Abri meus olhos e me vi em um lugar desconhecido. Olhei pela janela e vi que já era noite. Verifiquei as horas no meu telefone e vi que passava das 23:00. Com a fome começando a apertar, decidi levantar e procurar algo para comer.Ao sair do quarto, percebi o silêncio que pairava sobre a casa, um silêncio que parecia sufocante. Lembrei-me então que Etore havia dito que eu ficaria na casa de sua mãe até o casamento. Mais uma vez, a sensação de estar presa me envolveu, mas eu não conseguia nem gritar para expressar minha frustração.Desci as escadas e, ao tocar na parede, encontrei o interruptor para acender as luzes. A cozinha era o único lugar iluminado, o que me trouxe um pouco de alívio.Com receio, abri a geladeira e me assustei ao ver uma garota mais ou menos da minha idade me observando.— Sinta-se à vontade para pegar o que quiser na geladeira ou nos armários. Você provavelmente está com fome. — Ela disse, percebendo minha surpresa.— Desculpe, não quis te assustar. Meu nome é C
Eu estava na sede com Alex, meu subchefe, quando meu telefone começou a chegar várias mensagens. A mensagem era de um soldado na casa da minha mãe, dizendo que todos os outros soldados estavam de olho em minha noiva. Não entendi o que ele quis dizer com aquilo até ver a foto dela de pijama transparente na varanda de seu quarto.Não pensei duas vezes antes de entrar no carro e ir até essa filha da mãe. Chega a ser doentio como essa menina consegue me tirar do sério. Nunca pensei que ela teria coragem de realmente me pirraçar, mas a fedelha mandada pelo capiroto teve. Assim que o carro chegou à mansão da minha mãe, eu a vi na sacada de seu quarto com aquele pijama minúsculo e transparente. Assim que nossos olhos se encontraram, ela abriu um sorriso desafiador que me fez engolir seco. A filha da mãe tirou a blusa, ficando apenas de lingerie, que quase não cobria seus seios e meus soldados não se atreveram a mexer um músculo se quer.O carro parou, e eu desci como um foguete em direção
Eu me deixei levar por aquele olhar de raiva, eu me deixei levar pelo cheiro amadeirado, me deixei levar quando suas mãos tocaram o meu corpo me deixei levar quando suas provocações me causaram sensações, me deixei levar pelo beijo quando sua boca e sua língua entrou em em contato com a minha. Eu me deixei ser beijada e tocada por ele e por mais que eu o odeie eu deixaria ele me tocar por mais mil vezes, e por mais que todas as sensações e sabores tenham sido novidade para mim, e pensa numa novidade maravilhosa eu jamais deixaria ele saber que eu me entregaria a ele quantas vezes ele me pedisse. O calor do momento consumiu meus pensamentos, e a lógica foi varrida pela maré de emoções que ele despertava em mim. Suas mãos exploravam meu corpo com uma firmeza que eu não sabia se odiava ou desejava, e sua respiração pesada no meu ouvido enviava ondas de arrepio pela minha pele.Quando ele me jogou na cama e começou a me beijar, lembrei-me de tudo que ele estava me fazendo passar. Tive
Já faz algumas semanas que tudo aconteceu e provavelmente eu nunca mais veria Liam. As lágrimas continuavam a escorrer. Imagino o que meus pais vão pensar de mim quando descobrirem que não tenho mais nada a oferecer para a máfia, a não ser me tornar uma meretriz. Vou ser a vergonha da minha família.Acordo me sentindo exausta; o sono nunca sai de mim. Mas hoje… hoje tudo está diferente. Ao acordar, minha primeira reação é ir de encontro ao vaso sanitário, colocando para fora o pouco de comida que consegui comer.Tenho perdido um pouco de peso, pois com todo estresse, as crises de ansiedade têm me pegado, e com as crises o vômito é meu aliado.Enquanto estou com a cabeça no vaso, uma coisa importante me vem à mente: minha menstruação está atrasada. Já faz algumas semanas que ela não desce.— Ai, meu Deus, não pode ser. Tudo menos isso. Eu… eu não posso estar grávida. — As palavras acabam saindo da minha boca como um sussurro.Um pânico crescente começa a tomar conta de mim. Levanto-me
