Quando o Peso se Torna InsuportávelA tensão na sala parecia palpável. Após a conversa com Clara, Miguel sentia o coração pesado, mas ainda não conseguia desligar. Ele sabia que precisava descansar, mas a pilha de relatórios e as ligações incessantes para seus gerentes o impediam de encontrar qualquer paz. Ele se levantou da cadeira e começou a andar de um lado para o outro no pequeno escritório, passando as mãos pelos cabelos em um gesto automático de frustração.Clara o observava da porta, com um olhar preocupado. Ela sabia que Miguel estava à beira de um colapso. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o telefone dele vibrou novamente. Miguel pegou o aparelho com força, como se estivesse travando uma batalha consigo mesmo. Ao atender, sua voz saiu tensa e abrupta.— O que foi agora?Do outro lado, a voz de um dos gerentes era hesitante, mas carregada de preocupação.— Senhor Alencar, nós temos um problema sério na filial de São Paulo. Houve um erro nos contratos de fornecimento, e
Deixando o Peso para Trás Miguel estava sozinho na cozinha, o copo de água vazio sobre a bancada. Ele olhava fixamente para o mármore enquanto sua mente era invadida por pensamentos que o atormentavam. O peso das responsabilidades, a ameaça constante de Henrique, a segurança de Clara, Luna e de toda a família. Tudo parecia esmagá-lo. Clara entrou na cozinha minutos depois, procurando por ele, mas a cozinha estava vazia. Franziu o cenho, preocupada, e saiu, procurando por Miguel. Foi quando o viu no jardim, sentado em um banco de pedra sob a sombra de uma árvore, com as mãos sobre os joelhos e o rosto enterrado nelas. O soluço quase inaudível quebrou o silêncio. Ela parou, observando-o por um momento, sentindo seu coração apertar. A imagem daquele homem, sempre tão forte, tão protetor, agora vulnerável, era difícil de processar. Clara se aproximou devagar, parando ao lado dele. — Miguel? Ele rapidamente enxugou o rosto e levantou-se, evitando olhá-la nos olhos. — Estou bem
Você é incrível! Miguel ainda sentia o eco dos gritos reverberando em sua mente, como se cada palavra não dita e cada medo guardado tivessem sido arrancados de dentro dele e lançados ao mundo. A cachoeira continuava a cair sobre as pedras com uma força constante, quase hipnotizante. Ele fechou os olhos, tentando absorver aquele momento, mas então sentiu uma presença ao seu lado. Clara estava ali, olhando para ele com um misto de amor e preocupação.Miguel permaneceu de pé, respirando profundamente enquanto a água da cachoeira caía ao seu lado, como um lembrete constante da força e do renascimento que aquele lugar representava. Seus olhos encontraram os de Clara, que o observava com um sorriso suave, o amor brilhando em seu rosto.Ela o puxou pela mão, levando-o para o centro da queda d’água. A força da água os envolvia, como se estivesse lavando não apenas seus corpos, mas também suas dores. Miguel olhou para Clara, com a água escorrendo pelo rosto dela, cada gota intensificando sua
Amor na cachoeira Ela retribuiu, tirando a camisa dele e deixando-a cair ao chão molhado. A pele de ambos estava quente, apesar da água fria da cachoeira. Miguel desceu as alças da roupa dela com cuidado, como se estivesse lidando com algo precioso.Quando estavam livres das roupas, ele a puxou para debaixo da queda d’água, onde o som ensurdecedor da água caindo parecia isolá-los do resto do mundo. Miguel a encaixou no seu colo a penetrando arrancando um suspiro e um ulhar de sedejo em Clara que fez o corpo de Miguel se arrepiar com a intensidade do momento. — Clara, eu prometo que vou fazer você feliz. Eu vou te proteger, sempre. Você é minha. Para sempre.Ele se movia com precisão, as palavras dele incendiando cada parte do seu ser.— Eu já sou feliz, vida. Desde que esteja com você, não preciso de mais nada.Eles se amaram ali, sob a cachoeira, com a força da água caindo ao redor deles como testemunha de sua união. Foi um momento de pura conexão, onde o amor deles se manifestou
