Era fim de tarde, Carmem finalizava o vestido de Valentina. Benício se arrumou para ajudar os outros na organização da celebração daquela noite.– Ficou lindo vó eu amei muito!– Está linda! vai usar os brincos que seu marido deu?– Sim é apenas um presente e acho que não fará mal algum usar hoje.– Sim use, vai ficar ainda mais deslumbrante!– Por que insiste que eu esteja tão arrumada hoje? A senhora disse que no momento certo eu saberia.– Sim e esse momento chegou. Ontem estive com sua mãe!– Minha mãe, como?– Em sonho, ela me disse o que temos que fazer para libertar Benício dessa maldição.– O que ela disse? – Valentina não conteve as lágrimas.– Não chore filha, ela não ia querer isso.– Vou me controlar, mas diga de uma vez.– É o colar que ele usa. Está amaldiçoado e você precisa tirar dele o mais rápido possível.– Mas como vou convencer ele a tirar isso? A senhora disse que esse espírito sabe que o descobrirmos...– Ele não vai tirar facilmente. E por isso, só você pode co
Valentina e Benício mal podiam acreditar que depois de tantos conflitos estavam juntos naquela cama, se amando e compartilhando aquele sentimento tão puro que os unia pelo coração. Ela estava deitada sobre seu peito quente e ele alisava seus cabelos.– Ainda parece que estou sonhando, que irei acordar e você não vai estar aqui nos meus braços. – Diz ele, sentindo o perfume dela.– Não é um sonho, eu posso sentir sua respiração e o calor do seu corpo!– Eu nem sei por onde começar. Há tantas coisas que preciso dizer a você, meu amor, olhe para mim. – Ele puxa o queixo dela fazendo-a olhar em seus olhos.– Eu também preciso te dizer muitas coisas, Benício...– Por favor, me perdoe por tantas coisas horríveis que eu disse e fiz a você e por te enganar para se casar comigo. Sei que nada pode justificar, mas eu sinto tanto por ter te feito sofrer Valentina. – Ele beija sua cabeça e a abraça forte.– Eu perdoo, mas estou com muito medo desse exame de DNA e se ficar comprovado que somos irm
Benício trabalhava com o pensamento nela, fechava os olhos e ainda podia sentir o cheiro, o sabor dos seus beijos e as juras de amor que fizeram...ele sorria sozinho pensando em tudo o que havia vivido naquela noite.Carmem levou o colar para Sandra, ela ia saber o que fazer com aquilo.– Aqui está, nos custou muito conseguir tirar isso dele.– Eu imagino Carmem.– E o que vai fazer? Queimar?– De jeito nenhum, as vezes o gênio deve permanecer preso na garrafa. Pode deixar que eu darei um jeito nisso. – Diz Sandra, guardando entre os seios.– E quanto ao colar de ouro? Já descobriu de onde se lembra dele Sandra?– Ainda não, mas ele ficará guardado aqui até sabermos mais sobre ele. Até lá Carmem mantenha as orações em dia e dê a Benício um crucifixo.– Sim eu darei, e muito obrigada por tudo.Valentina se arrumava para ir a faculdade Benício a levaria. Almoçaram e pela primeira vez parecia um lar diferente, as trocas de olhares e gentilezas provavam o quanto se amavam. Carmem percebe
Benício era o homem mais feliz do mundo e Valentina se sentia amada como nunca havia sido em sua vida. Aquele amor crescia de maneira tão intensa a cada vez que se amavam, Carmem nunca tinha visto sua neta tão feliz, cheia de esperança e fazendo tantos planos com ele.Carmem aprendia a gostar de Benício, conheceu seu lado amoroso e nem sequer sombra daquela possessão havia nele. Todos os dias quando voltava do trabalho para almoçar trazia uma flor para Valentina, não falhava um dia sequer e era sempre romântico e cuidadoso. Domênica reclamava da ausência de Benício na vida dela e de Karen, ele ia bem menos vezes por lá.Naquela tarde, ela percebeu que algo estava faltando...– Benício, onde está seu colar?– Eu o perdi a dias atrás. – Ele respondeu tranquilamente.– Te pedi que não o tirasse, mas nada do que eu te peço parece importar para você. Quase não vem aqui e só vive em função daquela mulher agora!– Esqueça esse colar estúpido e por favor, não se refira a minha esposa assim. E
