Zarina

Fiquei aliviada de não ver meus pais ali, aliviada que o tio Nic não tivesse contado a eles o que eu estava fazendo em Paris. Ainda bem que ele estava focado em Malia, mas meu medo persistia, pois ainda havia a possibilidade de ele lembrar da minha existência.

A semana passou voando e o único lugar que eu estava autorizada a ir era a faculdade, e olhe lá, nem passava pela minha cabeça desobedecer a ordem. Querendo ou não, minha vida também estava em risco.

Malia não saiu do quarto em momento algum, nem mesmo para falar comigo. As refeições eram sempre entregues em seu quarto e, quando iam buscar, estavam praticamente intactas.

No domingo de manhã, fui ao quarto dela e, assim que olhei em seus olhos, vi que estavam opacos e sem brilho. Não conseguia reconhecer minha prima ali. Pela primeira vez na vida, Malia não tinha a vontade de viver refletida em seus olhos.

Tia Zoya entrou no quarto e começou a arrumá-la. Em momento algum Malia deu sua opinião ou se moveu de maneira brusca; pareci
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