pelos curandeiros, um clima de alarme e preocupação pairou sobre o quarto. Cateline, ainda desorientada pelo desmaio, tentou se levantar, desesperada para ajudar, mas uma dor intensa em sua barriga a fez quase cair, sendo prontamente amparada por Félix. Uma onda de agonia percorreu seu rosto, refletindo a dor que percorria sob seu corpo.Felix a ajudou a se deitar novamente na cama, e disse a ela com o olhar de preocupação, seus olhos transmitindo medo, ele temia por sua amada.— Por favor.. não se esforce tanto assim.. eu vou ver o que está acontecendo, darei um jeito em tudo, apenas descanse..Félix pediu à esposa, que balançava a cabeça concordando, lágrimas de preocupação nos cantos de seus olhos, enquanto dizia baixinho ao seu marido.— Ok, querido… mas por favor, volte o mais rápido possível para me contar tudo, okay? Félix beijava o topo da cabeça de sua amada. Ele prometia que voltaria para contar a ela tudo.Félix insisti
Lucinda permaneceu em silêncio após ser confrontada por Félix, que discordou de sua sugestão. A raiva estava evidente em seus olhos enquanto ela saía do quarto sem dizer uma palavra, deixando Félix confuso, sem entender o que se passava em sua mente. No entanto, ele estava determinado a manter seu plano original.Era óbvio para Lucinda que seu cunhado era teimoso, especialmente após a perda de seu pai. Parecia que ele queria provar algo a todos, mesmo que não fosse necessário."Me desculpe, Félix... Mas vou ter que fazer do jeito difícil", murmurou Lucinda para si mesma enquanto percorria os corredores do grande castelo.Tomas, que estava presente, permaneceu em silêncio. Neste momento, sua única preocupação era Sandy, seu filho e Saulo. O garoto estava sofrendo terrivelmente, mesmo com a ajuda dos curandeiros. Tomas sabia que precisava contar a Sandy o que estava acontecendo, então decidiu se dirigir até ela. Ele pediu aos soldados e a todos os outros que evitassem comentar sobre a s
Lucinda sabia que era a única York capaz de resolver aquele problema, mas também compreendia que não poderia contar com a ajuda de Sandy nem de Cateline, dada a fragilidade da saúde delas.— Joaquim, meu amor... eu estou voltando... prometo que iremos acabar com isso tudo logo... — Lucinda falava consigo mesma, dando passos firmes enquanto andava pelos corredores; tudo dependia dela agora.Decidida a acabar com aquela maldita maldição, Lucinda procurou por sua filha Jade e sua sobrinha Crystal. Ela sabia que apenas essas duas poderiam ajudá-la naquele momento difícil.No quarto das jovens, Lucinda encontrou Cristina junto a elas; a loba também estava preocupada com a situação, e mesmo abalada por conta da perda de seu Alfa, ela permanecia em seu posto, cuidando de Crystal como havia prometido a sua mestra.— Preciso falar com vocês. - A Lady disse a Crystal e Jade. Elas olhavam para Lucinda, vendo o quão preocupada ela estava; era nítido em seu rosto a urgência daquela conversa.Crist
Lucinda caminha apressadamente pelo extenso corredor até chegar ao quarto de Cateline. Ao lado dela, Jade acompanha; Cristina ficou com Crystal, pois a loba temia que a jovem tramasse algo. A Lady observa atentamente o entorno ao se aproximar dos aposentos de sua irmã. Para que seu plano dê certo, ninguém além dela e das pessoas envolvidas pode conhecer seus detalhes. Ao bater na porta do quarto, ela ouve a voz de Cate permitindo sua entrada.— Entre. — Dizia Cateline com a voz ainda cansada. E assim, Lucinda entra, acompanhada por sua filha. Rapidamente, a mulher tranca a porta atrás de si.Cateline observa Lucinda com preocupação, tentando entender o que sua irmã está fazendo ali.— Está tudo bem? — Cate pergunta incomodada, e Lucinda responde rapidamente:— Infelizmente não, as coisas estão saindo do controle, Cate... precisamos fazer algo rápido, ou tudo irá acabar e virar pó. — A Lady diz, se aproximando e sentando-se na cama ao lado de sua irmã, que ainda se recupera.Cateline o
