Estava dançando com Malia quando me deu vontade de ir ao banheiro. Assim que saí de lá, dou de cara com o Liam.Ele segura meus braços, e a única coisa que temo é pela vida do bebê em minha barriga.— O que está fazendo aqui? — Ele pergunta, irritado.— Não é da sua conta.Ele me segura mais forte. — O que foi? Está me seguindo? Não aguento ser rejeitada e agora você está me seguindo?Aquelas palavras me machucam. Como ele pode me tratar assim? Mas então ouço a voz de Malia. — Solte-a agora. — Ela fala firme e forte, com Etore ao seu lado.— Que merda você pensa que está fazendo, Matteo? — Etore diz.— Matteo? Quem é Matteo? — Digo com a voz embargada.— Zarina, quem é ele? — Malia me pergunta.— Eu o conheço como Liam. — Malia e Etore me encaram.— Pare de falar de mim, sua escrota. Quem você pensa que é? — Liam, ou melhor, Matteo, fala.— Quem ela pensa que é? Você pode achar que ela é uma qualquer, mas você está muito enganado. O qualquer aqui é você. — Nessa hora, a voz de Malia j
Depois da confusão com Zarina e sua família, especialmente com o tio Lui, eu fui verificar como as coisas estavam se desenrolando para minha prima e Matteo. Espero sinceramente que tudo se resolva para ela, afinal, no final das contas, ela estava gostando de Liam ou Matteo, sei lá.Saí do escritório e Etore veio atrás de mim. — Está pronta para nossa lua de mel? — Ele perguntou com um sorriso cafajeste no rosto.— Você pode me levar para os quintos dos infernos que não mudará nada entre nós dois.— Porra, Malia, deixa de ser chata.— Chata? Eu sinto é nojo de você. — Eu falei, saindo, mas ele segurou meu pulso.Ele me pressionou contra a parede e beijou minha boca. O desejo entre nós era evidente, mas o ódio nos consumia. Não consegui resistir e aprofundei o beijo, até que me dei conta do que estava fazendo e parei.O encarei por um momento e me afastei dele, voltando para a festa.Etore me segue até o jardim e, quando está quase me alcançando, me prende contra a parede ao lado.— Voc
Já estou fora de mim e nem sei o que estou fazendo. Meu corpo reage sozinho, como se tivesse vida própria, como se quisesse mostrar para todos ali que sou livre, mesmo que o cenário não pareça assim.Subi na mesa, atraindo os olhares de todos, principalmente de Etore, que me olha com raiva. Meu corpo se remexe no ritmo da música enquanto minhas mãos deslizam pelo meu corpo. Sinto-me poderosa por fora, mesmo que por dentro não seja assim.Vejo Etore se aproximando, mas não dou importância.— Malia, desça daí agora. — A voz dele soa firme e agressiva.— Acho que não é comigo que deveria se importar, não acha? — respondo com deboche estampado em cada palavra.— Se você não descer daí agora, eu te tirarei à força. — Ele fala com os dentes trincados.— Não acho que deveria ter tanta preocupação comigo. Sua ruiva foi embora, Etore. Você também deveria ir, não? — O desdém está presente e sempre estará.Etore puxa meu braço, fazendo-me cair em seus braços. O perfume amadeirado dele penetra mi
Depois das coisas saírem de controle na casa da mãe de Etore, a princípio parecia que tudo seria resolvido. Apesar de ainda estar magoada com a atitude de Liam, ou melhor, Matteo, eu ainda queria ter uma família completa. Ao contrário de Malia, que se casou forçada, eu amo Matteo. Mesmo magoada, quero reconstruir minha vida ao seu lado.Achei que a última lembrança que nossa família teria do casamento de Malia seria o escândalo da minha gravidez, mas, em vez disso, o verdadeiro escândalo foi causado pela própria Malia.A mesma ruiva que vimos no colo de Etore no bar estava presente no casamento. O olhar de todos era como se soubessem exatamente quem ela era, esperando uma reação de Malia. A única coisa que ela fez foi beber uma garrafa de tequila sozinha, como se quisesse esquecer tudo o que estava acontecendo em sua frente. Subiu em cima da mesa e dançou como se não houvesse amanhã, até ser arrancada de lá à força.Tio Nic estava com uma expressão indecifrável até que não aguentou ma
