Os ombros de Gil se curvam, seu olhar se suaviza quando ela percebe a vulnerabilidade refletida no rosto de Aren. Seus dedos, ainda pairando no ar, descem lentamente para roçar em sua própria coxa, um gesto de conforto enquanto ele navega na tempestade de emoções. Ela pode dizer que ele realmente não entende nada sobre relacionamentos, muito menos sobre ela, mas isso a deixa desesperada.—Aren, você já tem toda a sabedoria de seu Arconte, mas percebo que em matéria de relacionamentos você não sabe nada! — As palavras de Gil são ao mesmo tempo um lamento e uma revelação, uma exposição de suas frustrações e um apelo para que Aren construa uma ponte emocional entre eles.Os lábios de Aren se contrae
As palavras de Gil perfuraram o coração de Aren como espinhos. Seu olhar se turvou momentaneamente, sentindo o peso de seus próprios erros. Era como se ele estivesse enfrentando as consequências de suas ações e a possível reação de Gil.—Não, eu o matarei se você fizer isso, eu o matarei! —A resposta de Aren foi quase instantânea, com um tom que misturava preocupação e exasperação. —Oh, eu entendo minha Lua, me perdoe, me perdoe, me perdoe, eu não liguei para ela, eu não liguei para ela!As palavras de Aren saíram com pressa, como se ele estivesse tentando apagar o fogo que havia acendido. A intensidade de suas emoções era palpável em cada sílaba que ele pronunciava ao
A voz de Gil se elevou com uma mistura de paixão e determinação enquanto ela falava com um ar de resolução. Ela parecia ter chegado a uma conclusão com base na revelação que havia visto.—Sim, ela foi capaz de assumir o controle do meu Arconte sem mais nem menos, só porque eu estava com medo do que poderia acontecer. Não acho que possamos fazer isso agora, meu Alfa— continuou Gil, com a voz firme, mas também carregada de certa vulnerabilidade.—O que você quer dizer com isso, minha Lua?Aren sentiu um nó na garganta ao ouvir as palavras de Gil. Ficou claro que Gil estava refletindo sobre o que tinham visto juntos e estava tentando navegar na maré de suas próp
O alívio brilhou nos olhos de Gil enquanto ele processava as palavras de Aren. Era como se ele estivesse oferecendo uma rede de segurança, uma promessa de que estaria lá para manter seus medos e preocupações afastados.—Você pode fazer isso, meu Alfa? —Gil perguntou, sua voz era um sussurro cheio de esperança e desejo. —Tem certeza?—Sim, você quer que eu faça isso? —Aren respondeu, com a voz suave, mas firme, como se estivesse disposto a atender a qualquer pedido de Gil.Gil acenou com a cabeça de forma decisiva, como se estivesse fazendo uma determinação interna. Seu olhar encontrou o de Aren, uma mistura de confiança e expectativa em seus olhos enquanto ele se prep
Aren assentiu e continuou a explicar como ele poderia separar sua energia divina deles sem causar-lhes danos e como sua essência poderia existir independentemente deles e habitar em outro ser compatível com sua natureza divina.—Minha Lua. Se eu liberar minha energia divina deles, eles não morrerão. Posso voltar a ser uma entidade divina independente delas e ter meu próprio corpo ou habitar em outro corpo ou no meu elemento— explicou ele, com serenidade, aos olhos surpresos de sua Lua, em um tom de voz sereno.Gil começou a assimilar essas novas informações, sua mente processando as implicações do que havia aprendido. Era como se ela estivesse descobrindo um aspecto totalmente novo de seu parceiro e de si mesma no processo. Ela já estava imaginando
Gil tenta argumentar com a Arconte mais velha, não que ela esteja sendo irracional, e ela entende em parte. Mas o medo em seu peito não diminui o fato de que é ele quem está fazendo tudo. Ela não consegue explicar, mas prefere que seja o Aren humano.—Não seja possessivo e ciumento, Arconte Maior. Não funciona assim— ela protestou, sua voz carregando uma mistura de medo e apreensão diante da ideia de controle absoluto do Arconte Maior.—Eu sou aquele que sabe, eu sou aquele que mais o ama, eu sou seu mestre, Gil. Somente eu posso iniciá-la em tudo— insiste o Arconte Maior, —não deixarei que o humano faça isso. A voz do Arconte Maior ressoou com uma intensidade apaixonada, revelando seu desejo de controlar todos os aspectos de seu relacionamento com Gil. No entanto, as palavras também exalavam uma pitada de possessividade que não passou despercebida por ela.—Qual é o seu problema, você vai ficar com ciúmes de si mesmo? —Gil protesta, sentindo que essa situação, como tantas outras, es
A atmosfera estava carregada de tensão, emoções cruas e uma luta por poder e intimidade. A complexidade da situação parecia estar desafiando o relacionamento de Gil com o Arconte Maior de uma forma que ela nunca teria previsto. Então Gil soltou todo o seu ar e pensou em mudar sua estratégia.—Tudo bem, não se preocupe. Eu não sabia, mas acredito em você se você diz isso. Torne-se humano sem brilho e comporte-se como Aren. Você pode fazer isso, fingir que é Aren para mim? Gil tentou aliviar a tensão, reconhecendo o dilema do Arconte Maior e oferecendo uma solução alternativa para superar seu desafio. Mas as palavras do Arconte Maior revelaram a complexidade da situação.—Não posso fazer isso, mesmo que seja Aren, minha energia divina estará presente. Quero ser aquele que o toca com meu corpo de Arconte, quero tocá-lo assim, como um Arconte.O Arconte Maior mostrou sua determinação e desejo de ter a primeira experiência íntima em sua forma divina. Sua determinação fez com que Gil se s
O DEUS ANUXIS.No salão do palácio, Jan estava em estado de choque depois de se lembrar de algo que nunca havia imaginado antes. Serafim e Enril o estavam observando atentamente, esperando que ele lhes contasse o que tinha visto. Jan se levantou de sua cadeira, ainda incrédulo com o que acabara de acontecer. Ele engoliu a taça de vinho e se sentou, pálido e trêmulo. Respirou fundo várias vezes, balançando a cabeça negativamente, tentando assimilar o que acabara de acontecer.—O que é, Jan? O que é que você não consegue acreditar? —Enril lhe pergunta.Jan, ainda incrédulo, virou-se para Serafim e o encarou, ainda sem acreditar que o que ele havia visto