Capítulo 72: Dois chás de bebêsJúliaO dia estava radiante e cheio de expectativa no castelo de Hassan em Palermo. Hoje, o castelo estava dividido em dois mundos distintos, cada um preparando um chá de bebê: o meu e o de Helena. Embora ambos os eventos estivessem ocorrendo no mesmo espaço, as alas separadas do castelo criaram uma divisão que refletia a complexidade de nossas vidas.Enquanto eu organizava o chá de bebê para meus filhos, a sensação de realização e felicidade era palpável. Estava rodeada por amigos e familiares que vinham para celebrar a chegada de meus filhos. Thomaz e Catarine estavam por perto, brincando e se divertindo com as outras crianças. Eu observava-os com um sorriso no rosto, grata por cada momento de alegria que eles traziam.A preparação do chá de bebê foi um esforço coletivo. Decorações em tons suaves de azul e rosa adornavam a sala principal, criando um ambiente alegre e acolhedor. As mesas estavam repletas de delícias e pequenos presentes, e a atmosfera
Capítulo 73: Um Encontro, depois o divorcio HassanO dia tinha sido tumultuado, com compromissos e reuniões que pareciam se arrastar sem fim. Mas, ao final da tarde, precisava de um tempo a sós com Laura. O desejo de continuar nosso caso extraconjugal estava se tornando incontrolável, e eu precisava de um plano para escapar das atenções e das suspeitas da casa.O castelo estava em pleno funcionamento, com todos envolvidos em suas atividades diárias. Aproveitei essa oportunidade para criar uma distração. Pedi a alguns dos meus funcionários que preparassem uma reunião de última hora para tratar de alguns assuntos de negócios que, na verdade, poderiam ser resolvidos por e-mail. Essa reunião falsa garantiria que todos estivessem ocupados, dando-me a liberdade necessária para uma escapulida.Com a casa em silêncio e as atividades concentradas em outra parte do castelo, me dirigi discretamente ao escritório onde Laura estava. Sua presença no ambiente sempre havia me atraído, e nosso relaci
Capítulo 74: Amor renovadoLauraA cabana estava imersa na tranquilidade de um isolamento que eu havia buscado com fervor. Com a mudança concluída, me encontrava agora longe da agitação e da ostentação do castelo, em um local onde esperava encontrar um pouco de paz e, quem sabe, uma nova perspectiva sobre minha vida.A pequena casa de campo era modesta, mas oferecia o tipo de calma que eu ansiava. Rodeada por árvores e a uma distância considerável do frenesi do castelo, era o refúgio perfeito para mim. Eu havia decorado o espaço com o que consegui trazer: móveis simples, algumas velas aromáticas e, claro, uma pequena mesa de café para os momentos de introspecção.Os dias passavam devagar, preenchidos com a rotina de organizar a cabana e adaptar-me à nova vida. A cada manhã, abria as janelas para a luz do sol e deixava o ar fresco e limpo preencher o ambiente. Era uma sensação libertadora, como se finalmente estivesse me desvencilhando de algo que havia sido um peso para mim.Mas o ver
Capítulo 75: Uma noite de luxúriaMarcoA noite começou como qualquer outra, mas havia algo no ar que indicava que seria diferente. Mateus e eu nunca saímos juntos, e quando chegavamos perto um do outro, geralmente sempre existia uma tensão subjacente, algo que não podíamos ignorar. Mas nessa noite, talvez devido ao álcool ou simplesmente ao desejo de esquecer por algumas horas as complicações de nossas vidas, nos encontramos mais próximos do que nunca.O bar estava lotado, a música alta preenchendo o ambiente enquanto as luzes piscavam ritmicamente. Pedimos uma rodada de tequila, e logo outra, cada gole nos aproximando mais, como se cada trago dissolvesse um pouco mais as barreiras entre nós. Mateus, com aquele jeito carrancudo, começou a relaxar, e eu, que sempre fui mais reservado, encontrei em suas palavras um espelho das minhas próprias angústias.Entre um gole e outro, começamos a falar. No início, eram apenas trivialidades, mas logo as máscaras caíram, e começamos a despejar no
