14. O Resgate
_ Você enloqueceu? A caso isso é contagiante? _ Mônica pergunta pasma.
_ Eu tenho como provar o que estou dizendo. _ Ana rebate e Mônica encara o marido. Vejo em seus olhos a incredulidade nua e crua._ Então me mostra _ pede. Definitivamente temo por Rose, por nós. Ela foi categórica quando o segredo. Ana me fita por alguns segundos, seus olhos refletem uma determinação ímpar, uma teimosia bem conhecida por mim.Ela segura a mão da amiga e logo todos as seguem de volta para o escritório. Entro no cômodo e me encosto na parede, levando as mãos aos bolsos, totalmente confiante. Pelo menos eu sei que as imagens não irão aparecer outra vez. Impactado, tiro as mãos dos bolsos e me afasto da parede para constatar que a gravação ainda está lá. Mônica parece estarrecida, inacreditada, até que abraça a amiga e começa a chorar.Mas o quê? Me pergunto completamente sem ação. Por que o vídeo dela não desapareceu como o meu?_ Preciso me senDurante a viagem um silêncio tenso toma conta de todos. Lá fora é uma escuridão só. O lugar é rodeado por uma mata densa e há apenas um estreito caminho de barro. Os homens estão alerta o tempo todo na estrada. Rose está acomodada em meu colo, abraçada ao meu corpo, quieta e calada. Ainda não acredito nisso.Está está bem aqui, comigo e em meus braços! Eu tenho tanto para lhe dizer. Seria egoísmo meu querer só para mim? Deus, eu não queria dividi-la com ninguém essa noite, ou por um bom tempo.Fecho os meus olhos e encosto minha cabeça na sua. Aperto ainda mais o seu corpo ao meu. Ela está de volta, a minha Pérola Negra está em meus braços! Inalo o seu cheiro, é algo que não me cansarei tão cedo de fazer na minha vida.Os meus pensamentos me levam para Enrico. Ele realmente ía atirar
15. Enfim, estou em casa!Depois de muitas lágrimas, das devidas explicações, eu finalmente a levo para o quarto, não o meu, mas o nosso quarto agora._ Preciso de um banho. _ Ela diz desconfortável. Quebramos a nossa aliança, eu sei disso. Um remendo não vai nos juntar outra vez, nunca será como antes. Parecemos dois estranhos trancados dentro de um cômodo. Hesitante, eu faço um sim, com a cabeça. Queria eu poder lhe dar esse banho e cuidar dela pessoalmente. Queria poder estar mais perto dela, mas ainda não é o momento. Rose precisa de um tempo só seu, e eu preciso de tempo só meu. Já não sou o mesmo Edgar de vinte anos atrás e com certeza, ela não é mais a Rose tímida, com o olhar de menina e inexperiente que eu conheci. Rose agora é uma mulher determinada e forte... E porra, cheia de curvas deliciosas tam
_ Não temos homens suficientes para assegurar tanta gente, vamos ter que contratar. _ Marcos fala, após dá um telefonema para o seu chefe de segurança._ Certo, mas não sabemos em quem confiar realmente. Como vamos fazer?_ Luís pergunta._ Eu posso ligar para um amigo _ sugiro, chamando a atenção de todos para mim. _ Ele tem uma empresa aqui no Brasil. Seus homens são russos, são frios e são fiéis. Confio neles._ Edgar, tem certeza? _ Luís pergunta inseguro._ Não brincaria com a segurança da minha mulher, tão pouco da minha filha _ ralho ríspido. Ele assente._ Tudo bem. _ Pego meu celular e ligo para o número que uso com suprema emergência. Yuri Bolovisck atende no primeiro toque._ Fassini, faz tempo que não liga pra mim, no que posso ser útil?_ Preciso de você _ digo com o meu tom seco e diret
16. Colocando o pingo no is.Eu podia simplesmente não falar nada, deixar tudo guardado só pra mim,mas, não posso._ Você gosta dela?_ Sua voz falha na última palavra. Aproximo-me da mulher da minha vida e seguro com carinho cada em cada lado do seu rosto._ Não minha pérola, não sinto nada por ela._ Então?_ Rose tenta fazer a pergunta, mas nada sai e eu me vejo obrigado a revelar a verdade._ Ela está grávida. _ Vejo a surpresa estampada em seus olhos, misturado ao receio._ O filho é seu. _ Não é uma pergunta. Eu puxo a respiração de forma audível e sem saber o que dizer, jogo a frase solta no ar._ Ela diz que sim. _ Rose engole em seco._ Você acha que não é?_ Eu tenho certeza, Rose. Eu sempre tive muito cuidado, pois nunca quis me prender a ninguém. Não quer
