Acordo com o dia já claro. Rose ainda dorme, aninhada entre os lençóis e aproveito para admirá-la por alguns instantes. Tenho vontade de acordá-la com beijos e carícias, mas não antes de resolver algumas coisas. Saio da cama devagar e vou para a varanda da sala, pego meu celular, e ligo para o meu sócio. E enquanto o telefone chama, observo a cidade flutuante e suas águas escuras. As gôndolas que passeiam preguiçosamente pelas águas tranquilas e as estruturas antigas.
_ Fassini, pelo amor de Deus, me diz que já está vindo para empresa! _ Ele pede em total desespero._ Na verdade…_ Não faça isso, Fassini! _ Respiro fundo._ Eu me casei, Alfred _ falo de uma vez e um longo ocupa a linha. Olho para tela para ter certeza que ainda está lá. _ Alfred?_ Eu ouvi direito? Você se casou? _ Sorrio._ Sim, sou um homem casado._ Quando? Como? Com quem?_ Ontem a noite, aí mesmo na Alemanha e com a mulher da minha vA LUA DE MEL, PARTE 2 Edgar Fassini é um homem fascinante, romântico e carinhoso como sempre foi. Constatei isso, quandosaímos pelas ruas de Veneza e abraçados, apreciamos olugar rústico, com aspecto antigo, que transpira romance em cada esquina. É difícil não ficar fascinada com tamanha beleza rústica, em contradição a sensibilidade das paisagens.Serei sincera, é uma mistura agradável e quase gritante. Nossa primeira parada foi na Praça de São Marcos., enquanto caminhamos, ouço com atenção as palavras de Ed, que fala com admiração sobre o lugar._ Esta é a única praça de Veneza. _ Ele diz. _ Ao redor dela, tem outros pontos turísticos, hotéis, restaurantes, barzinhos. Por isso está assim sempre cheia de turistas e fotógrafos._ Ela é linda! _ É a única coisa que consigo dizer.Ele me abraça por trás e cheira a minha nuca, depois beija o meu pescoço e maxilar.Algumas pessoas passam por nós e dão risinhos contraídos e não muito longe,esc
Quando saímos do restaurante, Edgar insiste em fazer compras.Ele faz questão de comprar uma infinidade de coisas, que não sei se conseguirei usar em um ano, além de presentes para os netos e para nossa filha.Por fim, o carro para em um grande canal eEd dispensa o motorista, e me leva para as famosas gôndolas de Veneza.Gente, é fim de tarde e o céu tem uma linda mistura de cores, entre amarelo, vermelho e roxo. O sol está quase se pondo no horizonte e temos mais umbelo quadro romântico a nossa frente e misturado a tudo isso, ainda passear de gôndola, ao seu lado.Caramba, não sei se alguém conseguiu ter uma lua de mel tão completa em trinta dias, como tive em um único dia, mas como disse, estou totalmente fascinada com tudo.Com a ajuda do meu marido, entro na gôndola e após sentar-se ao meu lado, ele me abraça e nesse abraço aconchegante, apreciamosa vista da cidade flutuante.Suas águas eseu calor, somado ao carinho d
O PRIMEIRO DESAFIO Acordo sentindo o meu corpo amolecido e quentinho debaixo das cobertas. Abro os meus olhos e sou presenteada com a neve fina que cai lá fora, através do vidro transparente da janela. O frio, faz um contraste gostoso com o aquecedor aqui dentro e me deixando preguiçosa. Viro-me na cama para ver o meu marido dormindo ao meu lado e para a minha decepção, ele já não está mais aqui. Suspiro me sentindo frustrada. Sei que terei que me acostumar com isso. Ed é um empresário reconhecido e dono de uma das maiores e renomadas industriais de laticínios deste país, assim como o seu pai, no Brasil. Forço-me a sair da cama e ponho um casaco macio e quentinho por cima da camisola de tecido longo, depois calço uma pantufa, que está ao pé da cama e após fazer minha higiene pessoal, resolvo sair do quarto, pois estou faminta.No caminho pelo corredor faço um coque frouxo em meus cabelos. E quando alcanço o topo da escadaria, escu