Capítulo 76Era noite, e Tomas foi até o quarto de Sandy para que pudessem dormir. O homem estava nervoso e aflito; era necessário contar à mulher como estava a situação de seu filho. Sandy sequer tinha ideia do que acontecia do lado de fora do quarto, e, como o lobo havia conversado com Lucinda, seria ele que iria contar tudo à mulher.Ao abrir a porta, a primeira coisa que Sandy fez ao vê-lo foi perguntar onde Saulo estava. — Onde está meu filho, Tomas? Ele está bem? A mulher ainda estava muito fraca, mas se recuperava rapidamente. Tomas inspirava fundo enquanto fechava a porta. Estava visível como o homem estava inquieto. Sandy percebeu no mesmo instante e o questionou.— Tomas? Está tudo bem? — Ela perguntava, enquanto franzia as sobrancelhas, tentando entender a expressão de confusão no rosto de seu amado. Tomas andava de um lado para o outro, tentando aliviar um pouco da tensão, e aos poucos ele falava. Ele queria explicar de uma forma que não deixasse a mulher chocada. Ele pa
Ainda sob a escuridão da madrugada, Tomas se levantou com pressa. Era crucial que fossem rápidos na execução de seu plano. Durante a noite, algo estranho aconteceu. À medida que amanhecia, as habilidades dos lobisomens começaram a vacilar, como se a magia que os sustentava estivesse se desestabilizando.— DROGA! — Tomas exclamou, lutando para se concentrar em seus sentidos aguçados. No entanto, a confusão reinava em sua mente, tornando quase impossível focar. A maldição que os afetava agora parecia ter se espalhado até mesmo para seres mágicos como eles. Ele não conseguia acreditar nisso. Sandy, preocupada com seu amado, perguntou: — Está tudo bem, querido?— Sim, apenas vamos logo… — respondeu Tomas dando um leve sorriso a sua amada, que olhava para ele com certa preocupação, os dois seguiam até o quarto de Saulo para pegar o garoto. O castelo estava lotado de guardas e soldados ocupados com os preparativos para o funeral de Diego. Tomas conhecia todos eles, eram como família para e
Tomas passava pelos corredores mais afastados com o garoto coberto, como ele conhecia bem o local ele evitava as partes mais movimentadas do Castelo. Ao chegar na parte de trás do estábulo, na região mais deserta, Tomas se encontrava com todos. Martin imediatamente o ajudava a colocar o garoto em uma das carroças, e Cateline questionava ao ver que seu filho, que estava desacordado.— Tomas? O que aconteceu? — Ela perguntava preocupada, e Tomas tentava acalmá-la.— Ele tentou me atacar…. É melhor que ele faça a viagem dessa forma, preso… pelo menos até que ele se acalme. — Tomas dizia acomodando o garoto na carruagem junto a Martin, Cateline suspirava fundo, e tentava se acalmar. Infelizmente seu filho estava fora de si, ela precisava conversar com ele o mais rápido possível para poder explicar a ele toda a verdade, mas primeiro, eles precisavam sair dali antes que o Félix descobrisse tudo isso.Crystal estava junto a Jade e a Cristina na carruagem da frente, Sandy estava com Lucinda e
Félix estava na floresta junto aos lenhadores e seus subordinados, os homens estavam cortando lenha para que a cerimônia de enterro de seu pai fosse preparada. Era um fardo pesado demais para suportar, e o rosto de Félix mostrava claramente sua irritação enquanto observava os lenhadores trabalharem com uma eficiência questionável. As rugas em sua testa se aprofundavam a cada momento, seus olhos lançavam faíscas de fúria contida.Eram muitas as coisas que deveriam ser organizadas, e o homem já estava cansado de lidar com a incompetência ao seu redor. Félix havia passado horas junto a todos trabalhando, e ao entardecer, ele retornava ao castelo, com a expressão cada vez mais sombria.Ao chegar, o homem ia diretamente para o quarto de Cate, ele queria contar a sua amada como as coisas iriam funcionar no funeral. Seu semblante sério e determinado não diminuía nem um pouco, apesar do cansaço e da frustração. Chegando no quarto, ele estranha por não encontrar sua esposa, ela deveria estar