Eu estava com Malia quando notei a expressão assustada no rosto de um dos meus soldados. Imediatamente deixei Malia e fui até ele.— Que cara é essa? O que está acontecendo? — perguntei, preocupado.— Senhor, peço perdão em nome de todos nós, mas há uma invasora entre os convidados. Não conseguimos retirá-la da festa porque ela ameaçou causar um escândalo ainda maior. Não sabíamos como agir nessa situação.— Do que você está falando? — Fiquei irritado.Antes que ele pudesse responder, senti uma mão passar pelo meu pescoço, arranhando com as unhas. Fiquei paralisado, sabendo que, após o que tinha acontecido recentemente, não podia ser Malia.Virei-me bruscamente, surpreso ao ver Sofia diante de mim.— Que merda você está fazendo aqui? — disse, irritado.— Não acredito que você se casou com ela. Você sabe que ela nunca conseguirá fazer você feliz. Era para eu estar no lugar dessa vagabunda. — Sofia disse furiosa, sem saber que Malia sempre seria minha escolha, não importava o que aconte
Assim que Sofia terminou de falar, levantou-se e, com movimentos lentos e provocantes, começou a tirar a roupa, ficando apenas de lingerie na minha frente. Senti meu corpo reagir instantaneamente à visão dela. Ela se sentou no meu colo, suas mãos firmes nos meus ombros, e sussurrou em meu ouvido.— Você pode ter se casado com ela, mas sua noite de núpcias será comigo - disse com uma voz sexy, antes de começar a beijar meu pescoço, subindo até minha boca e beijando-me com intensidade.Uma parte de mim gritava para que eu parasse, lembrando-me de Malia e de tudo que eu havia prometido, mas outra parte, mais primitiva, gritava por desejo e luxúria.Sofia era uma mulher linda, com seus cabelos ruivos, seios fartos e barriga chapada. Ela sabia exatamente como me provocar e satisfazer meus desejos mais obscuros. Eu havia tirado ela do bordel, dado a ela um apartamento e dinheiro todo mês. Ela trabalhava como dançarina em uma das minhas boates, proibida de ficar com outro homem.Suas mãos de
Acordo sentindo meu corpo pesado e me lembro que agora estou oficialmente casada, mas a alegria que deveria existir não existe apenas sinto-me como um passaro engaiolado, mas pelo menos ele não ousou invadir meu espaço pessoal. Meus olhos pousam sobre a mesa central do quarto, onde repousa uma garrafa de champanhe dentro de um balde de gelo. Mesmo que minha cabeça esteja latejando com a ressaca de ontem com um suspiro, levanto-me da cama e envolvo-me em meu roupão de cetim rosa dourado, dirigindo-me até a bebida. Despejo-a em uma taça, contemplando o líquido efervescente enquanto pondero sobre minha situação.Ao chegar à janela, observo os imponentes portões da entrada da casa, onde os soldados que servem ao idiota do meu marido, patrulham. Seus olhares curiosos sobre mim são penetrantes mas pouco me importa o que pensam. Quando os portões da mansão Monti se abrem e o carro do meu marido entra, lanço um olhar ao relógio na cabeceira da cama: 8:00 em ponto.— Filho da puta !! — Murmur
Depois daquele dia, não nos falamos mais. Faz um mês desde o ocorrido, ou melhor dizendo, faz um mês que estamos casados, e todo dia é a mesma coisa… Ele sai tarde e volta de manhã cedo, toma banho, se arruma e sai novamente.Me sinto cada dia mais como um pássaro preso, sem poder expressar o que sinto. Fiz uma universidade de moda para nada. Era para o mundo estar desfilando com os meus modelos, mas ao menos tenho vontade de criar.Ao acordar, diferente dos outros dias, hoje havia rosas e uma caixa de perfume ao meu lado na cama. Talvez essa tenha sido a primeira vez neste mês que me importei realmente com o que ele faz ou deixa de fazer. Não espero amor dele, mas exijo respeito. Ao acordar, eu me senti suja, como se fosse uma qualquer, uma vagabunda que ele pega e trai, e depois entrega presentes como sinal de desculpas.Com nojo, vou até a privada em meu quarto e vomito tudo o que está engasgado, o choro preso na garganta, enquanto seguro para que as lágrimas não caiam de meus olho