Capítulo 76: A paixão mostra seu preçoHassanA noite estava quente, uma daquelas noites em que o ar parece carregar algo além de calor, talvez uma promessa, ou um presságio. Laura estava ao meu lado, seus dedos entrelaçados nos meus enquanto dirigíamos pelas estradas escuras de Palermo. Seu riso suave preenchia o carro, e, por um breve momento, senti uma coisa rara: serenidade. Estava jogando um jogo perigoso, mas nessa noite, nada mais importava além do prazer de estar com ela.Era para ser apenas mais um passeio romântico, um daqueles que nos permitiam esquecer, mesmo que por algumas horas, a realidade cruel em que vivíamos. Eu a levei por uma estrada pouco movimentada, longe dos olhares curiosos que poderiam comprometer o segredo que mantínhamos. Ela estava radiante, mais bonita do que nunca, e enquanto eu a observava de relance, senti uma onda de possessividade e desejo.Mas como em todo jogo perigoso, o destino não é controlável. Uma curva mal calculada, um reflexo tardio, e o c
Capítulo 77: Traição no mesmo tetoHelenaMateus estava mais distante do que nunca. A nossa relação tinha se deteriorado, mas algo nos últimos meses o havia mudado de maneira irreversível. As noites eram longas e solitárias, mas estava determinada a reverter isso, a trazer de volta algum vestígio do homem que ele costumava ser para mim.Nessa noite, tomei a iniciativa. Coloquei uma camisola nova, mais provocante, algo que sabia que o atraía, e me deitei ao lado dele na cama, buscando qualquer sinal de reciprocidade. Eu queria que ele me visse, me desejasse, mas ao me aproximar, notei como seus olhos vagavam, fixos em algum ponto distante.- Mateus... - sussurrei, tentando chamar sua atenção. Toquei seu braço suavemente, esperando que ele respondesse ao meu toque. Mas ele não me olhou. Seus olhos estavam fixos no jardim abaixo da nossa janela, onde Júlia passeava com Thomaz e Catarine, segurando as mãos deles com carinho. Era uma imagem que parecia aquecer o coração de qualquer pessoa.
Capítulo 78: Laços inquebráveis MateusAcordei de repente, o lado da cama onde Helena deveria estar estava vazio. O relógio na mesa de cabeceira marcava três da manhã, e a casa estava mergulhada em um silêncio inquietante. Senti um aperto no peito, uma sensação de vazio que me incomodava cada vez mais. Levantei-me, incapaz de permanecer ali, e me dirigi ao bar da casa. Precisava de um drinque, algo que me fizesse esquecer, pelo menos por um momento, da confusão que era minha vida agora. O whisky me recebeu com um calor familiar quando derramei uma dose generosa e a bebi em um único gole. O líquido queimou minha garganta, mas não o suficiente para afastar os pensamentos.Foi então que ouvi um ruído suave vindo do salão. Aproximei-me devagar, sem fazer barulho. Ao virar a esquina, vi uma figura familiar junto ao piano, a silhueta esbelta e elegante de Júlia, iluminada pela luz suave da lua que entrava pelas janelas.Ela parecia perdida em seus pensamentos, como se estivesse buscando a
Capítulo 79: Refúgio em meio a dorJúliaSenti a necessidade de buscar refúgio nos braços de Mateus, um lugar onde as tensões e inseguranças pudessem se dissipar, mesmo que por um momento. A casa estava silenciosa, e o mundo exterior parecia distante quando encontramos um espaço de tranquilidade juntos.Mateus me recebeu com um olhar terno, e nossos corpos se encontraram em um abraço apertado, como se buscássemos segurança e conforto um no outro. Seus toques eram suaves, e o carinho que ele demonstrava era um bálsamo para a minha alma atormentada. A troca de beijos era lenta e cheia de ternura, como se tentássemos lembrar o que havia de melhor entre nós.Com calma e cuidado, nossos corpos se entrelaçaram na cama, e a paixão foi substituída por uma doçura inesperada. Cada movimento era lento e deliberado, como se estivéssemos explorando um território que há muito não visitávamos. As carícias e os suspiros eram uma forma de reconectar, de redescobrir o amor que parecia ter sido enterrad