Diana LizanoEsperei que Alberto saísse da minha frente, para só então soltar o ar que prendia. Sentada naquele sofá, eu me senti um lixo. Minha boca, meu corpo, era como se eu estivesse recoberta de merda.Meu deus! Eu nunca me perdoaria por ter me relacionado com aquele verme por quase oito anos da minha vida. Por ter sido sua. Meu queixo tremia, meu corpo se contorcia, meu estômago revirava._ Diana – Angelina apareceu na minha frente e sua presença me encheu de nojo. Eu levantei e ela veio em minha direção._ Querida, nós daremos um jeito nisso. Seu pai… - Ela tentou tocar o meu braço e eu me afastei enojada.Atravessei a sala em direção a toca do verme desgraçado que tinha acabado com a minha vida e o encontrei sentado na frente de seu computador de mesa. Eu caminhei até ele sem conseguir usar a boca para falar, tamanha a raiva que sentia. Peguei seu computador e o joguei no chão com toda a minha força. Ele pulou da cadeira para longe e eu peguei seu notebook e o joguei contra a
Luigi RomanoEntro naquela sala de jantar e não acredito no que vejo. O capanga que tinha deixado de olho em Diana garantiu que aquela era a casa de Alberto Burk, mas eu não podia acreditar. Qual era o maldito problema daquela mulher? Como, inferno, ela podia estar de pé ao lado daquele trapo? Eu via, mas não cria._ Será que estou perdendo alguma coisa aqui? – Pergunto ao ver o filha da puta mostrar um anel de noivado.A cena me causa tanta raiva que meus músculos parecem estar pinicando. Raiva do que vejo, raiva do desgraçado e ainda mais raiva dela. Já vi muita gente fazendo merda, mas Diana realmente me surpreende com suas atitudes desequilibradas. O que diabos ela tem na porra da cabeça?Todos na mesa me olham como se eu fosse uma aberração, quando a esquisitice está toda na palhaçada que estou presenciando._ Desculpe senhora – Uma das empregadas apareceu ao meu lado apressada – Falei que precisaria esperar para ser anunciado, mas ele entrou sem o meu consentimento._ Não há nec
Luigi RomanoEntreguei as chaves do carro de Diana para um dos meus homens e eles se encarregaram de levar os pais dela. A sogrinha me lançou um olhar duro, mas entrou no carro calada. Percebi que o pai de Diana não tirava os olhos de Alberto. Eu não sabia o que estava rolando, mas era evidente que ali tinha coisa.Abri a porta do carro e Diana entrou ainda em silêncio. Ela não tinha me dirigido a palavra desde que atrapalhei o jantarzinho de merda. Dei partida no carro e acelerei em marcha ré, dando um giro que fez os pneus cantarem. Matteo e Fabrizio, nos seguiram em outro carro._ Dá pra dirigir com decência? – Ela fala já a mostrando suas garrinhas._ Decência seria você contar o que diabos estava fazendo aqui. Não me diga que sentiu falta de uns tapas?_ Você me respeita – Ela bufa – O que eu faço ou deixo de fazer da minha vida, não é da sua conta – Ela fala como se quisesse me esganar._ Está enganada amore mio – Puxo o porta luvas do carro e jogo a bolsa de documentos no colo
Luigi é louco. Ele aparece do nada dentro da casa de Alberto, se senta à mesa e joga água em todos os meus planos. Como se isso fosse pouco, entra no meu apartamento, rouba minha certidão de nascimento, documentos originais e agora diz que sou sua esposa, se comportando como meu dono.Ainda estou tentando digerir o que está acontecendo e percebo que meu celular está tocando. Angelina já está ligando pela quinta vez. Ela está mais louca do que eu._ Quem é esse sujeito? Esses caras são bandidos. Eles usam armas e estão vigiando a nossa casa. Como teve coragem de se meter com esse tipo de gente?_ Por favor, fique calma, vá descansar. Amanhã cedo eu vou resolver isso – Tento acalmá-la e vejo duas viaturas da polícia parar no estacionamento do prédio._ O que é isso? A polícia já chegou aí? – Angelina pergunta ao ouvir o barulho das sirenes._ Eu não acredito que a senhora chamou a polícia! – Digo pasma._ Esses caras são bandidos Diana – Ela fala em seu tom histérico – Deixe que polícia
