DIAS, SEMANAS E... MESES DEPOIS!
Os dias e as semanas foram se passando desde que Jhanny chegou no Vilarejo Sfixland em Natureza, ela e Lúcia estavam se adaptando cada vez mais com o lugar e com as pessoas. Estavam ficando muito boas nos treinamentos com John e Carter, elas evoluíram bastante.
Viver em Natureza era incrível. Logo Jhanny e Lúcia haviam aprendido muitas coisas sobre Natureza, os deuses e os lords da natureza e, também, sobre os reinos do Sul e do Norte. Elas adoravam as histórias que ouviam. Todos os dias elas treinavam e se divertiam pelo lugar, viam ao por do sol da Colina do Pessegueiro Azulado algumas vezes, a noite ficavam na varanda do quarto observando as estrelas no céu. Elas almoçavam e jantavam todos os dias no Salão, já haviam feito amizade com as pessoas que John as mostrou no primeiro dia delas, menos com o
Ter visto Jhanny e Carter juntos fez Lúcia sentir um pouco de inveja. Mas ela ficou feliz pela amiga. Lúcia e John haviam ficado bem próximos nesses últimos três meses, não tão próximos quanto ela gostaria, mas ele havia se aproximado bastante dela e Jhanny. Ele não era mais daquele Jeito sério e distante de antes. Ele agora era amigo delas, conversavam e saíam juntos, além de treinarem juntos. Ele as considerava tanto que havia contado a elas sobre os pesadelos que tinha com a morte dos pais que ele havia presenciado. Lúcia se sentiu muito triste por ele quando descobriu isso. Tentou se aproximar ainda mais dele, mas não teve tanto sucesso quanto Jhanny estava tendo com Carter. Parecia que John só a via como amiga mesmo. Quando ficavam só os dois juntos sozinhos, apenas conversavam e nada mais que isso. Lúcia não sabia dizer se John
Mais tarde, após o almoço no Salão, estavam os três na Colina do Pessegueiro Azulado. Olhando a paisagem, o tempo havia mudado repentinamente desde que eles deixaram a sala de meditação. O céu estava nublado e havia esfriado bastante. Lúcia podia sentir que o ar estava diferente, talvez fosse só sua imaginação, mas havia algo realmente diferente no ar desde que havia saído de lá. Mas mesmo assim, olhando a paisagem a sua frente, ela teve que admitir que, mesmo com o tempo mudado, o lugar continuava lindo. — É lindo aqui. — Foi o que disse. — Muito. — Jhanny concordou. John não falou nada, estava encostado no tronco do pessegueiro de braços cruzados e uma expressão séria no rosto. Lúcia ficou imaginando no que ele estava pensando, seria no mesmo que ela? Que seus sonhos têm algum tip
Do outro lado da muralha, o vilarejo não era tão diferente de Sfixland. As casas eram construídas quase das mesmas formas, algumas de madeira, outras de blocos de pedra e algumas com ambos os materiais. Porém, Depparow, parecia maior que Sfixland. As principais ruas eram ladeadas de pedras. Lúcia observava as crianças brincando e os jovens passeando, enquanto seguiam Lex Hygo até um prédio feito de blocos de pedra em estilo medieval. Parecia uma espécie de castelo. Algumas pessoas na rua os lançavam olhares estranhos... Claro! Eles eram forasteiros. Na frente do castelo havia um jardim com diferentes tipos de plantas, árvores com suas folhas em tons de laranja, amarelo e dourado devido a chegada do Outono. Eles seguiram direto por uma estrada de pedra, com várias folhas secas caídas no chão, para uma enorme porta de carvalho. O Sr. Hygo a abriu e esperou até todos eles entrarem.
