Sequência de Dois Amores, se ainda não leu pode conter spoiler, mas se não liga fique à vontade para fazer parte da vida de Rana Sato Nomura.

Dos cabelos cumpridos com franja, pretos e lisos. 1,55 de altura, 25 anos, olhos puxados, e de um sorriso pequeno e com roupas delicadas e comportadas. Essa é Rana Sato Nomura uma Japonesa milionária, que por causa do seu pai esconde seu verdadeiro eu de todos. Uma última viagem, isso era tudo que ela queria, para escapar das pressões de um casamento arranhado com um homem que não ama e nem mesmo gosta. Uma última vez para experimentar a liberdade, mas, o que acontecerá quando Rana reencontrar seu verdadeiro amor deixado para trás três anos para salvar a empresa do seu pai. Ela enfim terá coragem de romper seu noivado de três anos com Noah Sakai e finalmente viver seu verdadeiro amor? Ou, continuará sendo infeliz e vivendo de aparências?

—A já ia me esquecendo, como não sei se irei voltar para cá tão cedo. Resolvi trazer o convite antecipado para vocês. —Ela entrega. —A e estou com a da Amélia, ela está para eu entregar?

—Eu entrego, pois a Amélia está de férias. 

—A sim, então diga para ela que eu quero muito que ela vá.

—Amiga que convite mais lindo. —Jasmim fala admirando o convite.

—Que convite? —Tiago surge do nada e se intromete na conversa.

—Jasmim! Você me disse que ele não estaria aqui! —Rana fica pálida.

—Me desculpe eu pensei que ele não estaria. 

Os dois se encaram. —...—Mas, ambos permanecem em silêncio.

Assim como a memória pode ser um paraíso do qual não podemos ser levados, ela pode também ser um inferno do qual não conseguimos escapar. Rana olhou no fundo dos olhos dele, naquele instante ambos se lembraram de tudo o que viveram no passado. O destino une e separa, mas nenhuma força é grande o suficiente para fazer esquecer pessoas que por algum motivo um dia nos fizeram felizes.

 Segunda- feira 4 de maio de 2013.

Dos cabelos compridos, coloridos e lisos. 1,55 de altura 20 anos, olhos puxados, e de um lindo sorriso.  Essa era Rana Sato Nomura, há cinco anos. Quando não precisava esconder seu verdadeiro eu.

—Sabe mesmo com toda a luz desse pôr do sol a que brilha mais é você. —Tiago fala.

—De onde tirou essa frase tão clichê? — Ela pergunta rindo sentada em baixa de uma ponte, apreciando o pôr do sol.

—É que é você que traz a alegria dos meus dias. Sei que adora minhas frases clichê, então aqui vai mais uma. Eu te amo meu pinguinho de gente.

“Sei que não deveria, mas realmente eu amo suas frases clichê.”

Ele inclina a boca para beija-la, e Rana o beija de volta como se estivesse morrendo de fome. Um beijo apaixonado. 

—Eu também te amo, Ti.

“E sempre vou te amar, disso não tenho dúvidas.”

Presente.

“O que eu faço? Depois de tudo é assim que nos reencontramos, eu entregando meu convite de casamento para a prima dele.”

Tiago é o primo de Jasmim um Italiano, forte, alto de 1,75, cabelos loiros e olhos de jabuticaba penetrantes.  Os dois continuam se encarando, mas nem um tem a iniciativa de iniciar a conversa. —Tiago a Lua veio me visitar, não seja mal educado a comprimente. —Jasmim tenta disfarçar o nervosismo de não saber o que fazer.

—Que cabeça a minha, olá Rana. Pensei que nunca mais a viria novamente. —Ele a abraça tentando disfarçar o choque de revela.

“Esse abraça é tão bom, e ele ainda cheira a açúcar caramelizado. Rana foco.”

—Poise andava muito ocupada.

—Não deve ser fácil mesmo ter que preparar seu casamento.

—Jasmim!

—Me desculpe, não sabia que era um segredo. 

—E não é, só que...

—A então você vai se casar. —Tiago a olha com curiosidade.

—Jasmim é melhor deixar os dois sozinhos eles têm muito o que conversar. —Cristal fala.

—Não tia, eu e o Tiago não temos nada para conversar.

—Tem sim, vamos mãe. —As duas saem.

“Droga, eu não estava esperando por isso, não agora. Talvez um dia, mas um dia onde eu já estivesse casada. Respira fundo você consegue.”

—Você que se sentar? — Rana pergunta tentando parecer calma.

“Meu Deus porque meu coração está tão acerelado?”

—Claro. —Tiago se senta.

—Então você vai se casar, com o Noah Sakai?

—Sim ele mesmo. —Ela abaixa a cabeça.

—Meus parabéns.

—Obrigada.

—Como anda seus pais? Seus avós, a Nara já fez a trilha Petra, Jordânia?

“Nossa depois de anos sem nos vermos ele me pergunta isso.”

—Meus pais estão bem, e porque a curiosidade na trilha da minha vó?

—Apenas porque ela dizia que em menos de 2 anos estaria fazendo essa trilha, e sempre tive a curiosidade de saber se ela realmente foi.

—Você sabe que por ela já tinha ida faz tempo, mas não deixamos. Então acabou se contentou em fazer a trilha dos Inca.

—Por que não? Ela sempre falava que era seu sonho, e já estava treinando para fazer essa trilha. Deveriam ter deixado.

“Parece que invertemos os papeis ele era o certinho e eu que gostava de viver a vida intensamente.”

Passado, 2014, adrenalina.

—Hora de pular. —Um paraquedista fala para eles.

—Porque aceitei fazer isso? Eu não vou pular nem que me paguem, minha vida é muito preciosa.