—Filha, nós, lobos, somos muito possessivos. Se ele não marcar você com o cheiro dele, Aren e Oto terão de lutar com outros jovens por você. Você é muito bonita e é uma loba Alfa que atrairá todos os lobos Alfa da matilha, que vão querer marcá-la, melhor assim, como um jovem casal. Gil tenta expressar sua insatisfação, mas recebe uma recusa categórica de seu pai, que não está nada feliz por ela estar discutindo com ele na frente de todos sobre sua autoridade. —Mas...—Não, mas foi assim que eu disse, filha! Pare com isso, você nunca falhou comigo dessa forma antes, Gil, você deixou de confiar na sabedoria de seu pai? Gil se cala com lágrimas nos olhos em sinal de frustração, perguntando-se por que tudo em sua vida tem que ser tão complicado. Nara, percebendo a frustração de Gil, se aproxima na tentativa de acalmá-la. Ao ouvir, ele abaixa a cabeça para o pai e sussurra.—Com licença, papai...—Filha, isso não significa que Aren não tenha que se esforçar para conquistá-la. Você não
Serafim o observa por um momento, notando como o Aren humano adquiriu um pouco da sabedoria de seu Arconte Maior e, com um gesto de respeito, inclina a cabeça para ele como sendo de nível superior.—Por que não nos chamamos pelo nome de nossos lobos? —Nara pergunta: —Ninguém nos conhece. Somente você, meu Alfa, terá de mudar.—Isso é verdade. Gil, nós o chamaremos de Lúa, Nara será Neri e eu serei Arce. Só está faltando um nome para você, meu Alfa. Serafim olha ao redor procurando o olhar de aprovação do Arconte Maior de Aren. Mas ele só olha para sua Lua.—Meu nome é Lúa, então Aren será Luc. Você gosta de Luc e Lua? Gil pergunta e cora novamente enquanto Aren a observa com atenção. Ela não sabe por que, mas sente que algo nele mudou. Seu olhar não é mais inocente como antes, é o de um homem, você pode sentir isso na maneira como ele a olha com desejo.—Se você gosta da minha Lua, eu também gosto— Aren acena com a cabeça, ainda olhando para ela.—Susss..., não minha Lua, minha na
Alfa Aren muda de assunto, pois está ouvindo o coração acelerado de sua Lua e teme que algo aconteça com ela. —Sim, eu gosto muito. Ele é lindo. Obrigada, vou usá-lo sempre. Gil responde, pegando-a para olhá-la, enquanto sorri encantadoramente para Aren, fazendo seu coração pular uma batida.—Era da minha mãe, ela sempre o trazia com ela— diz ele, com tristeza, enquanto olha para ele no pescoço de sua Lua.—Bem, não posso usá-lo Aren, os inimigos de sua matilha perceberam imediatamente que era dela e saberão que sou sua Lua! Gil exclama e faz um gesto para removê-la. Sem perceber, Aren começa a brilhar, sentindo que, com esse gesto, sua Lua o está rejeitando. Esse colar é o sinal de que ela é a Lua legítima da matilha, sua metade, sua alma gêmea e somente ela, depois de sua mãe, tem o direito de usá-lo. Serafim o vê e se aproxima rapidamente.—É isso mesmo, Aren. Gil, não a tire agora, esconda-a dentro de suas roupas, então você a manterá— ele aconselha enquanto ouve e sente a a
Os Maiores, com sua sabedoria e experiência acumuladas ao longo dos anos, possuem uma presença imponente e respeitada dentro do rebanho. Seus olhos penetrantes examinam cada movimento e cada gesto dos hóspedes, garantindo que o rebanho seja protegido e que aqueles que entram em seu território sejam confiáveis. Quando os visitantes entram na sala do trono, os Maiores se aproximam, cercando-os de curiosidade. Sua presença imponente e seus olhos afiados enviam uma mensagem clara: eles estão prontos para proteger seu rebanho e garantir que a harmonia reine em cada encontro. Com uma combinação de respeito e expectativa, a chegada dos convidados de Enril cria uma atmosfera de entusiasmo e honra na sala do trono da matilha de lobisomens em sua apresentação amigável e feliz. —Bem, veja, meu amigo— Serafim começou a falar Maior o suficiente para ser ouvido por todos. — Eu não tinha para onde ir. Como você me disse que se eu precisasse de um lugar para me esconder, eu deveria vir, então vim
