Lucinda sabia que era a única York capaz de resolver aquele problema, mas também compreendia que não poderia contar com a ajuda de Sandy nem de Cateline, dada a fragilidade da saúde delas.— Joaquim, meu amor... eu estou voltando... prometo que iremos acabar com isso tudo logo... — Lucinda falava consigo mesma, dando passos firmes enquanto andava pelos corredores; tudo dependia dela agora.Decidida a acabar com aquela maldita maldição, Lucinda procurou por sua filha Jade e sua sobrinha Crystal. Ela sabia que apenas essas duas poderiam ajudá-la naquele momento difícil.No quarto das jovens, Lucinda encontrou Cristina junto a elas; a loba também estava preocupada com a situação, e mesmo abalada por conta da perda de seu Alfa, ela permanecia em seu posto, cuidando de Crystal como havia prometido a sua mestra.— Preciso falar com vocês. - A Lady disse a Crystal e Jade. Elas olhavam para Lucinda, vendo o quão preocupada ela estava; era nítido em seu rosto a urgência daquela conversa.Crist
Lucinda caminha apressadamente pelo extenso corredor até chegar ao quarto de Cateline. Ao lado dela, Jade acompanha; Cristina ficou com Crystal, pois a loba temia que a jovem tramasse algo. A Lady observa atentamente o entorno ao se aproximar dos aposentos de sua irmã. Para que seu plano dê certo, ninguém além dela e das pessoas envolvidas pode conhecer seus detalhes. Ao bater na porta do quarto, ela ouve a voz de Cate permitindo sua entrada.— Entre. — Dizia Cateline com a voz ainda cansada. E assim, Lucinda entra, acompanhada por sua filha. Rapidamente, a mulher tranca a porta atrás de si.Cateline observa Lucinda com preocupação, tentando entender o que sua irmã está fazendo ali.— Está tudo bem? — Cate pergunta incomodada, e Lucinda responde rapidamente:— Infelizmente não, as coisas estão saindo do controle, Cate... precisamos fazer algo rápido, ou tudo irá acabar e virar pó. — A Lady diz, se aproximando e sentando-se na cama ao lado de sua irmã, que ainda se recupera.Cateline o
Capítulo 76Era noite, e Tomas foi até o quarto de Sandy para que pudessem dormir. O homem estava nervoso e aflito; era necessário contar à mulher como estava a situação de seu filho. Sandy sequer tinha ideia do que acontecia do lado de fora do quarto, e, como o lobo havia conversado com Lucinda, seria ele que iria contar tudo à mulher.Ao abrir a porta, a primeira coisa que Sandy fez ao vê-lo foi perguntar onde Saulo estava. — Onde está meu filho, Tomas? Ele está bem? A mulher ainda estava muito fraca, mas se recuperava rapidamente. Tomas inspirava fundo enquanto fechava a porta. Estava visível como o homem estava inquieto. Sandy percebeu no mesmo instante e o questionou.— Tomas? Está tudo bem? — Ela perguntava, enquanto franzia as sobrancelhas, tentando entender a expressão de confusão no rosto de seu amado. Tomas andava de um lado para o outro, tentando aliviar um pouco da tensão, e aos poucos ele falava. Ele queria explicar de uma forma que não deixasse a mulher chocada. Ele pa
Ainda sob a escuridão da madrugada, Tomas se levantou com pressa. Era crucial que fossem rápidos na execução de seu plano. Durante a noite, algo estranho aconteceu. À medida que amanhecia, as habilidades dos lobisomens começaram a vacilar, como se a magia que os sustentava estivesse se desestabilizando.— DROGA! — Tomas exclamou, lutando para se concentrar em seus sentidos aguçados. No entanto, a confusão reinava em sua mente, tornando quase impossível focar. A maldição que os afetava agora parecia ter se espalhado até mesmo para seres mágicos como eles. Ele não conseguia acreditar nisso. Sandy, preocupada com seu amado, perguntou: — Está tudo bem, querido?— Sim, apenas vamos logo… — respondeu Tomas dando um leve sorriso a sua amada, que olhava para ele com certa preocupação, os dois seguiam até o quarto de Saulo para pegar o garoto. O castelo estava lotado de guardas e soldados ocupados com os preparativos para o funeral de Diego. Tomas conhecia todos eles, eram como família para e
