EM ALGUM LUGAR DO BRASIL.
Escuto alguns sons estranhos, que não consigo identificar o que é, e forço-me a abrir os olhos, mas eles simplesmente não me obedecem. Estou com sono, muito sono e tudo parece tão distante. Os sons… as vozes. Não reconheço essas vozes, é difícil saber o que acontece ao meu redor e de repente, o silêncio e meu corpo parece flutuar. Volto a forçar os meus olhos, estão pesados, mas os forço a abrir e mesmo desfocados, observo o quarto luxuoso, de mobílias caras e de muito bom gosto. Não sei onde estou e tão pouco como vim parar aqui. Com um gemido baixo, viro-me na cama e olho para o teto branco e as paredes claras e bem ao lado da cama, tem uma porta branca.
O barulho reaparece, fazendo-me virar em sua direção e congelo ao vê-lo ali, sent
UMA NOVA PEÇA DO QUEBRA-CABEÇA.- Quero que me expliquem como isso aconteceu. - Luís pede impaciente. Estamos todos trancados na biblioteca, onde Rose esteve desde a última vez que a vimos. Max, seu chefe de segurança nos encara aturdido. Impaciente, com todo esse silêncio, solto um berro animalesco.- FALA PORRA! - O homem respira fundo e estende um CD a nossa frente.- O que é isso? - Meu genro pergunta, encarando o objeto.- A prova de que a minha equipe não falhou. - Todos fitamos o homem, que nos olha com convicção.- Como assim? - Marcos questiona, tão perdido quanto eu. Luís pega o CD de sua mão e o coloca no computador. Logo a imagem de Heloísa aparece com os dois homens vestidos com macacões azuis, os mesmos que saíram do caminhão que vimos horas depois na sala de vídeo.- Porque não vimos essas imagens com as outras na sala de vídeo? - interrogo, voltando a olhar nos olhos do chefe da segurança.- Investigamos a parte de trás da casa, olhamos cad
ESTRATÉGIAS DE GUERRA.Escuto batidas leves na porta e Ana passa por ela, seguida do seu marido. Sua carinha agora está mais alegre, porém preocupada. Minha filha não tira os olhos da mãe adormecida na cama de hospital. Ela se aproxima e beija sua testa com ternura e veneração, acho. Aproximo-me do meu genro e falo baixo, pois não quero que ela me escute.— Preciso sair por alguns minutos. Você e a Ana, podem ficar até eu voltar?— Claro. — Aceno levemente com a cabeça e saio do quarto em seguida. Ando pelos corredores com passos largos e entro em um dos elevadores. Lá dentro, pego o meu celular e envio mensagens para Adry.Edgar Fassani:Onde você está?Adry Dias:Recepção.EdgarFassani
É um desejo desenfreado que me impede de pensar, de refletir. Eu apenas a quero, a desejo com todas as minhas forças.— Rose. — Penso em contestar, mas ela não me permite. Mantenho o beijo, que se torna ainda a quente, se é que isso é possível. — Querida, eu não acho…— Eu preciso disso, Ed, preciso de você — geme e volta a me beijar. — Preciso de você! — Sua súplica me domina, me prende, me escraviza.Sou seu… todinho seu!Minha língua invade a sua boca, duela com a sua, de uma maneira frenética e enlouquecida e já sequência, a penetro avido e lento, saboreando seu aperto ao meu redor, o seu calor escaldante. E seus gemidos me deixam maluco. Tento me conter para não machucá-la e início movimentos cálidos e preguiçosos, e a observo jogar a cabeça para trá
