Tiago: -Eu ainda te amo.

—Eu aceito, dia 10 de novembro iremos procurar nosso cadeado.

—Boa sorte. —Ela ri. 

—Já disse como você está linda?

—Já, mas pode falar quantas vezes quiser...

Atualidade.

“Droga! Ele ainda vem aqui.”

—Você ainda vem aqui?

—Todos os anos, e se estiver procurando nosso cadeado, é esse aqui. —Tiago aponta para um cadeado, vermelho com as siglas r e t= amor eterno.

—Essa ponte não deveria ser a ponte do amor, esses cadeados não funcionam.

—Funciona sim, minha mãe tem um cadeado colocado aqui, só não sabe onde.

—Bom para ela. —Rana se vira para sair, mas no último momento as mãos dele envolvem sua cintura ele a levanta.

—Me ponha no chão. —Rana grita brava.

—Achei que isso era melhor que deixar você correr, que nem uma loca.

—Se você não quiser que minhas pernas se enrolem na sua cintura nos próximos três segundos, me coloque no chão.

 Os olhos dele se escurecem e ela tenta desviar o olhar, mas também o mantem. —É...

—Tic-tac, Tiago. —Rana aprofunda sua voz deixando seus lábios ficarem um pouco macios. —Isso significa que quer minhas pernas em volta da sua cintura?

Com cuidado, Tiago a coloca de volta no chão e dá um passo para trás. —Eu os prefiro enrolados no meu pescoço, mas hei, por que não?

—Viu você continua o mesmo paquerador.

—Bom. Não vou mais abrir meu coração para você, vou continuar escondendo meus sentimentos e deixar a única oportunidade que tenho, escorregar pelos meus dedos. Assim está melhor? —Ele a encara como se não quisessem uma aprovação.

O coração de Rana dá um pequeno solavanco que a denúncia, mas ela mente para Tiago, e principalmente para si mesma. —É isso mesmo que eu quero.

—Realmente é isso que quer? —Tiago a olha desapontada.

—Eu disse que sim. Supera. —Ela o encara.

—Não Rana, me escute.

A mão dele encosta em seu braço e ela congela.

— Tiago, não é necessário.

Rana se vira novamente e continua andando pela ponte, Tiago começa a andar junto. —Pode falar que não me quer, mas sei que é mentira.

—Sua prima mataria nós dois se soubesse que estamos tendo essa conversa.

—Ninguém precisa saber que estamos conversando sobre o nosso amor.

—Você é sem noção Tiago. —Rana solta uma risada sarcástica. —Certo porquê depois de todos esses tempos você ainda me quer, se pode ter qualquer outra garota.

—Jesus, pinguinho de gente. Você está falando sério mesmo?

“Ele me chamou de pinguinho de gente?” —O coração dela começa a bater rapidamente e então, ela começa a suar frio.

Tiago dá um passo mais perto e estende a mão para segurar o rosto dela. Rana récua como se ele a tivesse golpeado. —Você é cega, droga? Não importa quanto tempo já passou ou quanto tempo ainda resta, sempre foi você a dona desse amor que há em mim. E sempre será, eu te amo meu pinguinho de gente.

“Bosta, isso não é justo ele sabe como roubar meu coração.”

—Tiago... —Ela suspira.

—Não Rana, eu sei o que vai dizer e não quero ouvir.

—Você quer ouvir sim. — Nesse momento Rana se coloca nas pontas dos pés e o rosto dele desce ao mesmo tempo, ela o beija intensamente como se não tivesse ninguém ao seu redor. Os lábios dele são macios, mais macios do que ela se lembrava.  Mas, acime de tudo são cheios de recordações da qual ela nunca fez questão de esquecer.

—O que foi isso? —Tiago pergunta surpreso com o que acabou de acontecer.

“Uma prova que a Jas estava certa, nós ainda nos amamos.”

—Foi apenas um beijo, nada demais. —Rana responde com as bochechas coradas.

— “Nada demais. "Como assim, você diz que não me quer, e depois me beija?

—Tiago entenda eu não posso te querer. —Rana abaixa a cabeça. —Mas, depois de me chamar de pinguinho de gente, foi tão inevitável.

—Está dizendo que me beijou pois eu te chamei de pinguinho de gente?

—Sim, e não. Eu estava tentando sair correndo, pois não queria cair novamente na tristeza de te amar.

—Como me amar pode ser uma tristeza?

—Simples, sabemos que não vamos poder estar juntos, e se tentarmos no final iremos nos machucar novamente.

É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo.

“Claro que eu sei disso.”

— Eu acredito em segunda chance, só não acredito que todo mundo a mereça.

 —Me deixe mostrar que há sempre a pequena chance de o impossível rolar.

—Como, se daqui a 3 dias irei voltar para o Japão?

—Três dias são o suficiente para lhe provar que nosso amor ainda está vivo.

—E se conseguir provar isso? —Ela o olha curiosa.

—Não irei lutar apenas esses três dias, irei lutar por você até o dia do seu casamento, e sei que vou conseguir. Pois, ninguém é pareô para um coração apaixonado.

“Essa é a coisa mais romântica que já falaram para mim, me esqueci como ele é bom com as palavras.”

—Droga Tiago! —Rana sorri voltando a beija-lo. —Você não precisa ir trabalhar?

—Estava fazendo umas entregas, e é só eu avisar a Jasmim e tudo bem. Essa é uma das vantagens da chefe ser sua prima.

—Você se aproveita da pobrezinha, garanto que não fazia isso quando seu tio era o chefe.

—Realmente, não tinha o costume de pegar folgas. Agora que resolvemos isso, podemos sair daqui? 

—Com prazer. 

Os dois saem de mãos dadas, em direção a um carrinho de algodão doce.  —Vamos querer dois.

“Ele não se esqueceu que sou fanática por algodão doce.”

—Aqui está. —Tiago a entrega. 

        T

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