Tomas passava pelos corredores mais afastados com o garoto coberto, como ele conhecia bem o local ele evitava as partes mais movimentadas do Castelo. Ao chegar na parte de trás do estábulo, na região mais deserta, Tomas se encontrava com todos. Martin imediatamente o ajudava a colocar o garoto em uma das carroças, e Cateline questionava ao ver que seu filho, que estava desacordado.— Tomas? O que aconteceu? — Ela perguntava preocupada, e Tomas tentava acalmá-la.— Ele tentou me atacar…. É melhor que ele faça a viagem dessa forma, preso… pelo menos até que ele se acalme. — Tomas dizia acomodando o garoto na carruagem junto a Martin, Cateline suspirava fundo, e tentava se acalmar. Infelizmente seu filho estava fora de si, ela precisava conversar com ele o mais rápido possível para poder explicar a ele toda a verdade, mas primeiro, eles precisavam sair dali antes que o Félix descobrisse tudo isso.Crystal estava junto a Jade e a Cristina na carruagem da frente, Sandy estava com Lucinda e
Félix estava na floresta junto aos lenhadores e seus subordinados, os homens estavam cortando lenha para que a cerimônia de enterro de seu pai fosse preparada. Era um fardo pesado demais para suportar, e o rosto de Félix mostrava claramente sua irritação enquanto observava os lenhadores trabalharem com uma eficiência questionável. As rugas em sua testa se aprofundavam a cada momento, seus olhos lançavam faíscas de fúria contida.Eram muitas as coisas que deveriam ser organizadas, e o homem já estava cansado de lidar com a incompetência ao seu redor. Félix havia passado horas junto a todos trabalhando, e ao entardecer, ele retornava ao castelo, com a expressão cada vez mais sombria.Ao chegar, o homem ia diretamente para o quarto de Cate, ele queria contar a sua amada como as coisas iriam funcionar no funeral. Seu semblante sério e determinado não diminuía nem um pouco, apesar do cansaço e da frustração. Chegando no quarto, ele estranha por não encontrar sua esposa, ela deveria estar
Capítulo 80: A Jornada de Volta ao Reino de AftermoonApós o corajoso ato de Cristina ao separar a briga entre Crystal e Fênix, a pequena loba tentou sair das garras de Cristina. Mas Cristina conseguiu sem fazer muito esforço para a colocar na carroça.Cateline se sentia mais confortável em saber que nada sério havia acontecido, ela agradecia a Cristina por conseguir os separar a tempo. Cate e os demais voltavam a carroça e iriam seguir viagem.O silêncio pesava na carruagem. Os garotos não tocavam na comida ou na água, confusos, sem entender o que havia transpirado. O tal sentimento que eles sentiram, faziam eles não compreenderem o que de fato tinha acontecido, mas era a ligação deles. Os dois decidiram, prudentemente, manter a calma enquanto tudo se desenrolava.À medida que se aproximavam do reino de Aftermoon, testemunhavam horripilantes mudanças. Apenas alguns dias desde a partida de Lucinda, e o lugar havia se metamorfoseado completamente. Uma transformação inquietante estava e
Lucinda corria desesperadamente em busca de Cate e os outros. A Lady precisava encontrá-los para reverter o feitiço. Cate ainda não havia saído do Castelo; ela estava abrindo os portões para seguir até os demais castelos.Lucinda avistou sua irmã logo à frente. Quando se aproximava de Cate, algo bateu com força no portão, fazendo-o se abrir. Os soldados eram empurrados e agredidos pelos diversos camponeses que entravam. Estavam revoltados e queriam dar um fim em Lucinda, acreditando que tudo era culpa dela.— DROGA! Se esses malditos chegarem até nós, não haverá como desfazer essa praga — Lucinda exclamou, olhando para Tomas, que estava próximo. Naquele momento, as únicas pessoas em quem podiam contar eram os Fire’s presentes: Cristina, Tomas, Crystal e Fênix. A magia estava fraca, impossibilitando as bruxas de usar seus feitiços. Até mesmo os lobos estavam fracos; mal conseguiam permanecer transformados. Não tinham muitas opções: lutar com as forças que tinham ou morrer nas mãos dos