O Ódio de Henrique e o Jogo de EspiõesOutro homem, um jovem de rosto magro e óculos, interveio rapidamente, na tentativa de justificar o fracasso.— Estamos fazendo o que podemos. Até inserimos dois homens na equipe dele. Eles estão dentro da Alencar, trabalhando sob disfarce. Mas o controle remoto dele é impecável. Ele continua a liderar com reuniões online e está contornando todos os problemas. É como se ele estivesse em todos os lugares ao mesmo tempo.Henrique bufou, batendo com força na mesa.— Infiltrados na Alencar e ainda não sabem nada! Vocês me prometeram que teriam informações úteis! — Ele olhou diretamente para os dois homens que permaneciam em silêncio. — E vocês? O que têm a dizer?Um deles, sentado em um escritório que parecia ser parte de um prédio da Alencar, hesitou antes de responder.— Senhor Salles, Miguel é... esperto. Ele mantém uma equipe leal e evita delegar tarefas críticas a qualquer um fora do círculo de confiança dele. Nós estamos tentando, mas ele é caut
Quando o Vilão Ganha TerrenoHenrique estava sentado em uma sala escura, iluminada apenas pela luz da tela de seu laptop. Em sua frente, a reunião com seus aliados havia terminado, mas o plano que ele havia traçado estava apenas começando a dar frutos. Ele tomou um gole de seu uísque e abriu uma pasta cheia de informações que os dois infiltrados na Alencar haviam enviado.— Vamos ver como você lida com isso, Miguel — murmurou ele, um sorriso frio curvando seus lábios.Ele deu as ordens finais. O plano estava em movimento.Na sede da Alencar, o ambiente estava tenso. Boatos de desvios financeiros começaram a circular entre os investidores, espalhando-se como fogo em palha seca. As ações da empresa, até então estáveis, começaram a cair ligeiramente, mas de forma constante. A situação chamou a atenção de Ana, que imediatamente entrou em contato com Miguel, ainda na ilha.— Miguel, algo está errado. — A voz dela estava baixa, mas carregada de preocupação. — Algumas informações vazaram, e
O Retorno Temporário. O som das ondas batendo suavemente contra as rochas era um lembrete constante da tranquilidade da ilha. Mas dentro da sala de reuniões improvisada na mansão, a tensão era palpável. Miguel estava sentado à cabeceira da mesa, o rosto sério e determinado. Ao seu lado estavam Clara, Valentina e Ana cada um imerso em seus próprios pensamentos, mas igualmente cientes da gravidade da situação.— Precisamos agir agora. — A voz de Miguel cortou o silêncio, firme e sem hesitação. Ele olhou para cada um deles, buscando apoio. — Henrique já mostrou que não vai parar até destruir o que construímos, mas isso não significa que ficaremos apenas na defensiva.Clara, que estava ao lado dele, segurou sua mão. Seu toque era um lembrete silencioso de que ele não estava sozinho, mesmo diante de toda essa adversidade.— Miguel, eu sei que você está certo, mas precisamos ter cuidado. Henrique é imprevisível. — Clara falou, sua voz carregada de preocupação.— Concordo. — Valentina inte
De Volta ao Campo de BatalhaNa sede da AlencarOs corredores da Alencar estavam como sempre: movimentados, cheios de funcionários focados em seus computadores ou caminhando com pilhas de documentos. Tudo parecia seguir o curso normal, até que o elevador executivo se abriu no andar principal.Miguel saiu, vestindo um terno impecável, com Ana logo atrás, carregando seu tablet. Seu rosto demonstrava determinação e autoridade. O silêncio caiu como uma onda. Cada funcionário que o via parava instantaneamente o que estava fazendo. Ele não avisara ninguém sobre sua chegada, e o impacto de sua presença era claro.— Senhor Alencar! — exclamou um dos diretores, surpreso ao vê-lo.— Sim. Estou aqui. — Miguel respondeu, caminhando com passos firmes em direção à sala de reuniões principal.Ana o seguiu de perto, já digitando no tablet enquanto ele dava ordens.— Ana, chame todos os diretores e acionistas para uma reunião extraordinária na sala de conferências em uma hora. Avise que a presença é o