Rose FalcãoEntro na banheira com água morna e sou imediatamente abraçada pelo perfume suave de jasmim. Fecho os meus olhos e sinto o meu corpo relaxar aos poucos. Lembrar da despedida de minha filha, me faz sorri em satisfação. Ana não hesitou em dizer sim para essa viagem de últinma hora, ela sabia que precisávamos desse momento a sós. E a nossa conversa no quarto de hóspede. Nossa, não havia mais o que pensar e minha decisão já estava tomada. Eu o amo e ele me ama, e isso é tudo o que importa agora. Deus, como sonhei em estar em seus braços como estou agora. Assisti-lo preparar esse banho, mexeu comigo e até pensei em convidá-lo para compartilhá-lo comigo. Como reagiria a um pedido tão audaz? É, eu hesitei, simplesmente não tive coragem suficiente para fazer tal convite. Lembranças da nossa prime
A LUA DE MEL, PARTE 1 Eu tive medo… Medo que ela desistisse de mim,que as revelações a levasse para longe,que me dissesse não, mas ela disse sim. A palavra de três letras mais significativa para mim no momento. Arrisquei tudo o que eu tinha, os meus sonhos e desejos, e me abrindo para Rose naquele quarto de hóspedes, eela simplesmente disse sim, apesar de tudo. Não sei como se chama isso, contudo, me antecipei e deixei a ordem para que preparar um jatinho e pegar a família Alcântara, e Albuquerque, assim que saíssemos do Brasil, assim como pedi que fossem acomodados em meu hotel. Germana foi o meu maior apoio, me ajudou, mesmo sem saber que se tratava.Quando ouvi o sim, sair da sua boca, imediatamente a deixei no quartel aos cuidados da minha assistente e fui para o quarto de hóspedes me arrumar, eu tinha um plano, que estava com um atraso de vinte anos e já não podia esperar nem mais um minuto.Olho-me no espelho, orgulhoso do que vejo e sorrio com
Acordo com o dia já claro.Rose ainda dorme, aninhada entre os lençóis e aproveito paraadmirá-la por alguns instantes.Tenho vontade de acordá-la com beijos e carícias, mas não antes de resolver algumas coisas.Saio da cama devagar e vou para a varanda da sala, pego meu celular, e ligo para o meu sócio.E enquanto o telefone chama, observo a cidade flutuante e suas águas escuras.As gôndolas que passeiam preguiçosamente pelas águas tranquilas e as estruturas antigas._ Fassini, pelo amor de Deus, me diz que já está vindo para empresa! _ Ele pede em total desespero._ Na verdade…_ Não faça isso, Fassini! _Respiro fundo._ Eu me casei, Alfred _ falo de uma vez e umlongo ocupa a linha.Olho para tela para ter certeza que ainda está lá._ Alfred?_ Eu ouvi direito? Você se casou? _Sorrio._ Sim, sou um homem casado._ Quando? Como? Com quem?_ Ontem a noite, aí mesmo na Alemanha e com a mulher da minha v
A LUA DE MEL, PARTE 2 Edgar Fassini é um homem fascinante, romântico e carinhoso como sempre foi. Constatei isso, quandosaímos pelas ruas de Veneza e abraçados, apreciamos olugar rústico, com aspecto antigo, que transpira romance em cada esquina. É difícil não ficar fascinada com tamanha beleza rústica, em contradição a sensibilidade das paisagens.Serei sincera, é uma mistura agradável e quase gritante. Nossa primeira parada foi na Praça de São Marcos., enquanto caminhamos, ouço com atenção as palavras de Ed, que fala com admiração sobre o lugar._ Esta é a única praça de Veneza. _ Ele diz. _ Ao redor dela, tem outros pontos turísticos, hotéis, restaurantes, barzinhos. Por isso está assim sempre cheia de turistas e fotógrafos._ Ela é linda! _ É a única coisa que consigo dizer.Ele me abraça por trás e cheira a minha nuca, depois beija o meu pescoço e maxilar.Algumas pessoas passam por nós e dão risinhos contraídos e não muito longe,esc