Os dias têm se passado rápido.Ed tem ido mais à empresa e só o vejo na hora do almoço e a noite. E quando isso acontece, ele dedica cada minuto a mim.Estou vivendo um conto de fadas sem fim, como sempre sonhei e como sempre quis que fosse. _ Vou sentir a sua falta. _ Mamãe fala me despertando. _Nesse exato momento, estamos em nosso quarto, arrumando as malas para voltarmos ao Brasil.Falta pouco mais de uma semana, para a primeira audiência, embora o tal Lancaster ainda esteja foragido. Recebi notícias de queEnrico já recebeu alta do hospital e já está de volta na prisão também. Isso me tranquiliza um pouco.A única coisa que me faz sentir falta do meu país, é a minha filha e sua família, que aprendi a amar com todo o meu coração._ Eu também. _ Ela me beija o rosto e eu a abraço apertado._ Terminei por aqui, mais tarde, volto para te ajudar com os presentes._ Obrigada, mãe! _ Ela se afasta com um sorriso satisfeito e sai do quarto em s
VISITA INDESEJADA.Algumas semanas…_ A Ana já foi para o trabalho com Luís _ aviso, entrando no quarto.Rose me olha dos pés a cabeça e um leve sorriso brinca em seus lábios._ Você tem mesmo que ir?_ Faz uma carinha manhosa, me fazendo suspirar. Por mim, não saia de perto dela._ Eu realmente preciso, querida. Mas, prometo que volto o mais rápido possível. _ Ela envolve o meu pescoço e me dá um beijo curto. Os nossos olhos se encontram, e é difícil desviá-los._ Tudo bem, Anabelle já deve estar chegando, não ficarei sozinha em casa._ Heloísa está na cozinha. O que precisar, é só chamá-la _ digo. _ Instalamos algumas câmeras de segurança pela casa e no perímetro dela. Os homens de Luís estão monitorando tudo
_ Que belo par de filhos eu tenho! Um que me aponta uma arma e ameaça a minha vida, e o outro que quer me jogar em uma prisão. Vocês são farinha do mesmo saco! _Puxo a respiração eIgor da tapinhas em meu ombro, pedindo calma.O cacete, minha calma está por um fio!_ Enrico, presta atenção, você está sendo acusado de tráfico de mulheres. Os passaportes que encontramos, é uma prova incontestável. Se você nos entregar os seus comparsas, posso aliviar a sua pena pela metade… _Outra risada e essa faz Igor parar de falar.Filho da puta!_ Sério, Igor? Posso pegar até cinquenta anos, se reduzir pela metade, pego vinte e cinco. Eu já tenho cinquenta e oito. Não vejo um bom negócio nisso._ Então, faça ao menos para se redimir. Sua esposa merece isso._ Giovanna. _ Ele suspira ao dizer o n
EM ALGUM LUGAR DO BRASIL.Escuto alguns sons estranhos, que não consigo identificar o que é, e forço-me a abrir os olhos, mas eles simplesmente não me obedecem.Estou com sono, muito sono e tudo parece tão distante.Os sons… as vozes. Não reconheço essas vozes, é difícil sabero que acontece ao meu redor e de repente, o silêncio e meu corpo parece flutuar. Volto a forçar os meus olhos, estão pesados,mas os forço a abrir e mesmo desfocados, observo o quarto luxuoso, de mobílias caras e de muito bom gosto.Não sei onde estou e tão pouco como vim parar aqui. Com um gemido baixo, viro-me na cama e olho para o teto branco e as paredes claras e bemao lado da cama, tem uma porta branca.O barulhoreaparece, fazendo-me virar em sua direção e congelo ao vê-lo ali, sent
UMA NOVA PEÇA DO QUEBRA-CABEÇA.- Quero que me expliquem como isso aconteceu. - Luís pede impaciente. Estamos todos trancados na biblioteca, onde Rose esteve desde a última vez que a vimos. Max, seu chefe de segurança nos encara aturdido. Impaciente, com todo esse silêncio, solto um berro animalesco.- FALA PORRA! - O homem respira fundo e estende um CD a nossa frente.- O que é isso? - Meu genro pergunta, encarando o objeto.- A prova de que a minha equipe não falhou. - Todos fitamos o homem, que nos olha com convicção.- Como assim? - Marcos questiona, tão perdido quanto eu. Luís pega o CD de sua mão e o coloca no computador. Logo a imagem de Heloísa aparece com os dois homens vestidos com macacões azuis, os mesmos que saíram do caminhão que vimos horas depois na sala de vídeo.- Porque não vimos essas imagens com as outras na sala de vídeo? - interrogo, voltando a olhar nos olhos do chefe da segurança.- Investigamos a parte de trás da casa, olhamos cad