No sonho, John estava em um templo, de frente para uma enorme fogueira com chamas em tons de laranja, vermelho e dourado brilhantes. Ele nunca havia estado naquele lugar antes, mas, de alguma maneira, ele sabia o que era. Ele sentia. Estava olhando para o Fogo Imortal, estava num templo dedicado a Fokon, o deus do fogo. O Fogo Imortal era seu símbolo, chamado assim porque nunca se extinguia. Não importa onde estivesse, nada era capaz de apagá-lo. O templo era a céu aberto, para que a fumaça pudesse subir ao ar livre. Colunas de pedra erguiam-se ao redor de onde estavam John e a fogueira, a intervalos de um metro e meio uma da outra, cada uma com uns quatro metros de altura e com uma estátua em miniatura de um homem, o deus do fogo, segurando uma espada e uma tocha nas mãos, no topo delas. O chão também era de pedra.
Jhanny não sabia por quanto tempo estavam andando. Então sentiu cheiro de comida e sentiu o estômago roncar. Mas de onde vinha o cheiro? Ela, John e Lúcia não conversaram muito durante a caminhada. Pararam algumas vezes para descansar e tomar água e então voltavam a caminhada pela floresta. Para onde estavam indo? Jhanny não sabia ao certo. Estavam seguindo o conselho que as deusas ancestrais de Lúcia haviam a dado, pois encontrariam ajuda lá, seja lá onde fosse. John havia suposto que esse lugar seria um vilarejo que havia seguindo por este caminho. O nome era Cordall. Assim como Sfixland, era habitado por filhos da natureza. Porém, segundo John, a maioria dos habitantes eram descendentes de Othor, lord do outono. — Estão sentindo? — Lúcia perguntou.
Ela sabia que isso acontecera há 16 anos atrás quando era um bebê. Foi quando seus pais e os pais do John morreram, protegendo as pessoas do vilarejo. Ela lembrou do sonho com a mãe correndo com ela ainda bebê. A figura escura que as seguia, seria Kallow? E o motivo dos ataques era a tal profecia? Como ele poderia saber que ela faria parte disso se era apenas um bebê na época? — Vamos conseguir ajuda para chegar o mais rápido possível no Monte dos Deuses e ouvir essa profecia? — Lúcia perguntou. Ela não parecia assustada, não muito, mas determinada. — Ah, sim. Você fez certo ao ouvir o conselho das deusas e seguir até aqui. — A Mãe Natureza voltou a sorrir. — Continuem indo até Cordall. Passem a noite lá. Hoje será o Festival de Othor, vai ser divertido. Enimal? — Ela olhou para o filho.
Lúcia estava caindo muito rápido. E tudo que ela fez naquele momento foi gritar, mas nem conseguia se ouvir gritando com o rugido do vento nos seus ouvidos.Ela olhou para os lados, procurando por John e por Jhanny. Não os viu, isso a deixou ainda mais apavorada. O ar estava frio, muito frio. Ela olhou para baixo, através das nuvens, para onde estava caindo, e viu pequenas montanhas verdes, rios e lagos, campos e, mais ao longe, talvez o mar. Aquilo com certeza era água, uma imensidão azul esverdeada que não acabava mais. Cercava todo o lugar, uma ilha. Mas por que ela estava despencando dos céus? E caindo numa ilha?Ela agitava os braços freneticamente, a ilha estava se aproximando. Ela não sobreviveria de jeito nenhum aquela queda. Procurou seus amigos de novo, o ve
Lúcia tentou, mas não conseguiu dormir. Até deu umas cochiladas, mas sempre acordava. John não estava mais agachado perto da fogueira. Ele estava encostado numa árvore, mas ainda a olhava. Sempre que Lúcia cochilava e acordava, olhava para ele e ele estava olhando a fogueira, outras vezes olhava para os lados, na direção dos sons de possíveis ameaças, mas voltava a fitar as chamas quando o som cessava. Algumas vezes ele estava olhando para Lúcia. Ela se lembrou de como ele ficou a encarando na floresta, antes de encontrarem a Mãe Natureza. Ele nunca a havia encarado assim, não daquele jeito. Não que ela não gostasse de que ele a olhasse, mas foi diferente. Ela ficou se perguntando por que ele a encarou daquele jeito. Pensou nas vezes em que ficou sozinha com ele em Sfixland. Ele não a olhava daquele jeito também, quando estavam sozinhos, mas ela olhava bastante para ele. Gostava dos olh