Serafim faz uma pausa e, observando-o em silêncio por um momento, lembrando-se de que ele decidiu ser seu Maior e Mestre, aproxima-se de Alfa Aren. —Sim, você pode, você é muito poderoso, seu pai costumava fazer isso muitas vezes para se disfarçar. Não sei por que ele não os ensinou quando eram crianças. —Desculpe-me, Sr. Serafim, talvez você tenha feito isso, mas nós nos esquecemos por causa da maldição— esclarece Aren. —Pode me ensinar, por favor?—Alfa Aren, permita-me compartilhar com você uma verdade importante— começa Serafim serenamente. —O Arconte Maior dentro de você possui uma força inigualável. Ele é capaz de manifestar seus desejos mais profundos com um único pensamento. Aren ouve atentamente, seu olhar reflete curiosidade e admiração por essa revelação. Serafim, com sabedoria em suas palavras, explica como o Arconte Maior que habita dentro dele é a mais poderosa das três entidades presentes em seu ser.—Esse poderoso Arconte é o guardião supremo de seu ser e está inti
Serafim entende que seu papel é o de conselheiro e guia, pois ele é o mais antigo e sabe tudo sobre a raça superior dos Arcontes como um deles. Ele procura se expressar com clareza e cuidado, evitando qualquer tom que possa ser percebido como intromissão no papel dos irmãos. Determinado a compartilhar sua sabedoria, Serafim aborda os irmãos com uma mistura de respeito e serenidade. Ele quer estabelecer uma atmosfera de abertura e confiança, na qual eles possam receber suas palavras com humildade e apreciação.—Eu sei que sou um Beta e que não está de acordo com as leis dos Arcontes eu assumir o papel de Maior ao lado de Nara— ele começa a explicar. —Sim, nós concordamos! —Aren e Enril respondem em uníssono.—Tem certeza? —pergunta ele, surpreso com a pronta aceitação dela.—Nós íamos perguntar a você, Serafim, pois você é a melhor pessoa para nos ensinar e orientar.—Você acha que o seu Arconte Maior aceitará isso, Aren? Nunca aconteceu em toda a história de um Beta liderar um Arco
Leia é dominada por uma mistura de descrença, espanto e confusão. É difícil assimilar a ideia de estar conectada a Enril, com quem ela compartilha um relacionamento tenso e conflituoso há tanto tempo. Sua mente se enche de perguntas sem respostas enquanto ela se esforça para conciliar essa nova verdade com as percepções que teve de Enril no passado. Enril, por sua vez, está em um estado semelhante de descrença e surpresa. Seu coração está abalado pela revelação de que a pessoa que ele sempre odiou e desafiou é, na verdade, sua alma gêmea. Ele está dividido entre a necessidade de aceitar essa conexão profunda e o medo de se abrir emocionalmente depois de tanto ressentimento. O confronto com essa verdade provoca uma torrente de emoções contraditórias em ambos. O ressentimento e o rancor do passado se entrelaçam com uma centelha de curiosidade e a possibilidade de uma conexão mais profunda. A negação é confrontada com o desejo de explorar o novo relacionamento. A incerteza sobre o fu
Enquanto a escuridão envolvia todos os cantos, Leia respirou fundo e decidiu enfrentar o desafio que tinha pela frente. Ela sabia que não podia ficar passiva, tinha que explorar esse lugar misterioso e buscar as respostas que tanto desejava. Com um passo cauteloso, ela caminhou pelo quarto, pronta para descobrir a verdade oculta desse estranho ser. Ela não sabe o que pensar, quer correr e contar ao pai. Mas ele lhe perguntará o que ela estava fazendo na ala proibida do palácio. Ela descobrirá por si mesma, diz a si mesma. Ela troca de roupa e se dirige à biblioteca para ver se consegue descobrir que criatura é aquela. No entanto, seus passos a levam inadvertidamente de volta à ala proibida do palácio. Nos cômodos do antigo palácio do rebanho, todos já se acomodaram. Enril, impaciente, olha para a porta quando a neve começa a cair. Ao longe, ele avista Leia, ainda esperando por ele. Serafim está determinado a ensinar Oto a mudar a cor de seu cabelo para combinar com a de seu Archo