O jantar seguiu, Valentina e Benício acompanharam as duas até sua tenda.– Muito obrigada Valentina, espero que de agora em diante tenhamos uma boa relação. – Domênica alisava a mão dela, enquanto Karen ria por dentro, tamanha falsidade da própria mãe.– Sim e nossa casa também está sempre aberta para as duas!Elas sorriem e entram.– Se forçasse mais um pouco ia beijar na boca dela. Eu odeio essa garota e se eu pudesse eliminava ela desse mundo. – Karen se consumia de raiva e inveja.– Filha se acalme, eu tenho um plano para separar ela do seu irmão.– Disse isso dias atrás e agora eles estão mais grudados que nunca.– Confie Karen.– O que me importa agora é pensar em mim, chegou a hora de cuidar da minha vida também mãe. A senhora só vive para Benício, às vezes parece que eu nem existo.– Deixe de drama e me fale logo com quem pensa em casar?– Salazar Lourenço.– O que?– Ele mesmo, .é bonito e é ele quem eu quero!– Mas ele gosta de Valentina e todos sabem filha.– De novo aquela
Finalmente o dia de colocar fim aquela terrível dúvida havia chegado, nem Valentina e muito menos Benício, tinham dormido na noite anterior, misturavam ansiedade e um profundo medo daquela resposta. Ele havia prometido a Valentina que iriam juntos, pois ela temia que ele ocultasse a verdade.Carmem também estava com muito medo, aquela possibilidade lhe tirava a paz cada vez que os via juntos e tão apaixonados. Seguiram para a cidade, estavam uma pilha de nervos.– Sou Benício Aguirre Coimbra e vim buscar um resultado de DNA! – Ele tocou o balcão pedindo para a recepcionista, logo depois, olha para Valentina tão aflita ao seu lado.Ela tremia, a mulher da recepção o fez assinar alguns papéis e entregou a ele. Benício respirou fundo e abriu aquele envelope...ali estava o a resposta que temiam: POSITIVO.Valentina sentiu escurecer as vistas e Benício a amparou, colocando-a sentada no sofá da clínica, trouxeram álcool e aproximaram de seu nariz fazendo-a despertar. Benício ainda chorava d
Salazar chegou ao pôr do sol e logo foi a tenda dos anciões, contou sobre que os dois eram irmãos e os deixou atordoados com aquela revelação. Foram para casa de Valentina, ela ainda estava deitada e Carmem a chamou.– Meu Deus filha, levante-se agora.– O que foi? Aconteceu alguma coisa com Benício, não foi?– Salazar!– O que tem ele?– Ele descobriu tudo sobre você dois. – Carmem respondeu ofegante.– Como? De que maneira ele poderia saber disso?– Eu não sei, mas ele está aqui com seu exame de DNA nas mãos e juntos com os anciões.– Valentina precisamos todos conversar. – Salazar entrou no quarto e logo as intimou.Ela não teve alternativa e foi com Carmem até eles, logo Benício chegou e deu de cara com todos aqueles homens em sua casa e Valentina chorando abraçada a Carmem.– O que está acontecendo aqui? – Perguntou Benício.– Viemos colocar algumas coisas em seu devido lugar.– Salazar por favor, deixe que nós iremos resolver isso. – Artêmio tomou a palavra.– Benício e Valentin
Salazar agora era o todo poderoso e sabia que a permanência da família de Benício, poderia ser usada como moeda de troca para conseguir Valentina e ele tratou de usar essa carta na manga o mais rápido que pode.– Valentina posso entrar um instante? – Salazar percebeu os olhos inchados dela e sua a expressão abatida dela, pois estava sofrendo muito por Benício.– Desde que não seja para insistir em me falar sobre Benício, entre. – Valentina sabia que boa coisa não podia ser aquela visita logo cedo.– Você sempre soube dos meus sentimentos e das minhas intenções, não é necessário que eu as repita...quero que volte a ser o que sempre foi, nossa princesa se casando comigo!– O lugar de Benício em minha cama mal esfriou e você já quer se apossar dele?– Em primeiro lugar, aquele miserável jamais deveria ter tocado em você, deixe de orgulho e me aceite, finalmente coloque as coisas em seu devido lugar.– Não, eu já me decidi e jamais terei outro homem. Nem você e nem ninguém!– Valentina vo