Algumas semanas se passaram e nem a sombra de Etore eu vi, é como se ele tivesse sumido no mapa. Mas tudo bem, eu já sabia que isso iria acontecer.Me assusto ao ver Zarina na minha sala, ouvindo tudo o que ela disse sobre a gravidez. Se meus pais descobrirem, tenho até medo do que farão com ela.Preciso pensar, preciso colocar a cabeça em ordem antes de tomar qualquer decisão. Deixei Zarina no sofá enquanto fui procurar Élise pela casa.A encontrei no jardim. — Oi, sei que é pedir demais à senhora, mas minha prima pode dormir aqui por essa noite? — Pergunto com medo de sua reação.— Malia, eu não sei o que meu filho vai pensar sobre isso, acho que ele não gostará. Te aconselho a falar com ele antes.— Como se ele se importasse? — Acabo falando mais alto do que gostaria.Saio de perto da senhora sentindo-me irritada, mas resolvo seguir o conselho dela. Pego o telefone e procuro o número na agenda, salvo como “Capiroto”. No primeiro toque, ele atende.— O que Zarina está fazendo aí? —
Agora só me faltava essa: como é que aquela menina foi se entregar assim para o primeiro que conheceu? E a Malia, que levou uma vida para conseguir um beijo, enquanto a prima dela abriu as pernas para o primeiro que apareceu? Isso é sério? O que acontece com as mulheres Mikhailov? Será que todas são surtadas desse jeito?A questão de Zarina é mais complexa do que se pode imaginar. O pior é não saber quem é o pai do bebê. Saio de casa e vou direto para a sede. Preciso dos conselhos de Lukas, meu conselheiro, para entender quais passos devo tomar a seguir.— Cadê o Alex? — Pergunto a um soldado.— Está na sala dele, Don. — Ele responde.Dou dois toques e entro na sala dele, já me sentando na poltrona e abrindo um whiskey.— O que aconteceu? Não me lembro de algo em sua agenda que te deixasse tão cansado. — Ele responde rindo.— O que vou te contar não pode, de modo algum, sair desta sala. Se a Malia descobrir, é capaz de me esfolar vivo e ainda queimar o que sobrar para não deixar prova
Consegui ligar para o pai de Malia e avisar que Zarina iria dormir na casa da minha mãe hoje, pois estavam com saudades uma da outra. Ele não se opôs.Era por volta das 00:30 quando decidi ir para a casa da minha mãe para dar uma olhada na Malia. Assim que entrei, minha mãe estava na cozinha tomando um copo de água.— Mais uma noite aqui, Etore? O amor tem feito bem a você. — Nem a respondi e fui direto para o quarto de Malia. Entrei em silêncio e percebi que uma luminária estava ligada. Quando vi um cabelo preto esparramado pela cama, percebi que era Zarina.— Puta que pariu. — Sussurrei, lembrando que Zarina iria dormir com Malia.Assim que me virei, vi Malia na porta do quarto, de braços cruzados.— Procurando alguma coisa, Etore? — Sua voz estava mais fria do que nunca.— Não é isso que você está pensando…— E como pode saber o que eu estou pensando? Hein? — Ela perguntará, virando-se e indo para o corredor.Fui atrás dela. — Malia, me ouve, caramba, não é nada disso.— Tanto faz,
Eu não sei o que foi aquilo eu tive uma crise de ciúmes por causa d a minha prima e acabamos voltando a estaca zero eu e Etore somos como uma gasolina e um fogo somos um combustível que explode toda vez que se choca.Zarina voltou para casa dos meus pais e está tentando seguir a vida normal escondendo a gravidez, ainda não a sinais de quem é o Liam e a única coisa que eu sei amare agora é que daqui 1 semana e meia será meu casamento.E ao menos tenho tido contato com Etore depois do que houve ele não veio mais e talvez tenha sido melhor assim já que cada vez que estamos perto um do outro nada de bom acontece. Estava no meu quarto quando ouvi uma batida na porta. Levantei-me, mesmo sem querer. Abri a porta e dei de cara com dona Élise.— Bom dia, Malia. Etore mandou um carro para que você fosse ver o vestido de casamento.— Pode escolher qualquer coisa e eu vestirei.— Malia, por favor, não aja assim.— Engraçado, não é mesmo? Ninguém nunca me perguntou o que eu gostaria. Já pensaram