Luigi RomanoEla me amaldiçoou. Eu a pego na casa de seu ex-noivo em um jantar de reconciliação e minha raiva evapora só de estar perto dela. Estou simplesmente viciado no corpo dela, mau acostumado com sua presença e completamente dependente de seu calor em minha cama.Passamos uma semana longe um do outro e todos esses dias foram um verdadeiro inferno. Meu quarto tinha se transformado em um mausoléu, a cama parecia ter um buraco, eu simplesmente não conseguia dormir.Era a terceira vez que Diana tinha metido o pé na minha bunda, eu deveria ter um mínimo de vergonha na cara, mas minha única preocupação era em como retornaria com ela pra casa com Isabela gritando para os quatro ventos que tinha um filho meu na barriga.Diana, na melhor das hipóteses, me mataria, mas eu morreria grudado nela. Ela agora podia me xingar, bater, esfolar, arrancar o meu pau fora, mas agora era minha mulher, minha Romano e ninguém mudaria isso.A primeira que ficou sabendo do casamente foi Isabela. Eu preci
Diana Romano_ Diga – Exijo antes que ele encontre tempo para confeccionar alguma mentira. Estou grávida e casada com Luigi e quando paro para pensar, eu mal conheço esse homem. Não sei praticamente nada sobre seus negócios. Não sei até onde é uma pessoa honesta e até onde vai os seus princípios. Tudo o que sei é que se preocupa com o filho e sabe como tirar a calcinha de uma mulher, o que é no mínimo preocupante.Por outro lado, namorei Alberto por oito anos, um homem de “boa família”, de profissão prestigiosa, herdeiro de uma grande fortuna, o genro que minha mãe escolheu a dedo e que na verdade, não passa de um louco psicopata, escondido atrás de uma bela mascara._ Va bene! Vou te dar a verdade, mas com uma condição – Ele exigi mas não sei se quero concordar – Nada de divórcio._ Isso eu decido depois que você disser o motivo – Digo curiosa para saber o que o levou a fazer isso._ Não é assim que se negocia Fragola. Como vou confiar em você se não me der nenhuma garantia._ Tudo b
Luigi RomanoO dia amanhece e procuro Diana na cama e não a encontro. Sei que ela está só o veneno por causa da história da gravidez de Isabela, mas não é como se eu pudesse desaparecer com o assunto. Uma hora ela teria que saber e tinha que ser pela minha boca.Passei a mão em meu documento, me certificando de que ele ainda estava ali. Se eu tinha amanhecido vivo e com tudo no lugar, isso já era um bom sinal. Eu só precisaria ficar na linha e ter um pouquinho de paciência.O cheiro de pão torrado veio da cozinha. Chutei Matteo e Fabrizio e mandei os dois se ajeitarem. Já estava puto com a bagunça que tinham aprontado na noite anterior. Tinha tantas latas de cerveja espalhadas pela sala que parecia até que tinham amanhecido em uma balada. Matteo fez cara feia, mas entrou no banheiro primeiro, Fabrizio tive que chutar com mais força. Ele me xingou baixo, mas quando olhou a sua volta, levantou sem reclamar e começou a arrumar a bagunça._ Ela ainda está valente? – perguntou em voz baixa
Luigi RomanoLembro que eu costumava jogar quebra-cabeça com Matteo quando éramos crianças. Jogávamos as peças soltas sobre a mesa e passávamos um minuto olhando pra elas sem poder tocar, depois o jogo começava e ganhava quem acabasse primeiro. Eu continuo conversando com meu sogro, enquanto meu cérebro está juntando peças.Eu não sou do tipo pessimista, nem gosto de cultivar possibilidades que me desagradam, mas estou realmente incomodado com as merdas que minha cabeça está desenhando.Diana namorou esse homem por oito anos, mas não tem muito tempo que ela terminou com ele, o que me faz chegar a conclusão de que se ele vinha emprestando dinheiro para o velho, era porque já queria garantir esse casamento desde sempre. Dinheiro não é algo que se dá ou se empresta sem se esperar algo em troca.Observo os depósitos recebidos nos últimos três meses e esses se somam quase quinhentos milhões. Não se trata mais de simples empréstimos de cinquenta mil, como eram antes. Alberto não emprestou m