Por Adry Dias. Edgar Fassini sai doflatpela porta da frente, enquanto eu e Matt seguimos pela saída de emergência e entramos na Van. Matt dirige o tempo todo calado e atento ao trânsito, e o seu silêncio, me leva para muito distante daqui… In memória… 12 de novembro.Danceteria RedRose Esse dia ficou marcado na minha vida. Audrey, minha irmã mais nova, acabara de 19 anos e resolvemos sair para comemorar com um grupinho animado de amigos. Ela era uma garota muito animada e gostava de dançar, e de curtir a vida. Foi nessa noite que conhecemos Lídia lancaster, uma mulher elegante, sempre bem vestida e muito linda por sinal. Audrey se encantou com ela de cara e após algumas horas de curtição a garota nos convidou para a área vip. Imediatamente ela nos apresentou uma turma aparentemente legal, inclusive o Alexsander, seu irmão mais velho.A noite estava realmen
Me enchi de coragem e saí do meu esconderijo, chamando a atenção de todos para mim. Ergui a arma em punho e apontei para todos ao mesmo tempo.— Boa noite, senhores! — falei, sentindo minha voz trêmula.— Adriana, que felicidade vê-la aqui. — Lídia sibilou com seu charme de sempre.— Solta a Audrey e sairemos da sua festa sem nenhum problema — ordenei.Alexsander, estava sério, porem, não parecia temer o fato de estar apontando uma arma para eles. Ele me olhava com malícia.Lídia matinha um sorriso presunçoso nos lábios e o homem que eu não sei quem era, continuou sentado em seu lugar.— Você sabe usar esse brinquedinho? — A maldita perguntou.Semicerreios olhos para ela.— Quer pagar pra ver? — Dei um
SE PREPARANDO PARA A GUERRA.Assim que entro nohallda minha casa, já posso ouvir as vozes animadas da minha filha e de sua mãe, na sala de visitas, mas para minha surpresa, encontro a casa cheia. Algumas pessoas que conheço e outras que nunca vi antes. Mônica se aproxima sorridente e faz as devidas apresentações, e eu me deparo com uma enorme família aqui. Entre eles há advogados, médicos, empresários, fotógrafos… Pessoas que te conquistam de um jeito fácil e descontraído. É inevitável não ser envolvido por todos eles. Uma tarde divertida e animada, era disso que precisávamos e vê-la o tempo todo descontraída e rindo atoa, é a minha realização.Em algum momento os homens vão para o terraço e as mulheres, para a área de laser. Acomodo-me confortavelmente em uma ca
— Os jogos começam agora, Fassini. — Matt debochou com um tom sussurrante e me senti confuso.— Como assim?— É simples, Fassini. Esses três homens representam os Lancaster e o Fassini. Sua missão é pegá-los e matá-los, antes que o cronômetro marque uma hora.— Desculpe, você disse, Fassini?— Esqueci de falar, seu pai também é um alvo — informa, me encarando frieza. Engulo em seco.— Meu pai está em um hospital penitenciário, Adry. Pelo que soube, os médicos não têm certeza se sobreviverá. Como ele pode ser um alvo?— Não podemos contar com o elemento surpresa nessa missão, Fassini. A pergunta é, se seu pai surgir no meio do combate, terá coragem de matá-lo? — Caralho!Lembro-me do nosso último encontro em seu escritório partic
NA TOCA DO LOBO.Ando de um lado para o outro do corredor, aguardando notícias que não chegam nunca. Já tem mais de meia hora que se trancaram no quarto e ninguém sai para dizer nada.Não faço ideia do que está acontecendo. Rose me parecia bem, sem reclamações, sem sinais de que algo estaria errado. Não vou mentir, minha maior fraqueza é saber que ela possa ser atingida e por algum motivo perdê-la. Isso, eu jamais suportaria.— Bebe isso, Edgar, vai te acalmar. — Luís me estende um copo de uísque, eu o pego e bebo apenas um gole. O corredor comprido parece pequeno demais e sufocante.— Por que eles não saem logo de lá? — rosno impaciente.— Já devem estar terminando. — Ele diz se encostando na parede. Bebo mais um gole da bebida e vou para uma janela no final do corredor. Do lado de fora o dia j&