—Acredito que esses territórios seriam adequados, senhor. No entanto, acho que o Alfa Aren, presente aqui, deve fornecer apoio para proteção. Também me ofereço para participar, se esse for o desejo do meu Alfa— diz Jan, voltando seu olhar para Oto pela primeira vez. Oto grunhe levemente, mas Gil puxa sua orelha para que ele se comporte.
—Sua sugestão é valiosa, Jan— diz Gil com um sorriso, embora Oto resmungue em resposta. Oto se oferece para me proteger.
—Ainda não tomamos uma decisão final— diz Enril calmamente. —Estamos avaliando todas as opções.
—Seria uma honra ter sua companhia, Jan— acrescenta Serafim, observando como Jan continua sorrindo enquanto olha para Gil, que dessa vez est
As tensões e emoções subjacentes de todos na explicação de Jan, que agora não tem dúvidas de que acreditam nele, quase podem se tocar. Ele sente os laços de todos os presentes e o desejo de que eles realmente queiram ajudá-lo, pois o consideram uma vítima do Antigo Honoré. Sua convicção se fortalece nesse momento, revelando uma profunda crença de que ele está entre amigos e que está além das diferenças e dos mistérios que o cercam.—Sua história é muito interessante, Jan, e você realmente não se parece em nada com o homem que diz ser seu pai— diz Gil, olhando fixamente nos olhos dele, procurando uma pista de que ele não está mentindo. —Você deve se perguntar por que existe essa diferença.
Jan pergunta, sua surpresa é palpável ao encontrar alguém que finalmente dá crédito ao que ele diz lembrar do dia em que nasceu. Com o passar do tempo, as pessoas descartaram seus relatos como fantasias sem fundamento.—Sim, Jan, acredito em você. Filhos de deuses e seres sobrenaturais geralmente têm memórias desde o momento em que são concebidos no útero. Acredito que sua mãe tenha deliberadamente passado essa memória para você, para garantir que você saiba a verdade sobre suas origens e não acredite nas falsidades de seu suposto pai.—Jan, eu não mencionei isso a você— Enril interrompe, —mas Serafim é um sábio de grande renome. Ele possui poderes extraordinários. Por favor, mantenha esse conhecimento em
Gil sente um sobressalta ao ver Aren desaparecer repentinamente do quarto. O quarto grande e luxuoso está iluminado com uma suave luz dourada das luminárias de mesa, criando uma atmosfera íntima. A incerteza se instala na mente de Gil enquanto ela olha para o espaço vazio onde Aren estava. A cama está impecavelmente arrumada, um contraste com o tumulto que ela sente por dentro. A suposição de que essa partida repentina é uma manifestação de ciúme em relação a Jan. Isso cria uma pitada de preocupação misturada com surpresa em seu rosto enquanto ela procura entender o motivo por trás da reação de Aren. Enquanto está imersa em seus próprios pensamentos, ela decide que é o momento certo para se trancar no banheiro e cuidar de suas necessidades pessoais. O banheiro é decorado em tons serenos de azul e branco, criando uma atmosfera relaxante. O som da água corrente preenche o espaço enquanto Gil se concentra em suas ações. No entanto, sua intuição se aguça quando ela percebe o retorno d
No momento, Gil não entende o que Aren quer dizer com algo que liga Jan à sua maldição. Ela se esforça para entender, com sua voz carregando uma nota de desejo de compreender totalmente o que Aren está tentando comunicar. Jan também está amaldiçoado? O que isso significa? Quem é Jan realmente?—Jan carrega uma maldição idêntica à minha! —Aren repete, vendo que ela não entendeu o que ele disse. —Ele é amaldiçoado como eu! Ele revela em um só fôlego, sem tirar os olhos da lua, suas palavras carregadas de admiração, descrença e misturadas com uma pitada de inquietação. Ele não consegue entender por que Jan tem isso, pois sempre pensou que estava amaldiçoado a ficar sozinho, mas aparentemente não está.—O que é isso? Tem certeza, meu Alfa? Gil pergunta agora com descrença e desejo de entender mais. Esse garoto está realmente ligado ao seu Alfa dessa forma? Por que eles o amaldiçoaram? Talvez seja a matilha inteira assim? Lembrando que Leia também tem algo estranho que eles disseram an
Gil sorri com a ingenuidade de Aren, apesar de seu Arconte mais velho ter acordado, ele ainda é sincero, honesto e não tem malícia em relação a ela, e isso a enche de felicidade. Embora ela não negue que, às vezes, ele era mais determinado e ousado. Como agora, por exemplo. É por isso que ela acaricia seu rosto e diz a ele.—Sim, foi o que planejamos, mas não suporto vê-lo tão inseguro. Meu amor, é só sua, meu Alfa, . Desculpe se lhe causei ciúmes, eu só estava me divertindo com o Oto. Não sabia que você ia ficar assim, por favor, me perdoe, prometo não fazer isso de novo. Sei que também não suportaria vê-lo com outra mulher. Desculpe, meu Alfa, desculpe. Venha cá, me dê um beijo, mas prometa não acordar a filha da lua. Esta noite é só para nós dois. Sim? Gil se aproxima do Aren com um olhar ardente, seus olhos estão cheios de desejo intenso. Seus dedos traçam delicadamente os contornos da clavícula de Aren enquanto ele se aproxima, uma antecipação elétrica pairando no ar. Quando se
Os ombros de Gil se curvam, seu olhar se suaviza quando ela percebe a vulnerabilidade refletida no rosto de Aren. Seus dedos, ainda pairando no ar, descem lentamente para roçar em sua própria coxa, um gesto de conforto enquanto ele navega na tempestade de emoções. Ela pode dizer que ele realmente não entende nada sobre relacionamentos, muito menos sobre ela, mas isso a deixa desesperada.—Aren, você já tem toda a sabedoria de seu Arconte, mas percebo que em matéria de relacionamentos você não sabe nada! — As palavras de Gil são ao mesmo tempo um lamento e uma revelação, uma exposição de suas frustrações e um apelo para que Aren construa uma ponte emocional entre eles.Os lábios de Aren se contrae
As palavras de Gil perfuraram o coração de Aren como espinhos. Seu olhar se turvou momentaneamente, sentindo o peso de seus próprios erros. Era como se ele estivesse enfrentando as consequências de suas ações e a possível reação de Gil.—Não, eu o matarei se você fizer isso, eu o matarei! —A resposta de Aren foi quase instantânea, com um tom que misturava preocupação e exasperação. —Oh, eu entendo minha Lua, me perdoe, me perdoe, me perdoe, eu não liguei para ela, eu não liguei para ela!As palavras de Aren saíram com pressa, como se ele estivesse tentando apagar o fogo que havia acendido. A intensidade de suas emoções era palpável em cada sílaba que ele pronunciava ao
A voz de Gil se elevou com uma mistura de paixão e determinação enquanto ela falava com um ar de resolução. Ela parecia ter chegado a uma conclusão com base na revelação que havia visto.—Sim, ela foi capaz de assumir o controle do meu Arconte sem mais nem menos, só porque eu estava com medo do que poderia acontecer. Não acho que possamos fazer isso agora, meu Alfa— continuou Gil, com a voz firme, mas também carregada de certa vulnerabilidade.—O que você quer dizer com isso, minha Lua?Aren sentiu um nó na garganta ao ouvir as palavras de Gil. Ficou claro que Gil estava refletindo sobre o que tinham visto juntos e estava tentando navegar na maré de suas próp